A Psicologia do Desenvolvimento humano
Por: arthurlucato • 16/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.404 Palavras (14 Páginas) • 425 Visualizações
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO DE OBSERVAÇÃO
Arthur Lucato Andrucioli RA: C091DF-0
Trabalho apresentado à disciplina Atividades Práticas Supervisionadas, do curso de Psicologia, sob orientação da Profa. Dra. Caroline F. Eltink
Campus Vargas – Ribeirão Preto
Maio de 2014
SUMÁRIO
1. Introdução teórica 03
2. Métodos 05
a) Sujeito 05
b) Instrumentos 05
c) Aparatos de pesquisa 05
d) Procedimentos 05
3. Resultados 06
4. Discussão 08
5. Conclusões 10
6. Referências Bibliográficas 11
7. Anexos 12
INTRODUÇÃO TEÓRICA
Na fase de desenvolvimento da criança chamada de segunda infância ou estágio pré-operatório, as mudanças físicas dos dois primeiros anos tornam –se mais estáveis e há um aumento da capacidade cognitiva, um aumento da capacidade de autocompreensão em relação a si mesma, fatores que aumentam a independência da criança em relação ao meio ambiente, contribuindo com o aumento da sua capacidade exploratória (DAVIDOFF 2001). Segundo KÖNIG (1995) após a aquisição do andar ereto no final do primeiro ano de vida e o surgimento da linguagem até o final do segundo ano de vida da criança, o terceiro ano é marcado no campo cognitivo pela ampliação da linguagem. Os graus dos adjetivos, modificações dos substantivos e tempo dos verbos são gradualmente conquistados. Com isso a vivência do tempo se multiplica, e a própria compreensão das coisas se amplia de maneira significativa. Sem dúvida, a criança que sempre foi curiosa pode agora expressar-se livremente, usando as palavras como guia para a sua curiosidade infantil. Para CÓRIA-SABINI (1997) durante a fase pré-escolar a criança é muito curiosa, gosta muito de perguntar os ‘’porquês’’ das coisas. “O que é isso? Por quê? Como? Para quê?”, são perguntas feitas na tentativa de conceituar o cotidiano e solucionar os problemas, embora ainda de forma bastante primitiva. Com o aumento no campo da linguagem, há uma verdadeira explosão de novos vocabulários e um aumento na capacidade de memória, por isso a criança começa a reconhecer os lugares, nomes, cores e pessoas. Para DAVIDOFF(2001), a maior façanha do estágio pré-operatório de Piaget é a capacidade de pensar sobre o ambiente pela manipulação dos símbolos (incluindo as palavras) que o representam. Na brincadeira simbólica, a criança usa os objetos para representar outro, é na imitação do comportamento do adulto que a criança aprende.Portanto, o pensar, a palavra, a memória, a representação simbólica através do brincar são ferramentas importantes para a criança de 03 anos. Segundo ENDERLE (1987) a coordenação motora e psicomotora chegam nessa fase a um ponto importante de desenvolvimento. Os movimentos corporais, como caminhar e correr, são mais uniformes e menos bruscos do que no inicio da marcha. Observa-se um aumento considerável de motricidade fina, o que permite usar o lápis e pintar com o pincel. Em termo de motricidade ampla, a criança já é capaz de pedalar um triciclo, subir escadas, correr, agarrar objetos pequenos e examiná-los. Assim, no aspecto motor, a criança começa a ter mais equilíbrio, por isso, sente satisfação em correr, pular, escalar, movimentar seu corpo. E também adquire novas habilidades como lavar as mãos, escovar os dentes, comer sozinha, trocar de roupa sozinha, controla os esficnteres a tempo de chegar ao banheiro. Por toda essa independência e pelo aumento da linguagem alguns autores considera essa idade, de 03 anos, ideal para começar a frequentar a escola. O domínio maior das habilidades motoras, a curiosidade intelectual e a capacidade de entender com naturalidade o afastamento da mãe são fatores que propicia uma melhor adaptação a rotina escolar. Nessa fase o temperamento, a personalidade, fica mais evidente e algumas crianças têm muita dificuldade em aceitar as frustrações desse período. As vezes, têm–se medo de estranhos, animais ou insetos. Todos esses aspectos ou marcos no desenvolvimento são conquistas que a criança faz nessa fase da vida gerando muita alegria e por vezes muita frustação quando cerceada sua autonomia. BOYD(2011) citando Erikson diz que a chave para o desenvolvimento saudável para este período é alcançar um equilíbrio entre as habilidades emergentes e o desejo de autonomia da criança e a necessidade dos pais de proteger a criança. Com tantas mudanças e novas habilidades, para alguns pais, esse período é cansativo. Os menos preparados fisicamente, podem ficar exaustos para acompanhar uma criança nessa faixa etária. Com muita energia, um bom equilíbrio motor e tendo o próprio corpo como instrumento de experiência essa criança não para quieta, sempre explorando novos cenários e novas brincadeiras. Para outros pais, além da exaustão física, sentem uma exaustão emocional pela dificuldade em lidar com a criança quando ela têm como estratégia de resolução dos seus conflitos o uso da “birra”. Nessa faixa etária é comum cenas em que vemos crianças chorando aos berros nos supermercados quando recebem dos pais alguma negação. Enfim, novos aprendizados, mas apesar de tamanha demanda ver uma criança nessa fase é muito gratificante. Os pais sentem-se orgulhosos ao verem o quanto suas crianças estão soltas, criativas, expressivas, inteligentes e indepedentes. Segundo ERIKSON (1976), para a criança a maior novidade é a crescente autonomia em relação ao adulto-cuidador.
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