A Psicologia Organizacional

1. INTRODUÇÃO

            O presente trabalho se destina a pesquisa e refletir o que, e de quais formas um psicólogo organizacional pode realizar intervenções no ambiente corporativo de uma unidade básica de saúde, que se situa no município de Diadema, de formas a levantar melhorias que poderiam ser praticadas dentro do contexto em que está inserido esta organização.

          Uma unidade básica de saúde (UBS) é conduzida como toda instituição pública, por leis, decretos, normas e regulamentos, que partem de princípios constitucionais, como numa pirâmide, onde as leis constitucionais são a base assim se formam os aspectos em que a instituição será regulamentada normativamente, que não devem ser alterados, ou quando são alterados, passa-se primeiramente, por um processo legislativo. (RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO DE 2011, 2011)

          No referido trabalho pesquisamos propostas de intervenções, que se implementadas resolveriam o cotidiano dos colaboradores, sem infringir ou burlar os regulamentos impostos, uma vez que tais atitudes são, além de serem anti-éticas, são passíveis de sindicâncias, processos administrativos, ou processos na área civil e criminal.   

         As modificações tem como principal objetivo aprimorar os conhecimentos já adquiridos pelos profissionais e complementar com outros, para que possam servir de apoio em suas atividades fins, e aperfeiçoar a comunicação, fazendo com que todos participem e tomem conhecimento das propostas, mudanças e demais atividades da instituição, tornando assim a UBS, um local mais eficiente e humano, melhorando as condições de trabalho de todos os colaboradores UBS e conseqüentemente no serviço prestado à população.

       

1. DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

          O local escolhido para realizarmos nossa pesquisa, trata-se de uma Unidade Básica de Saúde, ou seja, equipamento público. Ao chegar no local, passamos pela recepção a qual estav a comum número razoável de pessoas aguardando atendimento, esperamos um pouco e ficamos na recepção observando o local. Logo depois, fomos direcionados até uma sala de atendimento médico que estava vaga no momento por falta do profissional. Algo que faz uma grande diferença, pois fomos informados que a UBS possui cerca de 12 mil usuários cadastrados e com esse falta acaba sobrecarregando os outros médicos.

Quando se trata da parte física, estava em bom estado e com assentos suficientes para os pacientes, notamostambém, uma farmácia bem estruturada para dispensação de medicamentos. A UBS possui dois andares: piso térreo e superior, ambos com rampas estruturadas para acesso de pessoas com deficiências. Logo fomos chamados para a entrevista e notamos algumas imperfeições na sala, como a parede com bastante mofo e descascando. Quando encerramos com a coordenadora, ela nos autorizou a localizar algum funcionário disponível para realizarmos a entrevista, então fomos ao piso superior, lá haviam mais algumas salas e notamos uma de vacina, outra de medições e curativos, sala da gestão e outra que não conseguimos identificar.

Encontramos uma Agente Comunitária de Saúde, ela se disponibilizou a responder a entrevista e fomos direcionados a sala de reunião, como ela definiu, um espaço grande, arejado, mas apenas uma mesa a qual ela estava trabalhando no momento, e disponibilizou um pouco do seu tempo para nos atender.

A nossa impressão referente ao local, foi boa, só existem falhas algumas visíveis e outras que identificamos através a entrevista feita com os funcionários, mas já frequentamos outras UBS e concluímos que esta está na média comparada as outras. Através das entrevistas pudemos definir um ambiente agradável de trabalho, o que deixa a desejar apenas são questões que cabem a superiores, ou seja: governo liberar verbas. Percebe-se nas falas, que se trata de uma equipe empenhada e que enfrentam dificuldades, mas ainda assim, tentam ofertar o melhor para população.

1. DIAGNÓSTICO

A necessidade de tornar os funcionários influentes, integrados e informados do que acontece na empresa por meio da comunicação interna, torna-se possível estabelecer canais que possibilitem o relacionamento ágil e transparente da direção da organização com o seu público interno e entre os próprios elementos que integram este público. Nesse sentido, entender a importância da comunicação interna em todos os meios hierárquicos, como um instrumento da administração estratégica é uma exigência para se atingir a eficácia organizacional.

É preciso fazer com que o conteúdo seja efetivamente aprendido para que as pessoas estejam em condições de usar o que é informado. Portanto, o trabalho em equipe precisa ser incentivado com uma postura de empatia e cooperação eliminando assim, os afastamentos e as falhas na comunicação.  O envolvimento dos colaboradores em todo o processo organizacional desenvolvendo a capacidade de boa comunicação interpessoal, que é condição imprescindível ao bom andamento da organização.

1. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

         Com a observação pontos identificados para melhoria na organização foram diversos, porém, focaremos em apenas dois deles:

• Falta de treinamento e reciclagem dos profissionais
• Comunicação falha entre os colaboradores.

 Os dois pontos são essenciais para que a melhora dentro do local seja significativa, sendo ela no aspecto empresarial/profissional ou no próprio bem-estar dos funcionários presentes e neste ponto, é importante ressaltar que há algumas décadas atrás, não havia essa ligação entre trabalho e saúde (FERREIRA & MACIEL, 2015).

O que possibilita a intervenção do psicólogo hoje neste contexto, é justamente essa interligação entre trabalho e saúde, seja ela física ou mental. Por se tratar de um posto de saúde e necessitar de aprovações maiores e os processos burocráticos serem diferentes, precisamos ressaltar que não há como mover intervenções maiores dentro do local, pois todas as outras gerariam processos os quais, provavelmente não seriam aprovados. Portanto, foi preciso interferir de diferentes formas, mas nenhuma que afetasse diretamente o funcionamento da instituição.