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A Teoria da Personalidade Erich Fromm

Por:   •  1/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  894 Visualizações

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TEORIA DA PERSONALIDADE

ERICH FROMM

Cintia

Gabriel Farias Lourenço

Joana

Láisa Pereira Alves

Lara Bermudes Pansiere

Ludmilla Gaudino Zanotelle

Marco Aurélio Menezes do Carmo

Murilo

Regiane Arezzi Briel

INTRODUÇÃO

Erich Fromm, psicanalista e marxista, nasceu em Fankfurt, Alemanha, em 1900. Estudante de psicologia e sociologia, fez sua formação psicanalítica em Munique, no Instituto Psicanalítico de Berlim. Embora psicanalista, não supria tanto apreço por Freud quanto tinha por Marx. A partir desse fato, toda sua teoria psicanalítica se fundamenta. Fromm foi profundamente influenciado pela obra “The Economic and Philosophical Manuscript” de Marx. Este teórico compara as ideias dos dois observando suas contradições e tentando formular uma síntese.

A partir dessa visão, Erich Fromm utiliza a psicanálise para preencher as lacunas existentes em Marx, já que o mesmo o considera mais profundo que Freud.

Embora fosse taxado de teórico marxista da personalidade, preferia rotular-se de humanista dialético. Devido a sua teoria ser um espelho do meio social, seus trabalhos e livros acadêmicos receberam atenção não só de especialistas desse meio, mas também do publico leigo.

DESENVOLVIMENTO

Toda a teoria psicanalítica de Fromm se baseia na suposição de que toda pessoa “se sente solitária e isolada por que se separou da natureza e das outras pessoas”. Para dar sustentação teórica a essa afirmação, ele nos dá vários exemplos onde a ruptura de laços primários resulta em isolamento e desespero. Segundo ele, esses laços são essenciais para a condição humana, pois assim o indivíduo se sente pertencente a algo ou alguém. Por exemplo, a criança ao se libertar dos laços primários com seus pais, sente-se isolada e desamparada.

Fromm desenvolveu a tese de que, com o passar do tempo, os humanos foram conquistando mais liberdade e, consequentemente, foram se sentindo mais solitários devido ao fato de não conseguirem lidar com a liberdade adquirida.  Para resolver esse dilema, a opção mais viável seria o indivíduo “unir-se aos outros no espírito do amor e do trabalho compartilhado”, e a alternativa não-sadia seria tentar “escapar da liberdade”. Fromm apresenta três meios para escapar da liberdade: autoritarismo, destrutividade e conformidade de autômato.

Autoritarismo é definido por ele como uma “submissão masoquista à pessoas mais poderosas ou por uma tentativa sádica de tornar-se a autoridade poderosa”. A segunda fuga, destrutividade, é descrita como uma “tentativa de escapar da impotência, destruindo os agentes e as instituições sociais que produzem um senso de desamparo e isolamento. Quanto mais o impulso de crescimento da pessoa for frustrado, mais destruitiva ela se tornará”. Já o terceiro modo, conformidade de autômato, é definido como “uma renuncia ao seu estado de ser ela mesma, adotando um ‘pseudo self’ com base nas expectativas alheias”. [...]

Ao definir esses modos de escape não sadios, Fromm conclui com a ideia de que, caso o indivíduo escolha a alternativa sadia, ele usará sua liberdade para construir uma sociedade melhor.

Uma de suas principais obras, “Escape from Freedom”, foi escrita durante a ditadura nazista. Nela, Fromm mostra que essa forma de totalitarismo atraia as pessoas por que lhes é oferecido uma nova forma de segurança. Contudo, ele enfatizou em suas obras futuras que toda forma de sociedade humana, seja o feudalismo, capitalismo, facismo, socialismo e comunismo, são em si uma maneira de tentar resolver a contradição básica humana. O mesmo caracteriza essa contradição como um tipo de dualismo, onde o indivíduo possui uma parte animal e uma parte humana. A nossa metade animal tem certas necessidade fisiológicas que precisam ser satisfeitas. No entanto, a oposta tem autoconsciência, razão e imaginação.

Logo após afirmar que possuímos duas naturezas vigentes em nosso ser, Fromm expõe que a natureza humana é constituída de cinco necessidades específicas, sendo: necessidade de relacionar-se, necessidade de transcendência, necessidade de enraizamento, necessidade de identidade e, por fim, a necessidade de uma estrutura de orientação.

A primeira necessidade, como dito anteriormente, é a necessidade de relacionar-se. Nessa, Fromm nos diz que ela “decorre do fato de que os humanos, ao se tornarem humanos, foram arrancados da união primaria do animal com a natureza”. Na união primaria de “animal” com a natureza, o mesmo possuiria a habilidade de lidar com qualquer situação advinda. Entretanto, com a decorrência da nossa evolução, o ser humano perdeu essa capacidade, pois o seu laço com a natureza foi rompido. Agora ele precisa criar laços afetivos de forma voluntária, laços esses que o mais saudável é baseado no amor produtivo.

Já segunda necessidade é a de transcendência. Ela implica no fato de que o ser humano tem como aspiração transcender a natureza animal que o mesmo possui.

Na terceira necessidade, que é a de enraizamento, Erich nos diz que o indivíduo quer ter raízes, que ele quer se sentir pertencente a algo ou a alguém e que esse irá ter um sentimento de enraizamento mais profundo com pessoas ao qual possui afinidade. Porém, ele ainda quer ser único, e é ai que a quarta necessidade é inclusa. A necessidade de identidade é descrita como a vontade interior que o indivíduo possui de ser único, ser diferente em meio aos seus semelhantes. Se essa distinção não for obtida por meio do esforço criativo individual, o mesmo irá obter essa distinção “seguindo” outro indivíduo ou outro grupo.

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