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A TRANSFERÊNCIA DE IMPASSE PSICOSE DE TRANSFERÊNCIA

Por:   •  11/6/2020  •  Resenha  •  2.093 Palavras (9 Páginas)  •  942 Visualizações

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Nome: Cristina Dias Garbi                                RA: C776AC-6

Data: 16/03/2020

Transferências. Transferência de Impasse. Psicose de Transferência

Bibliografia:

ZIMERMAN, D. E. Transferências. Transferência de Impasse. Psicose de Transferência. In: ZIMERMAN, D. E. Manual de técnica psicanalítica. Porto Alegre: Artmed, 2008. P. 127 – 141.

FICHAMENTO

Transferência para tornar-se base da psicanalise é preciso utilizar também conceitos de resistência e interpretação. Denomina-se como conjunto de todas as formas pelas quais o paciente vivencia a experiência emocional todas as “representações” que ele tem do seu próprio self, as “relações objetais” que habitam o seu psiquismo, bem como os conteúdos psíquicos que estão organizados como “fantasias inconscientes”, com as respectivas distorções perceptivas, de modo a permitir “interpretações” possibilitando a integração do presente com o passado, o imaginário com o real, o inconsciente com o consciente.

Extratransferência é a interpretação através de inter-relacionamentos que ocorrem em seu dia a dia, dando possibilidade de entender como seus objetais internos se estruturam, sendo analisadas no aqui e agora.  A extratransferência pode ser relacionado com eventos passados ou com o relacionamento analista – analisando.

Neurose da transferência é a intensa e continua situação de carga emocional que o analisando impõe no analista que ultrapassado os limites da sessão e transborda para a vida pessoal, justifica plenamente o emprego sistemático de interpretações centradas no calor do aqui-agora.    

Transferência psicótica ocorre em pacientes psicóticos e muitas vezes é inacessível dentro da análise, para Bion é possível identificar através de três aspectos “p” prematura (a transferência se instala logo no início da terapia analítica), pertinaz (se agarram ao analista de uma forma forte, tenaz) e perecível (nas primeiras decepções e desilusões, distanciam-se e esfriam o vínculo com o terapeuta; a transferência perece e, não raramente, abandonam a análise).

Psicose transferência referem-se a pacientes que não são psicóticos, mas entram em um processo transferencial tão negativo e distorcido que parece uma situação psicótica, sua diferença é que ocorre apenas nas sessões de terapia.

Aliança terapêutica é constituída através de um rapport e é pautada no alinhamento do paciente com o analista havendo trabalho conjunto para melhora dos aspectos impactantes na vida o analisado, podendo ocorrer reprodução de outras relações que o paciente teve conforme vida, reconstrói suas experiências através do analista havendo mutuo reconhecimento.

O Match na psicanalise simboliza um entendimento entre ambas as partes da psicoterapia levando a uma evolução conjunto através de um relacionamento balanceado.

A real constituição do psicanalista pauta-se na identificação para o paciente, tem uma significativa influência no campo analítico, até mesmo na determinação do tipo de transferência manifesta pelo analisando.

Transferência positiva refere-se a todas as pulsões e derivados da libido, sendo os sentimentos carinhosos e amistosos, mas também incluídos os desejos eróticos, desde que eles tenham sido sublimados sob a forma de amor não-sexual e não persistam como um vínculo erotizado. Pode ser uma representação idealizada do paciente para o analisando.

Uma aparente transferência positiva pode estar significando unicamente um, inconsciente, conluio transferencial-contratransferência sob a forma de uma, estéril, recíproca fascinação narcisística, além de haver a possibilidade de uma pseudocolaboração para encobrir sentimentos “negativos”.

Transferência idealizadora simboliza tentativa de estabelecer um vínculo primário, o psicanalista desfaz precocemente a idealização, daí resultando a possibilidade de o paciente ingressar em um estado de desamparo análogo. É importante termos em mente a significativa distinção que deve haver entre idealização e admiração.

Transferência negativa a existência de pulsões agressivas com os seus inúmeros derivados, sob a forma de inveja, ciúme, rivalidade, voracidade, ambição desmedida, algumas formas de destrutividade, as eróticas incluídas. Pode ser altamente positiva ao possibilitar vivenciar novamente as situações não solucionadas/entendidas de sua infância.

É importante o ataque ao analista que deve “sobreviver” aos ataques isso repercute no paciente de duas formas estruturantes para o seu self: a comprovação de que ele não é tão perigoso, destruidor e mau como imaginava, e tampouco os seus objetos são tão frágeis como ele sempre temeu. O aspecto positivo de uma transferência negativa pode ser equiparado à fase evolutiva da criança, quando ela entra no período de, sistematicamente, dizer “não” à autoridade dos pais.

Transferência espetacular traduz os problemas de déficit, próprio dos pacientes com fortes fixações em etapas primitivas, nas quais as necessidades emocionais básicas não foram suficientemente satisfeitas, a transferência assume características de uma busca de algo em alguém, assumindo a forma de uma busca, no analista, de uma “fusão” com ele, ou a de um “continente” apropriado, ou de alguém que seja portador de seus “ideais”, ou, ainda, a de um “espelho” que o reflita. Nestes casos, é necessário que o analista transitoriamente aceite funcionar como “ego auxiliar” do paciente, a um mesmo tempo que, gradativamente, vá construindo o processo de diferenciação, que possibilite o paciente a adquirir uma separação, uma individuação e uma posterior autonomia.

Transferência erótica e erotizada refere-se a transferência de apaixonar-se pelo terapeuta, algo que não pode ser confundido por amor real, ao mesmo tempo que não deve ser reprimido mas deve ser tratado como algo irreal e o rastreassem até suas origens inconscientes.

Transferência de características eróticas adquire um largo espectro de possibilidades, desde os sentimentos afetuosos e carinhosos pelo analista até o outro polo de uma intensa atração sexual por ele (ela), atração essa que se converte em uma transferência erotizada, ou seja, desejo sexual obcecado, permanente, consciente, egossintônico e resistente a qualquer tentativa de análise.

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