A Psicologia Organizacional

USO DO ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA

(Catharina Duarte Pereira, RA: 12522199974/ Geovana Pigosso da Silva, RA: 12522212088/ Geovani Silva Baute Gomes, RA: 12522172537/ Guilherme Souza Lima, RA: 125221100340/ Stephanie Oliveira Ferreira, RA: 12522210395/ Victória Vívian Barreto Martins, RA: 125221110735)

INTRODUÇÃO

Neste trabalho, iremos abordar a parte biológica e cognitiva dos motivos do uso de álcool na adolescência. O álcool é a droga mais conhecida e difundida no mundo. A partir do momento da primeira dose ao entrar em contato com organismo já começa a causar reações biológicas no corpo humano. O usuário apresenta sintomas como: euforia, desinibição e loquacidade. Mas o uso problemático de adolescentes está associado a uma série de estilos de desenvolvimento da própria adolescência. O adolescente acredita ser invencível e protegido de acidentes, se sentindo confiante ao se expor em situações de maior risco. Os comportamentos aprenderam precocemente e se enraízam mais profundamente. O uso de álcool na adolescência é algo que vem aumentando consideravelmente no Brasil. Muitos acabam sendo influenciados pela utilização, pois buscam essa aceitação. Com o aumento da depressão e ansiedade, o número de pessoas que começam a usar essas substâncias antes da hora.

A propaganda de álcool entre crianças e jovens provoca, entre outros malefícios, a formação de hábitos e o incentivo ao consumo. O posicionamento da sociedade frente ao álcool deverá evoluir de uma posição passiva e de estímulo, reconhecendo os riscos da exposição precoce e propondo medidas de controle, como, por exemplo, a proibição da propaganda do álcool, em especial da cerveja, tal qual foi obtido na proibição da propaganda do tabaco, o principal instrumento utilizado para o declínio do uso desta droga.

Iremos abordar a importância da pesquisa está pautada na necessidade de revisão da legislação sobre a propaganda desses produtos que só trazem mal a quem os consome indevidamente e sem moderação. Assim, o estudo acadêmico deste, visa investigar os motivos do uso do álcool na adolescência e as consequências. Já na parte social, iremos entender os motivos que levam a utilização, saber como a sociedade enxerga esses jovens e por fim, a conscientização.

FATORES BIOLÓGICOS

1- MOTIVOS BIOLÓGICOS QUE LEVAM OS JOVENS A CONSUMIR ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA

O álcool que é conhecido por seu uso recreativo e comumente usado por grande parte da população é conhecido por, a princípio trazer sensação de bem estar e relaxamento. No entanto, a partir do momento da primeira dose ao entrar em contato com organismo, a mesma já começa a causar reações biológicas no corpo humano, de modo que, conforme se aumenta a sua ingestão aumenta-se a intoxicação no corpo causando também reações psicológicas.

No primeiro momento após seus consumo, o usuário apresenta sintomas como: euforia, desinibição e loquacidade. Todavia, com o tempo, a substância apresenta as reações que explicitam o motivo por ser denominada uma droga depressora do Sistema Nervoso Central, essas reações são: sono, falta de coordenação motora e descontrole. O efeito agudo no organismo quando ingerido em excesso e regularmente traz sensação de crescimento da sonolência, sensação intensa de calma, redução das capacidades de raciocinar e concentração e a diminuição da produtividade dos estudos ou/e no trabalho.

O nível de uma intoxicação aguda, tem início quando o álcool entra no corpo e é absorvido pela mucosa do estômago e logo vai para a corrente sanguínea, que a partir deste ponto vai para o cérebro. Este percurso é feito em 5 minutos, de forma que após 10 minutos da ingestão do álcool, o estado mental do indivíduo já começa a ser afetado, ocorrendo assim a intoxicação, caso a ingestão do álcool seja maior que capacidade do corpo de de processar a bebida.

O primeiro estágio de intoxicação é o leve, o qual o tempo de reação, o julgamento e o comportamento é alterado. No segundo estágio, ocorre a liberação de dopamina  causando uma sensação de relaxamento e autoconfiança, mas a memória e raciocínio já se encontram afetadas. O terceiro corresponde a excitação,

onde a intoxicação já afeta os lóbulos occipital, temporal e frontal, de maneira que inicia os sintomas de visão turva, audição prejudicada, falta de controle do corpo, dicção modificada e alteração de humor. No penúltimo estágio, o indivíduo já apresenta grau de confusão e desorientação, onde o cerebelo, que é o responsável pela coordenação, está afetado, causando desmaio ou/e  perda de memória. Por fim, no último estágio, as sensações mentais, sensoriais e físicas estão demasiadamente prejudicadas, levando ao estado de inconsciência profunda.

Em consequência aos efeitos biológicos e psicológicos que o consumo do álcool causa no indivíduo, e o fato do cérebro dos jovens ainda não ter chegado ao fim do processo de maturação, o uso frequente de álcool traz prejuízos neurológicos e cognitivos no desenvolvimento dos adolescentes.

No entanto, estudos apontam que os adolescentes são mais suscetíveis ao consumo de bebidas alcoólicas, segundo o levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), realizado em 2005 em 108 cidades brasileira, apontou que 52,8% dos meninos e 50,8% das meninas que se encontra na faixa etária de 12 a 17 anos, já tiveram experiência, pelo menos uma vez, como álcool. O número de dependência nessa faixa etária chega a 7,3% para os meninos e 6,0% para as meninas.

-> Motivos biológicos que deixam os jovens mais suscetíveis ao uso do álcool

O primeiro ponto importante está ligado com o fato dos jovens serem conhecidos por seus atos impulsivos e inconsequentes, e essas tomadas de decisão têm relação com o amadurecimento cerebral que ocorre neste período da vida. O comportamento impulsivo e reativo no período da juventude é um reflexo  do processo natural da maturação do cérebro. Durante o período da adolescência ocorrem transformações críticas no desenvolvimento neural, relacionadas a  aspectos neuroquímicos e morfológicos. Nesta fase ocorrem mudanças neurobiológicas, e uma das regiões que apresentam mudanças expressivas é o Córtex Cerebral, esta parte refere-se a parte externa do cérebro (Telencéfalo e Diencéfalo). Além, dos aspectos associados a mudanças neurobiológicas, a também a influência da produção e liberação de neurotransmissores, que podem ser definidos como um mensageiro químico que é liberado pelos neurônios. E embora existem dezenas de neurotransmissores, um dos mais estudados que influencia  durante a adolescência é a dopamina, a liberação desse neurotransmissor está a associada ao sistema mesolímbico, também conhecido, como “sistema de recompensa”, de maneira que sua liberação é um mecanismo mais conhecido por ser responsável  sensação de prazer. Os estudos, utilizando ratos adolescentes e adultos,percebeu que, embora a quantidade de liberação de receptores dopaminérgicos é menor em ratos  adolescentes, e eles experimentam menos sensação de prazer, essas sensações são mais intensas. E este fato ajuda na compreensão do motivo dos jovens se envolverem em situações de risco, como por exemplo o consumo excessivo de álcool, pois, o Sistema Límbico irá reproduzir a sensação de satisfação mais intensificada, e com base nesse mecanismo alguns autores acreditam que a adolescência é um risco  para a experimentação de substâncias alcoólicas, pois o efeito dessas drogas são mais intensos, tornando assim os jovens mais vulneráveis ao uso e abuso de substâncias e drogas.