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A Pesquisa sobre Observação de Estágio de Psicologia

Por:   •  8/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  150 Visualizações

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Pesquisa sobre observação de estágio de Psicologia

Perguntas para uma terapeuta cognitiva comportamental que neste caso é a Eliana Segura Fernandes, Psicóloga formada há 37 anos, trabalha na clínica Mente e Corpo AV. Encarnação 374, Diadema S.P.

  1. Como você conduz seu dia de trabalho e quais as suas funções na clínica?

No dia a dia da clínica eu faço o atendimento, eu trabalho com adolescentes e adultos e a função é trabalhar em Psicoterapia, tem uma abordagem mais na terapia cognitiva e também trabalho com a parte administrativa da clínica.

  1. Você acha que todas as pessoas deveriam fazer terapia?

A psicoterapia é indicada para qualquer pessoa que queira fazer, mas eu não acredito que todo mundo deva fazer terapia, eu acho que todo mundo que queira fazer terapia é indicado sim, porque é um processo de autoconhecimento e quando a gente se conhece, quando a gente sabe lidar com as nossas emoções a gente tende acertar um pouco mais com a gente e com os próximos. Eu não sou muito a favor de uma terapia que seja “forçada“ que venha por que os pais quiseram, os professores quiseram, ou médicos indicaram, enfim o paciente pode ser indicado sim, porém ele tem que querer fazer a psicoterapia, esse é um dos fatores que nos garante um maior índice de sucesso.

  1. Quantos pacientes você atende durante a semana, e neste momento essa quantidade está sendo o suficiente para você?

Hoje eu atendo em média de 30 a 35 pacientes por semana, a demanda é muito alta e chega um momento que a gente quer até parar um pouco, mas a demanda é muito grande.

  1. Qual tipo de paciente te faz se sentir mais tranquila e qual paciente te faz se sentir mais cansada?

O paciente que me faz sentir mais tranquila é o paciente que realmente aderiu a terapia e que ele vem por vontade própria, que ele vem para se conhecer, para trabalhar suas questões emocionais. Existem alguns pacientes que cansam mais sim, são os pacientes que evoluem menos e que acabam trazendo sempre as mesmas queixas e que não mudam, que não tem mudanças significativas, são pessoas que tem um pouco mais de dificuldade de ouvir o terapeuta no caso, e de se ouvir de se enxergar, pacientes que trazem sempre a queixa referente ao outro e não consegue se olhar, então esses acabam dando um pouquinho mais de trabalho, no sentido de desgaste porque precisamos fazer algumas manobras para ele se ver.

  1. O que você considera sendo uma dificuldade durante um atendimento?

É quando o paciente não adere tanto ao tratamento ou ele não enxerga que a mudança tem que ser dele, ele espera a mudança só do outro, são as pessoas que normalmente se vitimizam muito e colocam a responsabilidade sempre no outro.

  1. Você se sente realizada com a sua escolha?

Sim, eu me sinto totalmente realizada na minha escolha, acho que se hoje eu pudesse voltar atrás eu faria a mesma escolha, e com certeza me sinto extremamente realizada, gratificada pelo que eu faço.

  1. Qual conselho ou dica você daria para nós que estamos iniciando essa graduação?

Bom é difícil dar conselho para as pessoas né? Mas como já temos uma passagem, uma bagagem grande para quem está começando, eu diria... Estude muito, ouça muito, tenha sempre como meta ouvir, atender, acolher o paciente, e sempre entender que a dor dele é a dor dele né? Eu gosto muito daquela frase do Jung que fala: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Então o conselho que dou para vocês, seria sempre estudar muito e olhar para o paciente como uma pessoa que tem uma demanda que busca no terapeuta o alto conhecimento, então nunca perder isso de foco, e entender que no começo isso também e difícil, que no Brasil nós não temos uma valorização ainda tão grande das terapias, mas a coisa já mudou muito desde quando me formei para cá, pois era bem pior, e entender que existem as dificuldades desde as questões financeiras no começo da profissão, que acho que também é pertinente a muitas outras profissões, mas temos um caminho longo a ser percorrido. E se eu pudesse dizer, eu diria o que disse para mim ”Nuca desista”.

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