A Pasta de Estágio
Por: Vanessa Oliveira • 12/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.044 Palavras (9 Páginas) • 224 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como objetivo relatar a experiência de estágio em Psicologia Hospitalar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), realizado durante 03 horas semanais e sendo orientado por supervisões ao longo do semestre. O estágio tem uma contribuição fundamental para nós enquanto psicólogos em processo de formação acadêmica, ela visa um amplo conhecimento e confrontação com a teoria, ou seja, uma aprendizagem metodológica com os conteúdos teóricos e a prática em campo, possibilitando a aprendizagem de conhecimentos específicos de modalidades de intervenção junto a pacientes e familiares no contexto hospitalar.
Nesta perspectiva, o psicólogo que trabalha no ambiente hospitalar tem a viabilidade em atuar no contexto de trabalho nas equipes inter e multidisciplinares, promovendo a humanização, qualidade de vida e assistência psicológica ao sujeito hospitalizado, a família e a equipe de saúde. Tem como função em atuar em instituições de saúde e realizando atividades como atendimento psicoterapêutico, psicoterapia de grupo, atendimentos em ambulatório, pronto atendimento, enfermarias, e no ambiente hospitalar como um todo em diferentes aspectos de sua função. O psicólogo nessa área tem o papel da escuta e acolher o sofrimento dos pacientes, analisando quais são as principais dificuldades encontradas pelo mesmo em sua trajetória no hospital e dando novo significado ao paciente.
Portanto, podemos perceber que a atuação do psicólogo hospitalar acontece em diversos contextos e mediante diversas possibilidades de atuação. São necessários alguns cuidados com este profissional e todos os outros da área da saúde. Estes profissionais são colocados diante de situações existenciais complexas como a doença e a morte. São constantemente submetidos ao contato repetido com a dor e sofrimento, com iminência de morte de pacientes com os quais ele se vincula. Precisam lidar com sentimentos de frustração e impotência constantemente (MOTA, MARTINS e VÉRAS, 2006).
A Psicologia Hospitalar distingue de um “conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas oferecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital”. “O psicólogo hospitalar dentro da instituição engloba esses conhecimentos e técnicas para empregá-los de maneira coordenada e sistemática, visando à melhora da assistência integral do paciente hospitalizado, sem se limitar, por isso, ao tempo específico da hospitalização”.
Segundo Angerami (2009) A Psicologia Hospitalar objetiva minimizar o sofrimento pelo qual é causado pela hospitalização, abrangendo não apenas a hospitalização, mas as seqüelas e os aspectos emocionais provocado dessa hospitalização. O processo da hospitalização não se da apenas ao processo de institucionalização, mas como fatos que decorrem desse processo e suas implicações na vida do paciente.
Dentro da perspectiva de Angerami (2011) temos que diante dos problemas humanos que surgem com o adoecer e a internação hospitalar, o psicólogo hospitalar tem um papel importante junto ao doente, aos familiares e à equipe de saúde. Junto aos familiares, a atuação deve se dar ao nível de comunicação, reforçando o trabalho estrutural e de adaptação desses familiares ao enfrentamento dessa imensa crise. A atuação deve se direcionar no nível de apoio, atenção, compreensão, suporte ao tratamento, clarificação de sentimentos, esclarecimentos sobre a doença e fortalecimento dos vínculos familiares.
2 DESENVOLVIMENTO
Data: 16/08/2018
Evolução: Paciente no leito A.M, 61 anos, com suspeita de pneumonia, durante o acolhimento sentia pela perda do marido a exatamente 1 ano, bastante emotiva, choro significativo, foram abordados questões como enfrentamento da perda e a significação do luto.
Data: 16/08/2018
Evolução: L, 32 anos paciente com diagnóstico de infecção no rim, encontrava-se ansiosa, dores no peito, medo de morrer e não cuidar dos filhos, com preocupação excessiva com eles. Foi possível acolher a paciente, destacando os pontos positivos diante do que estava passando, sobre a possível melhora.
Data: 16/08/2018
Evolução: G, 21 anos, paciente com pneumonia, apresentava debilidade motora, humor estável, e comunicativo, no qual relatava algumas histórias de sua vida. Estava para receber alta no momento.
Data: 23/08/2018
Evolução: M, 53 anos, estava com uma ferida na perna, devido uma chuva forte e havia caído, não cuidou e até então infeccionou e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento, já estava internado há 7 dias com espera de alta, apresentava-se calmo, comunicativo.
Data: 23/08/2018
Evolução: M, 30 anos, estava com uma gripe forte, dor de garganta e na cabeça, esperando para passar por exames no momento não havia diagnóstico, estava bastante fraca mas tranqüila.
Data: 23/08/2018
Evolução: Paciente no leito, J , 60 anos, havia diagnóstico de um tumor no ouvido onde já havia passado por cirurgias, durante sua recuperação , foi ao dentista e sem informações , extraiu os dentes e fez limpeza, o quadro agravou devido a gengiva sangrar e não parar , ocorreu devido aos medicamentos fortes que estava tomando e não poderia ter ido ao dentista ao menos que informasse sobre a cirurgia que havia feito. Sentia-se fraco, pensamentos negativos, achando que poderia morrer bastante dor. Foi possível realizar uma intervenção sobre o processo de adoecimento, e referente aos pensamentos negativos.
Data: 30/08/2018
Evolução: E, 50 anos, apresentava hipotensão, estava comunicativa, bem humorada e tranqüila, recentemente havia perdido a mãe mas mostrou-se estar passando bem diante do luto, o fato de estar ansiosa seria de chegar em casa, pois acabará de receber alta.
Data: 13/09/2018
Evolução: Durante o acompanhamento os pacientes que estavam na observação já haviam recebido atendimento. Ao abordar os pacientes mostrava-se indispostos e pouco comunicativos.
Data: 20/09/2018
Evolução: L, 63 anos paciente com surto psicótico, era cadeirante, apresentava-se confuso, desorientado, o quadro se deu a partir do momento que teria perdido uma quantia de dinheiro, destinado para acertar as conta do mês e para realizar exames. Estava acompanhado de uma vizinha, onde a, mesma na teria muitas informações, morava somente com o pai que já era bem idoso, não tinha filhos. Naquele momento estava dopado, e com insuficiência respiratória.
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