A Terapia Comportamental Dialética
Por: stevinharski • 9/4/2017 • Trabalho acadêmico • 472 Palavras (2 Páginas) • 554 Visualizações
As terapias comportamentais surgiram na década de 80, apresentando intervenções baseadas em evidencias para transtorno psiquiátrico como abuso de substancias, tabagismo, psicose, depressão maior, transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, transtorno bipolar, entre outros. (ABREU E ABREU, 2016)
A Terapia Comportamental Dialética (TCD) ou do inglês Dialectical Behavior Therapy (DBT) em específico, foi criada pela psicóloga Marsha Linehan e divulgada inicialmente nos anos de 1984 como uma estratégia orientada a modificar comportamentos de suicídio e parasuissidio. (ABREU E ABREU, 2016)
Para a autora, a DBT é um protocolo clínico inicialmente desenvolvido para o tratamento de comportamentos suicidas e parassuicidas, e logo após foi estendido para algumas outras psicopatologias, como por exemplo o transtorno de personalidade borderline.
O tratamento envolve a aprendizagem de comportamentos que podemos dividir em três estágios. O primeiro deles é alcançar as habilidades básicas, tendo como princípio metas em que o terapeuta visa reduzir comportamentos de suicídio, reduzir também comportamentos que afetam na terapia. O segundo é a redução do estresse pós traumático, focando na meta de descrever e aceitar as intervenções traumáticas, nesse estágio, o paciente é levado a aceitar esses eventos. Por fim, o terceiro estágio, resolvendo problemas de vida e aumentando o respeito próprio, ou seja, o ambiente terapeuta-cliente reforça os comportamentos focando na capacidade de confiar em si mesmo. (ABREU E ABREU, 2016)
De acordo com Boavista (2014) O terapeuta da DBT portanto, apoia seus clientes no desenvolvimento de repertórios com mais eficácia, que produzam consequências menos danosas para si e para os demais a sua volta. Como já foi dito também, para técnica de redução do stress, a DBT adota a técnica de midnfulness, de maneira a observar os eventos do ambiente e do próprio comportamento, descrever de forma não avaliativa as relações funcionais entre o indivíduo que se comporta e as condições ambientais nas quais opera, e a participação plena no momento atual, de maneira que se torna impossível realizar atividades paralelas como racionalizar ou justificar condutas.
Ainda de acordo com o autor, ao fim das intervenções é esperado que o paciente adote um repertório maior de comportamentos, sem realizar julgamentos (elaborar auto regras que viessem a controlar respostas de fuga/esquiva de eventos privados), estar atento inteiramente às contingências de maneira a não se engajar em atividades com função de fuga/esquiva, como a racionalização, categorização ou desqualificação do seu próprio comportamento, e por fim agir de forma efetiva, ou seja, comportar-se de modo que produza consequências valorosas para si e não danosas para o outro.
REFERÊNCIAS
ABREU, Paulo Roberto; ABREU, Juliana Helena dos Santos Silvério. Terapia comportamental dialética: um protocolo comportamental ou cognitivo?. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 18, n. 1, 2016.
BOAVISTA, Rodrigo RC. Transtorno de personalidade borderline: contribuições da clínica comportamental. 4 COMPORTAMENTO em foco, p. 55, 2014
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