A Psicologia e Politicas Publicas
Por: Uliane Ribeiro • 5/11/2020 • Trabalho acadêmico • 384 Palavras (2 Páginas) • 973 Visualizações
FACULDADE PITÁGORAS
DISCIPLINA: Psicologia e Políticas Públicas
Aluna: Uliane Ribeiro de Pinho Morais
Atividade Discursiva
O conceito de territorialidade é norteador da política de saúde pública brasileira. Para Kuhnen et al. (2010, p. 539) “o ato de personalizar define um espaço territorial por meio de marcas pessoais que indicam pertencimento” (grifo do autor). Os autores complementam que os indivíduos mais territoriais são mais “apegados ao seu território”. Para Gadelha et al. (2011) território é o espaço onde acontece a vida social, as relações humanas. Em contraponto, Franca, Mantovaneli e Sampaio (2012) afirmam que as relações sociais produzem a territorialidade, no sentido de que alimentam novas relações e constroem o laço territorial, investidos de valores éticos, espirituais, simbólicos e afetivos.
A partir da descrição de territorialidade, descreva qual é a importância do território para os Serviços Residenciais Terapêuticos.
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou simplesmente "moradia" – são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia. São casas localizadas em espaços urbanos e que podem acolher até dez usuários, de forma assistida e articulada com a rede de cuidados do SUS. Em todo o território nacional existem mais de 470 residências terapêuticas.
As Residências Terapêuticas devem estar inseridas em bairros da cidade, ou seja, em contato com a comunidade, fazendo uso do espaço comunitário e da construção do laço com o território. A questão da territorialidade torna-se um fator essencial para que o projeto dê resultados, uma vez que o individuo absorverá a sensação de pertencimento ao local escolhido. Porem infelizmente abrir uma residência terapêutica nem sempre é fácil. O estigma que pesa sobre os usuários do serviço faz com que a própria comunidade tenha preconceito e tentam impedir que sujeitos egressos do hospital psiquiátrico ocupem seu lugar no território. Então é necessário um trabalho de conscientização com os vizinhos, com a comunidade e o comércio local, desmistificando o estigma de louco perigoso através de realização de atividades abertas à comunidade.
ALMEIDA, Flávio Aparecido de; CEZAR, Adieliton Tavares. As residências terapêuticas e as políticas públicas de saúde mental. IGT rede, Rio de Janeiro, v. 13, n. 24, p. 105-114, 2016. Disponível em: . Acessos em 18 maio 2020.
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