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Resumo da Teoria da Personalidade de Erich Fromm

Por:   •  16/3/2019  •  Resenha  •  997 Palavras (4 Páginas)  •  934 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Departamento de Psicologia

Goiânia, outubro de 2013.

Disciplina: Psicologia da Personalidade II

Professora: Jociane Sobreira Lessa

Alunas: Patrícia Lessa Lopes

Resumo da Teoria da Personalidade de Erich Fromm

Para Erich Fromm a personalidade é influenciada pelas forças sociais e culturais que afetam o indivíduo numa cultura e pelas forças universais que vêm influenciando a humanidade durante toda a sua história. Pode-se dizer que Erich Fromm tem uma visão mais extensa do desenvolvimento da personalidade devido à sua preocupação com a história.

Para Fromm, os conflitos pessoais que sofremos surgem dos tipos de sociedade que construímos. No entanto, não estamos fadados ao sofrimento. Fromm era otimista em relação à nossa capacidade de criar nosso próprio caráter e solucionar os nossos problemas – problemas que, como sociedade, criamos.

A partir das experiências pessoais, Fromm criou a necessidade de tentar entender as causas da irracionalidade. Ele escreveu: “Meu principal interesse estava claramente mapeado. Eu queria entender as leis que governavam a vida das pessoas individualmente e as leis da sociedade” (Fromm, 1962, p.9); ele suspeitava que a personalidade humana era profundamente afetada pelas forças sociais, econômicas, políticas e históricas e que uma sociedade doente produzia pessoas doentes. Consequentemente, a sua visão da personalidade foi moldada seguindo linhas intuitivas, formada a partir das suas próprias experiências e posteriormente refinada seguindo linhas empíricas.

Na história da civilização ocidental, no século XX, as pessoas foram adquirindo mais liberdade, o que resultou em mais solidão, sensação de insignificância e alienação.

De acordo com Fromm, cada período da história tem sido caracterizado pelo aumento do movimento para fora do grupo e para a individualidade, da mesma forma que as pessoas lutavam para adquirir independência, liberdade e a oportunidade de expressar todas suas habilidades originais humanas.

Para Fromm a Idade Média é a última era de estabilidade, segurança e sentimento de pertença a uma classe.

Fromm propôs três mecanismos psíquicos para fugir dos aspectos negativos da liberdade e recuperar a nossa segurança perdida: o autoritarismo – para reaver a segurança exibido nos sentimentos sádicos ou masoquistas -, a destrutividade – reaver a segurança exibido no desejo de eliminar objetos, pessoas e instituições ameaçadoras – e a conformidade autômata – reaver a segurança exibido na obediência incondicional às normas predominantes que regem o comportamento.

Para Fromm, o desenvolvimento do indivíduo na infância é igual ao da espécie humana, ou seja, a história da espécie humana se repete na infância de cada ser humano. À medida que as crianças crescem, elas vão obtendo uma liberdade e independência cada vez maior de seus pais.

Como o processo normal de maturação envolve um certo isolamento e desamparo, as crianças tentam reaver a segurança da infância e fugir da sua liberdade cada vez maior. A natureza da relação pais-filhos determina o mecanismo que a criança utiliza. Fromm propôs três formas de ligações interpessoais entre pais e filhos: ligação simbiótica – as crianças continuam íntimas e dependentes dos pais; interação de afastamento-destrutividade – as crianças se distanciam dos pais; e amor – os pais mostram respeito e oferecem equilíbrio entre segurança e responsabilidade.

O impulso para obter segurança e escapar da solidão e o impulso conflitante de liberdade e criação do self são universais. A oposição desses impulsos determina todos os desejos humanos e se manifesta em seis necessidades humanas básicas: necessidade de ligação – necessidade de manter contato com outras pessoas, idealmente por meio do amor produtivo; necessidade de transcendência – necessidade da pessoa ir além da sua natureza animal, tornando-se criativa ou destrutiva; necessidade de criar raízes – necessidade de sentir uma ligação ou sensação de pertencer a uma família, comunidade e sociedade; necessidade de identidade – necessidade de ter consciência das nossas habilidades e características peculiares; necessidade de uma estrutura de orientação – necessidade de uma imagem consistente e coerente do nosso mundo dentro da qual entendemos os eventos da vida; e necessidade de excitação – necessidade de um ambiente externo estimulante para que o nosso cérebro possa funcionar no nível mais elevado de atividade e atenção.

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