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A Psicologia Infantil

Por:   •  14/6/2021  •  Artigo  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  222 Visualizações

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FACULDADE DE SAÚDE E HUMANIDADES IBITURUNA-FASI/ FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE

CURSO DE PSICOLOGIA | 7°PERÍODO | MATUTINO

Transtorno Depressivo infantil

ALINE RODRIGUES SILVEIRA; LETICIA GABRIELLE OLIVEIRA SANTOS

Montes Claros, MG, Setembro de 2020

ALINE RODRIGUES SILVEIRA; LETICIA GABRIELLE OLIVEIRA SANTOS

Transtorno Depressivo infantil

Trabalho apresentado ao 7º e 9º período do curso de Psicologia das Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE, como requisito parcial da aprovação na disciplina de Clinica Infantil.

 Prof: Maria Aparecida da Silveira

Montes Claros, MG, Setembro de 2020

INTRODUÇÃO

  A depressão ou transtorno depressivo é uma doença que afeta negativamente como você se sente, como pensa e como age e está cada vez mais presente neste século. De acordo com Miller (2003 citado por CAMPO,2013, p.52) são diferentes as manifestações da depressão infantil e dos adultos, o Transtorno Depressivo Infantil é um transtorno do humor capaz de compreender o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social.

  A depressão está presente em diversos distúrbios emocionais e, apesar de ser considerada como um transtorno de humor, a mesma abrange fatores cognitivos, comportamentais, fisiológicos, sociais, econômicos e religiosos. (ZAVACHI, 2002).

A depressão na criança e/ou adolescente pode ter início com perda de interesse pelas atividades que habitualmente eram interessantes, manifestando-se como uma espécie de aborrecimento constante diante dos jogos, brincadeiras, esportes, sair com os amigos, etc., além de apatia, adinamia e redução significativa da atividade. (MILLER; 2003 citado por CAMPOS, 2013, p.52).

  Outros sintomas que podem aparecer são a falta de concentração e de confiança em si mesmo, baixa auto-estima, tendência pessimistas, transtorno de sono e da alimentação, até mesmo ideações suicidas. Sintomas físicos como perda de apetite, cafaleias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas e vomito, cólicas intestinais, vista escura, tontura também são comuns a depressão de crianças e adolescente. Bernaras (2011 citado por MIRANDA; FIRMO; CASTRO,2013) afirma que pesquisas apontam que no ambiente escolar, a taxa de depressão entre as crianças com 8 a 12 anos de idade é de cerca de 4%, relacionados à falta de adaptação escolar. A problemática da depressão infantil está progredindo tornando-se mais compreensível, o que contribuindo para o surgimento de formas de tratamento e diagnóstico.

DEPRESSÃO NA INFÂNCIA

O Transtorno Depressivo Infantil é um quadro clínico que compreende fatores cognitivos, comportamentais, fisiológicos, sociais, econômicos e religiosos, entre outros. Este transtorno pode vir a ser um sintoma de determinada doença, pode coexistir e outras vezes pode aparecer como causa de um sofrimento. Segundo Miller (2003 citado por CAMPOS, 2013.) a depressão infantil tem grandes diferenças de sintomas comparada a sintomas de depressão adulta. Enquanto os adultos sabem se expressar, a criança não tem essa consciência e sua depressão só pode ser indiretamente suspeitada através de seu comportamento.

As manifestações do quadro clínico de depressão não são iguais em todos s pessoas, podendo ser intermitente ou contínua, tendo duração de horas ou de um dia inteiro, ou persistindo por semanas, meses e anos. As crianças que apresentam um quadro de depressão infantil sofrem alterações em seus comportamentos, gerando na maioria dos casos, consequências negativas em seu rendimento escolar. (MILLER; 2003 citado por CAMPOS, 2013, p.54-55). Pelo fato da aprendizagem apresentar-se prejudicada em crianças acometidas por depressão infantil emite-se, frequentemente diagnósticos equivocados em relação a estas crianças confundindo algumas vezes com hiperatividade, déficit de atenção dentre outros. (MILLER, 2003 citado por CAMPOS, 2012, p.55).

Na criança e adolescente a forma atípica desse transtorno afetivo esconde os verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade, agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas devido a incapacidade para comunicar verbalmente seu verdadeiro estado emocional, manifestam a depressão de forma mais atípica ainda, notadamente com hiperatividade. (MILLER; 2003 citado por CAMPO, 2013, p. 55). 

Miller (1998 citado por MIRANDA; FIRMO; CASTRO, 2013, p.103) diz que, a depressão infantil trata-se de uma desordem cíclica com períodos intercalados de depressão e de bem-estar e pode se apresentar em episódios depressivo e maníaco. Na infância a depressão vem associada a outras dificuldades, principalmente problemas de comportamento e problemas escolares. Os pais devem ficar atentos ao comportamento da criança.  Segundo Barbosa et al. (1996 citado por MIRANDA; FIRMO; CASTRO, 2013, p. 103) além de fatores como determinadas doenças, enfermidades crônicas, intervenções cirúrgicas, enfermidades crônicas dos pais, instabilidade da convivência familiar e disputas familiares. Outros fatores que podem ocasionar a depressão na criança são a experiência de perdas significativas e o abuso emocional, físico e/ou sexual de que muitas crianças são vítimas e que, segundo Lima (2004 citado por MIRANDA, et al., 2013, p. 103).

As crianças que são agredidas fisicamente são levadas por seus pais a um aprendizado de desesperança, facilmente se isolam, evitam contato no meio social, apresentam autoestima reduzida e não conseguem ter prazer em atividades que normalmente lhes causariam prazer, crianças que sofrem agressão sexual geralmente se sentem culpadas, envergonhadas, demonstram ansiedade e têm uma propensão a se tornarem agressivas; estes sintomas ocorrem em concomitância com sintomas depressivos (LIMA, 2004, citado por MIRANDA et al. 2013, p. 104).

Biologicamente a depressão é uma possível disfunção dos neurotransmissores e neurorreceptores, com fortes evidências de fatores genéticos ou falhas em áreas cerebrais específicas. Para Velasco (2009 citado por CAMPO, 2013) é importante saber que existem momentos que as crianças podem estar tristes, irritadas, aborrecidas em resposta a vivências circunstanciais. São manifestações emocionais fisiológicas, fugazes e passageiras. A suspeita de depressão vem quando essas manifestações são constantes e frequentes, quase caracterizando uma maneira dessa criança ser e reagir.
 Cruvinel, Boruchovitch e Santos (2008, citado por MIRANDA, et al., 2013, p. 104) explicam que:

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