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A PSICOSE E ESQUIZOFRENIA

Por:   •  24/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  4.588 Palavras (19 Páginas)  •  208 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

FERNANDO MARTINS SUTIL

PSICOSE E ESQUIZOFRENIA

Distintas compreensões sobre a loucura.

RANGEL - SANTOS

2019

UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

FERNANDO MARTINS SUTIL

PSICOSE E ESQUIZOFRENIA

Distintas compreensões sobre a loucura.

Trabalho apresentado para a disciplina Psicopatologia Especial, conforme solicitado para conclusão de dependência – DP.

RANGEL - SANTOS

2019

SUMÁRIO

  1.       PSICOSE E ESQUIZOFRENIA: DISTINTAS COMPREENÇÕES SOBRE A LOUCURA04

1.1         Saúde, doença, sanidade e loucura04

   1.2         Psicose.............................................................................................05

   1.3         Esquizofrenia....................................................................................07

   1.4         Sinais de esquizofrenia já na infância..............................................09

     2.         TRATAMENTO.................................................................................09

   2.1         Benefícios da terapia nos casos de esquizofrenia...........................10

   2.2         Principais medicamentos usados no tratamento..............................11

   2.3         Esquizofrenia e depressão ao mesmo tempo..................................11

   2.4         A importância de desmistificar a esquizofrenia................................11

     3.         DEPOIMENTO..................................................................................12

     4.         REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................16

PSICOSE E ESQUIZOFRENIA: DISTINTAS COMPREENSÕES SOBRE A LOUCURA.

Saúde, doença, sanidade e loucura.

        A energia que dispomos para viver nunca será a mesma das que já dispusemos, portanto, segundo Demócrito (460 a.C. / 370 a.C.), cada segundo da nossa existência, do nosso corpo, é pautado por um agenciamento atômico inédito e por um estado de disposição e de energia também inéditos. Isto significa que toda tentativa de categorização de um corpo em “são” ou “doente” é uma violência, pois a saúde nada mais é do que uma suposição, abstração, idealização que intelectivamente formulamos para corpos que pelo fato de não permanecerem e não respeitar o protocolo, são sempre inéditos e irrepetíveis de tal maneira que se nunca somos os mesmos, nunca temos exatamente a mesma disposição, os nossos estados de ânimo são sempre inéditos, e portanto não há como categorizar em sadios ou enfermos (BARROS, 2015).

        O tempo todo estamos oscilando entre maior ou menor disposição, e as indisposições são diferentes uma das outras, bem como os picos de energia são diferentes uns dos outros (BARROS, 2015).

        Toda categoria de saúde é uma abstração indevida. Definir os estados de saúde e doença são troféus socialmente legítimos. Em outras palavras, é indiscutível o poder daquele que tem a legitimidade e a autorização social para definir o que é estar “são” e o que é estar “enfermo”. O enfermo terá que se submeter a algum tipo de processo corretivo, que pode se chamar de “cura”. Normalmente tem a legitimidade para curar aqueles mesmos que a tem para categorizar (BARROS, 2015).

        Saúde e doença, é muito mais uma questão política do que orgânica, é do interesse de quem se apressa em propor as categorias do que propriamente uma questão do estado de ânimo de cada corpo. É muito mais uma questão do interesse da cura do que propriamente da própria possibilidade de curar (BARROS, 2015).

        Michel Foucault (1926 / 1984), buscou a história da definição de loucura. É perfeitamente previsível que dada a infinidade de estados de espírito dos múltiplos corpos no mundo, é que o número de doenças não pare de aumentar, mas o número de nomes de doenças nunca dará conta da infinidade dos estados corporais das pessoas observáveis, estará sempre correndo atrás. O número dos nomes de doenças atenderá muito mais aos interesses dos classificadores do que propriamente ao mal-estar dos classificados (BARROS, 2015).

Psicose

        Quando um estado mental patológico, é caracterizado por perda da realidade de um indivíduo, que passa a demonstrar comportamentos, muitas vezes, antissociais, é dado o nome de psicose.

        Não se trata de sinônimo de psicopatia, que é muito mais grave, e para a qual não existe tratamento, consistindo em desordem de personalidade. Diferentemente da psicose, que é uma desordem psíquica, e nada diz respeito à personalidade, e sim a perda e alteração do contato com a realidade.

        São inúmeros os transtornos psicóticos, sendo a maioria categorizada em três grupos principais, tendo base em suas causas. São elas a psicose advinda de uma condição mental, a psicose advinda de uma norma sanitária médica geral, ou advinda do abuso de drogas ilícitas, remédios e álcool.

        Suas causas ainda são tema de discussão e controvérsias na comunidade médico-científica. Por hora, acredita-se que fatores sociais, abuso de substâncias, isolamento social, fatores biológicos e psicológicos, podem ser associados, devido à sua reação em cadeia, resultando nas causas prováveis que desenvolvem o quadro psicótico.

        É o tipo de doença que pode acontecer em qualquer idade, tendo como principal fator de risco, o abuso de substâncias e estimulantes sintéticos, ou mesmo naturais.

        Sinais diversos, como mudança de características pessoais de um indivíduo, humor, maneira de pensar e se comportar, tendo sua intensidade aumentada com o decorrer do tempo. Alguns sinais, como pensamento confuso, onde não há sentido, ou não há clareza nas ideias expressas, dificuldades de concentração e problemas com a memória curta, como também a fala, que pode ficar mais rápida, lenta ou distorcida.

Delírios são crenças que fogem da realidade, e podem tornar-se mais frequentes com o passar do tempo, sendo a ideia de perseguição o principal tipo de delírio, acompanhado de medo e desconfiança, e também podem trazer uma sensação de possuir poderes especiais, o que faz o sujeito crer, por exemplo, que se comunica com seres irreais, que lhe dão comandos em sua cabeça.

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