A Teoria da metáfora do relógio
Por: Vitória Maria • 8/1/2018 • Trabalho acadêmico • 729 Palavras (3 Páginas) • 2.928 Visualizações
Aluna: Vitória Maria Siqueria
Psicologia 2017/2
"Perdoem-me, mas vocês, políticos, dificultam as coisas. As ideias da maioria de vocês, de direita ou de esquerda, parecem-me antiquadas e mecânicas como um relógio. Para me explicar, eu preciso retroceder até Descartes, que foi o primeiro arquiteto da visão do mundo como relógio. Uma visão mecanicista que ainda domina especialmente vocês. É como se a natureza funcionasse feito um relógio. Vocês a desmontam, a reduzem a um monte de peças simples e fáceis de entender, analisam-nas e, aí, pensam que passam a entender o todo.
Mas não foi sempre assim. Não antes de Descartes. Quando ele introduziu isso, provocou uma ruptura revolucionária com a Igreja. Descartes queria saber como o mundo funcionava sem a ajuda do Papa, pois para ele, o mundo era só uma máquina. Aí Descartes ficou fascinado pela máquina do relógio e fez dele a sua principal metáfora: 'vejo o corpo como nada mais que uma máquina'. Um homem saudável é um relógio bem-feito, e um doente, um relógio malfeito. E funciona tão bem que os cientistas passaram a acreditar que todos os seres vivos, plantas, animais, nós, não passamos de máquinas, e isto é falso. Isto tomou conta de tudo: arte, política etc.
Mas os tempos mudaram Precisamos de uma nova maneira de entender a vida. A ciência já passou o pensamento mecanicista. Mas vocês, políticos, parecem ainda ter essa máquina dentro de suas cabeças. ‘ ( Fragmento de fala retirado do filme ‘ O ponto de mutação ‘ dirigido por Bernt Amadeus Capra (1982) )
Começo com esse fragmento do livro citado acima para introduzir a ideia do relógio, que é a mãe/pai dos autônomos que assim como o Digestin Duck mudou e marcou o espirito de um tempo, o mecanicismo.
A teoria do relógio nada mais é do que o reflexo do mecanicismo, é uma doutrina para a qual os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da química, desse modo de enxergar o universo como uma grande máquina que pode ser dividia por partes entendida e reproduzida mecanicamente, as ideias retrógradas mecanicistas são referência nesse modo de acreditar que a natureza é como uma máquina, onde animais, plantas e até os homens são como relógios bem construídos, quando são bons, ou mal feitos, quando doentes.
Seguindo a metáfora do relógio, podemos relaciona-la com duas ideias, o reducionismo e o determinismo. Como explicação, a ideia de entender o universo físico e conceitos por meio de observação para analisa-lo e reduzi-lo a partes mais simples para melhor compreensão, como se fosse uma máquina que pode ser desmontada e analisada suas engrenagens está diretamente ligada a ideia de reducionismo, já o determinismo se encontra com a metáfora do relógio quando começamos a estudar o princípio psicanalítico o qual acredita que todos os eventos mentais são precedidos de eventos anteriores que os determinam, é a crença de que a mente funciona como uma máquina em que cada fase se encadeia à anterior e à posterior, com a precisão de um relógio. Essa crença que qualquer ação é motivada por eventos do passado, é uma afirmação determinista.
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