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A Psicanálise

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Por:   •  1/10/2014  •  Relatório de pesquisa  •  6.026 Palavras (25 Páginas)  •  191 Visualizações

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“CAPÍTULO 5 - A PSICANÁLISE”

No capítulo cinco – A Psicanálise, temos uma introdução bem elaborada, como uma linha do tempo da vida de Freud até que ele construa o conceito de Psicanálise como prática terapêutica.

Freud nasceu em Viena, na Áustria em 1856, de descendência judia, teve sua educação elementar feita por sua mãe em casa, o que permitiu adquirir conhecimentos extracurriculares. Posteriormente formou-se em Neurologia, e teve que muito cedo em sua carreira optar por algo mais rentável, pois sua intenção de formar uma família o fez sair dos laboratórios científicos em direção aos consultórios.

Após um período fazendo estágio com Charcot na França, passou a trabalhar com Breuer, o qual era como seu mentor, pois sendo amigo de seu pai, o conhecia já há algum tempo, com quem formulou o Método Hipno-cartática. Breuer trabalhava com Freud e lhe indicava pacientes.

Freud esteve sempre à frente de seu tempo quando colocou os “processos misteriosos” dos pacientes (sonhos, fantasias, esquecimentos, atos falhos) como objetos de pesquisa.

Ao longo de seu aprofundamento nos casos atendimento, foi criando um caminho sistemático à investigação desses problemas. Nasce então a Psicanálise.

Dentro da Psicologia, existem 3 pré-definições para Psicanálise: Como Teoria (conjunto de conhecimentos); como Método de investigação (Interpretativo) e como Análise (busca do autoconhecimento), porém, atualmente tem sido utilizado na análise e compreensão das novas formas de sofrimento cotidiano.

Compreender a Psicanálise é algo que nos possibilita redescobrir com Freud o caminho que ele trilhou para o desenvolvimento desse novo instrumento de análise. Principalmente porque grande parte de suas vivências no campo clínico, foram pessoais. Porém, sabemos que pacientes como Anna O. foram uma das razões de Freud ter alterado aos poucos a maneira de conduzir as sessões.

Com o método hipno-cartático, desenvolvido no trabalho com Breuer, era possível a liberação dos afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não foram expressos no momento de sua vivência, e a liberação dos afetos leva a eliminação dos sintomas, consequentemente passou a ser muito recomendado para casos extremos. Porém, Freud notou que com o tempo o sintoma retornava.

Em um dado momento Freud se deu conta que não mais era preciso o questionamento durante as sessões de hipnose. Rompeu com Breuer, abrindo mão da hipnose e adotou então a livre associação de ideias, interpretação dos sonhos e atos falhos, para que o fosse realmente importante, em determinado momento do discurso do paciente, que muitas vezes parecia desorientado e sem sentido, surgisse uma informação que faria a diferença. Tomava as várias partes do sonho, e fazia com que o sonhador associasse ideias e lembranças a cada uma delas. Descobrindo assim que os sonhos diziam respeito em parte a acontecimentos do dia anterior, embora pudesse se relacionar também com modos de ser infantis do sujeito.

Anna O. era filha da classe burguesa, recém ascendente da mudança de poder na Europa da década de 40, assim como a maioria dos pacientes histéricos de Freud, pois eram aqueles que não podiam usufruir de liberdade para fazer suas próprias escolhas, o que desencadeava uma série de patologias, principalmente físicas. Por conta disso, a classe da burguesia produziu vários casos de transtornos psicológicos. Com a grande demanda, e por não mais se tratar somente de um subproduto das guerras, Freud passa a se dedicar a caminhos alternativos para um problema que vinha crescendo assustadoramente.

Anna apresentava um quadro de extremo sofrimento que tinha como resultado a paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamentos. Freud descobriu nas sessões que os sintomas se desenvolveram devido a um desejo reprimido de que o pai morresse logo, e a não verbalização desse desejo, a situação vivenciada gerou sentimentos em Anna que posteriormente foram substituídos pelos sintomas. Em seu estado de vigília ela não era capaz de enumerar a causa das suas dores, mas quando estava hipnotizada, ela revivia cada instante da enfermidade do pai.

Durante toda sua vida Freud se perguntava como era possível as pessoas esquecerem partes importantes de sua vida. E o ainda, porque o que era esquecido, era sempre algo chocante, ruim, traumático ou simplesmente lhe era esquecido porque referia-se a algo bom que também foi perdido na memória ou em algum lugar do passado. Foi essa pergunta que o fez desenvolver duas grandes teorias sobre a estrutura do aparelho psíquico, para tentar entender, ou melhor, explicar como todo o processo de repressão e posteior externalização da palavra se dá no sujeito, levando a cura.

TEORIAS SOBRE A ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO APARELHO PSÍQUICO

PRIMEIRA TEORIA

Em 1900, a primeira teoria contemplava 3 instâncias psíquicas: o inconsciente (conjunto de conteúdos não-acessíveis no campo da consciência), o pré-consciente (setor onde ficam todas as informações acessíveis à consciência) e o consciente (sistema do aparelho psíquico onde estão todas as informações do mundo exterior e interior).

Com essa teoria descobriu-se também: a sexualidade infantil, a função sexual existe desde o início da vida, o período do desenvolvimento da sexualidade é longo e a libido que é a energia exclusiva dos instintos sexuais.

Freud passa então a esboçar as fases do desenvolvimento: fase oral, anal, fálica, latência e genital. Cada uma delas tem uma zona de erotização e obtenção do prazer. Dessas fases a que mais se destaca e que é muito bem definida nos processos de desenvolvimento é o Complexo de Édipo, que acontece entre os 3 e 4 anos, no qual o menino tem seu objeto de desejo a mãe e quer a qualquer custo estar no lugar do pai. Também ocorre nas meninas, sendo invertidas as figuras de desejo de identificação.

SEGUNDA TEORIA

Freud remodela a estrutura criada em 1900 para dar lugar ao ID, EGO e SUPEREGO.

O ID é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. Vem substituir o inconsciente na primeira teoria e é regido pelo princípio do prazer.

O EGO é o sistema que estabelece equilíbrio entre as exigências do ID e as ordens do SUPEREGO. Suas funções básicas são: percepção, memória, sentimentos e pensamentos.

O SUPEREGO é tudo o que é proibido, exigências sociais e culturais.

Nessa nova formulação do sistema psíquico podemos verificar

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