A Revisão de Psicanálise
Por: Kpop Jennie • 9/11/2024 • Abstract • 2.222 Palavras (9 Páginas) • 24 Visualizações
REVISÃO: PSICANÁLISE A2
ENTREVISTA INICIAL: primeiras impressões, importante o paciente sentir que foi compreendido, pode precisar de uma de uma sessão, deixar que o analisando conduza a sessão, o importante é o analista escutar.
— Rapport: início da construção de um vínculo terapêutico.
— Analista deve ter noção de suas limitações e alcances.
— Necessário: ‘interpretação compreensiva’ - traduzir com minhas palavras o que o paciente falou para que ele se sinta compreendido e escutado.
— Finalidades: avaliar as condições mentais, emocionais, materiais e circunstâncias da vida do paciente, possíveis riscos (frustrações) e benefícios, avaliar a veracidade e qualidade da motivação do paciente.
- Nosológico (diagnóstico)
- Dinâmico (organização da personalidade)
- Evolutivo (ego, juízo crítico, fases do desenvolvimento)
- Funções do ego (defesa, regulação entre superego e id)
- Configurações vinculares (dentro e fora da família)
- Comunicacional (como se comunicam com o analista e com os outros)
- Corporal (cuidados corporais, auto-imagem, presença de hipocondria ou somatizações)
- Manifestações transferenciais e contratransferenciais
- CONTRATO: definição de papéis e funções, pode ser verbal ou escrito, contém os valores, pagamento, horários, plano de férias.
— Analisar como o paciente segue ou burlar as combinações propostas.
- ALIANÇA TERAPÊUTICA: não é apenas a relação paciente-analista, mas do paciente com a sua motivação e seu envolvimento com o processo terapêutico. Começa quando o analisando percebe que o terapeuta está comprometido com seu tratamento.
- SETTING: criação de um novo espaço, não apenas o ambiente físico (divã, poltrona), mas as combinações de tudo que vai acontecer (pode haver mudanças). Conjunto de regras, atitudes e combinações, tanto sobre o Contrato como os que vão sendo definidos durante o processo terapêutico. — Inadmissível que transgrida os princípios básicos (confiabilidade, estabilidade, certa flexibilidade).
– Pacientes mais regressivos: setting como incubadora (para que possa receber as gratificações básicas).
— Ambiente especial (físico e atmosfera emocional)
— Procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o processo terapêutico
— Têm função ativa e determinante para a evolução da análise
— Atmosfera de trabalho e firmeza
Funções Terapêuticos do Setting:
— delimitação entre o ‘eu’ e os ‘outros’ (diferenciação, separação e individualização)
— Noção de limites, limitações humanas e diferenças
— Pequenas frustrações são importantes para a evolução do paciente
— O analista precisa ter um equilíbrio entre flexibilidade e rigidez (estar no controle da situação)
Setting funciona como um continente, propiciando a formação da aliança terapêutica.
- REGRAS TÉCNICAS:
- LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS: a regra fundamental da psicanálise, compromisso do analisando em dizer tudo o que lhe vier à mente, sem restrições ou censura, mesmo que pareça desagradável ou irrelevante.
- REGRA DA ABSTINÊNCIA: o foco do terapeuta deve estar em interpretar, se abstendo de qualquer outra coisa, cuidado com os excessos de gratificações.
- REGRA DA ATENÇÃO FLUTUANTE: postura ativa do terapeuta em relação à livre associação do analisando, comunicação de “inconsciente para inconsciente’’, parte mais instintiva (sentimentos), possibilita uma ‘escuta intuitiva’ (sobre mim antes de pensar sobre o que esta informação fará com o paciente).
- REGRA DA NEUTRALIDADE: o analista deve ser como um espelho, se focar no que lhe é mostrado, deixando de lado as pré-concepções.
- REGRA DO AMOR ÀS VERDADES: busca pela verdade, mesmo com crianças, se joga para ganhar.
- PRESERVAÇÃO DO SETTING: não fazer muitas mudanças, manter certa constância, estabelecer a assimetria (os lugares, os papéis e as funções não são simétricas ou iguais entre o paciente e o analista).
- TRANSFERÊNCIA: transferência das questões do paciente para a figura do analista, por exemplo, as primeiras relações objetais (os pais), as representações do próprio self e os fantasmas inconscientes. — A interpretação do analista possibilita a integração do presente com o passado, imaginário com o real, inconsciente com o consciente.
- EXTRATRANSFERÊNCIA: (fora do setting), o paciente estabelece as relações atuais como as relações objetais primárias (questões infantis mal resolvidas, repetir o comportamento de dependência dos pais com os amigos).
- NEUROSE DE TRANSFERÊNCIA: quando o paciente realmente acredita nesse sentimento (em geral, romântico), fantasias inconscientes, apaixonamento ‘real’, os neuróticos histéricos (gravidez psicológica).
- TRANSFERÊNCIA PSICÓTICA: Freud não acreditava que os psicóticos podiam realizar a transferência, porque eram autoeróticos (incapazes de formar relações objetais). Embora, agora já se saiba que eles conseguem.
- PSICOSE DE TRANSFERÊNCIA: : restrita à situação de sessão análitica (lapso), pessoa neurótica pode distorcer os fatos reais de forma intensa e confusa, momento de raiva.
- TRANSFERÊNCIA POSITIVA: questões amorosas ou a idealização do terapeuta (geralmente, nas primeiras sessões), o que o paciente projeto no terapeuta. Zimmermann afirma que é necessária uma admiração ao terapeuta. (pulsões relacionadas ao líbido).
- TRANSFERÊNCIA NEGATIVA: agressividade, relativa à ódio contra o terapeuta. (pulsões agressivas). Com isso, pode-se entender como é a relação com os amigos e a família.
- CONTRATRANSFERÊNCIA: os sentimentos que surgem no analista influenciado pelos sentimentos inconscientes do analisando. (Quando a terapeuta de Alice quis acabar com a terapia).
- CONTRATRANSFERÊNCIA SOMATIZADA: desconforto físico até a sonolência do analista.
- CONTRATRANSFERÊNCIA EROTIZADA: sensações e desejos eróticos do analista despertados pelo paciente. É difícil manter o vínculo terapêutico depois disso.
- SONOLÊNCIA: o terapeuta se identifica com os objetos mortos-vivos do paciente. Possíveis causas: voz monótona, dificuldade de conciliar os pensamentos.
— Efeitos contratransferênciais: não pode atribuir ao paciente toda a responsabilidade. Após ser reconhecida pelo analista pode se transformar em uma bússula empática.
- ATIVIDADE INTERPRETATIVA:
- Primórdios da psicanálise: decodificação do simbolismo dos sonhos, acesso ao inconsciente.
- Interpretação sistemática do ‘aqui-agora-comigo’ da neurose de transferência.
- Atualidade: não só repetição do passado, mas levar em consideração outros fatores, como a pessoa real do analista.
Reciprocidade do vínculo analisando-analista: identificações projetivas
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