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A Responsabilidade social

Por:   •  23/11/2017  •  Seminário  •  2.530 Palavras (11 Páginas)  •  259 Visualizações

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

É o compromisso que uma organização tem com a sociedade, baseada em seus princípios e valores éticos. De forma transparente, a empresa implementa um conjunto de práticas, políticas e projetos responsáveis que irão contribuir para o desenvolvimento justo e sustentável da comunidade dentro e fora da empresa. Deste modo, visa não causar impactos negativos e atender às necessidades e problemas sociais como um todo.

Segundo o Instituto Ethos (2003), existem sete diretrizes para a introdução da Responsabilidade Social nas organizações:

Adotar valores e trabalhar com transparência, onde a organização assume valores e princípios éticos, assumindo responsabilidade de agir com coerência na prática de suas ações.

Tornar clara e acessível a comunicação sobre informações, decisões e interesses da empresa que irão impactar na sociedade, meio ambiente e dentro da organização.

Valorizar empregados e colaboradores considerando leis trabalhistas, programas de incentivo, treinamentos especializados para desensolvimento, gratificações, participação na tomada de decisão.

Fazer sempre mais pelo meio ambiente, sendo adotadas práticas de responsabilidade contra os impactos negativos que são gerados no meio ambiente, considerando às necessidades de políticas de incentivo ao desenvolvimento sustentável, definir e respeitar os princípios ambientalistas e incentivar o consumo consciente.

Envolver parceiros e fornecedores, onde a empresa irá envolver-se e criar parcerias com outras através de um diálogo transparente, considerando valores éticos, compromisso e condutas em comum que ambas possuem.

Proteger clientes e consumidores, promovendo serviços seguros, fornecer informações específicas e acessíveis ao público e atender às suas necessidades.

Promover sua comunidade, ou seja, a relação que a organização tem com a comunidade de entorno, identificando os problemas sociais e ambientais com objetivo de solucioná-los. Neste caso, terá influência de ONGs, organizações comunitárias, contribuição de projetos que estejam diretamente ligados aos princípios éticos e as necessidades daquela comunidade de entorno. Pode ocorrer através de investimento, recrutamento de funcionários de áreas pobres, projetos específicos de inclusão social e apoio a educação.

Comprometer-se com o bem comum, contruibuindo diretamente para o desenvolvimento da região através do cumprimento de leis, coerência de projetos e interesses da empresa para com às questões e problemas sociais, comprometendo-se com o combate à corrupção, considerando movimentos sociais, contribuindo para as políticas públicas sociais e ações governamentais.

Contexto histórico

No início do século XX, período marcado pelo liberalismo econômico, as empresas acreditavam que estariam exercendo sua função social, apenas maximizando seus lucros, pagando seus impostos e gerando empregos para a sociedade. Nesse período o mercado era formado por empresários de pequenas empresas, em regime de concorrência perfeita, com base tecnológica estável e acessível, e com pouco ou nenhum poder de influenciar individualmente o mercado. O patrimônio da companhia se confundia com o patrimônio do dono. A maximização dos lucros era o objetivo da companhia e expressava a vontade dos acionistas, sendo essa a principal contribuição social da empresa.

O modelo econômico liberal acreditava que as ações de cunho social não ajudavam no

desenvolvimento da sociedade, além de não ser uma responsabilidade das organizações.

Dessa maneira, ainda no início do século XX, os atos filantrópicos limitavam-se à caridade dos grandes empresários, que com o passar do tempo e devido às pressões da população, passaram a promover tais ações pela própria empresa, incorporando essas doações em seus modelos de gestão.

Apesar do liberalismo econômico e da administração científica terem sido ferramentas

importantes para o crescimento da produção e aumento do capital, tais modelos contribuíram para a degradação da qualidade de vida, problemas ambientais e relações de trabalho extremamente precárias. Com isso, iniciou-se uma mobilização com o intuito de pressionar governo e organizações a solucionarem os problemas criados por elas. O conceito de responsabilidade social, então, começou a se fortalecer e incorporar os principais anseios dessas empresas.

Em paralelo com todas as mudanças que estavam ocorrendo na época, em meados dos anos 1970, no Brasil, instituições, como a Igreja Católica, eram bastante atuante quando se tratava do tema.

A entidade ADCE - Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa foi pioneira no assunto. A ADCE-Brasil, entidade formada por empresários ligados à Igreja católica.

O principal objetivo da ADCE-Brasil era, e ainda é, discutir e refletir sobre o balanço social.

Entretanto, a questão do balanço social passa necessariamente pela dinâmica da responsabilidade social, pois as informações do balanço social são frutos da prática social das empresas, contudo, vale ressaltar que antes desse grande impulso sofrido na década de 1990, devido às grandes transformações ocorridas no pós-guerra e a grande recessão econômica do Brasil nos anos 80, viu-se, mais uma vez, a necessidade de agir em questões sociais para amenizar o quadro de desigualdade e exclusão social sofrida no país.

Devido a esse panorama, o governo brasileiro começou a estabelecer parcerias entre o setor público e o empresarial, com participações cada vez mais constantes de organizações não governamentais (ONGs), o que propiciou expressivas mudanças no âmbito social. É com base nessas mudanças que começa a ganhar forma o que seria conhecido como os "três setores sociais", ou "esquema trinário": o primeiro setor, representado pelo governo e seus recursos e fins públicos; o segundo setor, pelo setor privado e seus recursos e fins privados; e por último, o terceiro setor, pelas organizações da sociedade civil, cada vez mais ativas na busca do atendimento das demandas sociais.

Atualmente, tanto o Brasil quanto o restante do mundo ainda sofrem com problemas sociais; em contrapartida, a população se encontra cada vez mais atenta a esses problemas e possui uma maior conscientização sobre o assunto, o que acarreta uma maior pressão sobre as empresas que precisam investir em responsabilidade social.

É preciso

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