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Adesão ao tratamento na terapia comportamental: transtorno de personalidade borderline

Por:   •  25/9/2015  •  Monografia  •  5.919 Palavras (24 Páginas)  •  712 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE PSCOLOGIA

ANA DARC CORDEIRO FERREIRA

ADESÃO AO TRATAMENTO NA TERAPIA COMPORTAMENTAL: TRANSTONO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

São Paulo

2011

ANA DARC CORDEIRO FERREIRA

ADESÃO AO TRATAMENTO NA TERAPIA COMPORTAMENTAL: TRANSTONO DE PERSONALIDADE BORDERLINE

Monografia apresentada como requisito para a conclusão do Curso de Pós-graduação em Terapia Comportamental e Cognitiva: Teoria e Aplicação, da Universidade de São Paulo.

Orientadora:

São Paulo

2011

RESUMO

Ferreira, A. D. C. (2011). Adesão ao tratamento na terapia comportamental: transtorno de personalidade borderline. Monografia de conclusão do curso de pós-graduação em terapia comportamental e cognitiva: teoria e aplicação.

Clientes considerados difíceis na prática clínica são geralmente os que emitem comportamentos resistentes, ou seja, aqueles clientes que apresentam dificuldades no seguimento das orientações dadas pelo terapeuta e, consequentemente, uma baixa adesão ao tratamento. A literatura aponta que muitos desses clientes recebem o diagnóstico de transtorno de personalidade, além de possuírem um histórico de passagem por muitos tratamentos com baixa adesão e poucas melhoras concretas. Existe também uma correlação entre a resistência do cliente e um resultado negativo da terapia e/ou abandono da mesma e, entre a resistência do cliente e comportamentos diretivos do terapeuta e que, para clientes com uma história de dificuldades de seguimento de regras não seria recomendado o uso de procedimentos muito estruturados. Visando exemplificar o que a literatura apresenta sobre a baixa adesão ao tratamento, será apresentado um caso clínico de uma cliente de 35 anos com o diagnóstico de transtorno de personalidade borderline cujo número de faltas era a variável relevante para análise. No total de 21 sessões, 9 faltas ocorreram. A partir de uma análise funcional do comportamento de faltar foi verificado que diante de perguntas das terapeutas sobre temas aversivos, a cliente emitia comportamentos de fuga/esquiva, principalmente esquivas de relacionamento mais íntimo com as terapeutas. Desta forma, após as sessões nas quais as terapeutas conseguiam conversar sobre os temas aversivos, a cliente faltava e, quando vinha na sessão subsequente, dizia que estava com "dó das terapeutas sem cliente". Além do comportamento de fuga/esquiva da cliente de estabelecer uma relação de intimidade com as terapeutas, verificou o uso de intervenções mais diretivas. Embora a junção desses dois fatores possa ter contribuído para o abandono da terapia, as doze sessões realizadas foram consideradas um sucesso, uma vez que em outros processos, compareceu apenas a três sessões.

Palavra-chave: Terapia comportamental, Transtorno de personalidade borderline, Adesão ao tratamento.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................04

1.1. Terapia Comportamental: histórico e conceituação..............................................04

1.2. Transtorno de Personalidade Borderline...............................................................09

1.3. Adesão ao Tratamento..........................................................................................14

2. MÉTODO....................................................................................................................17

2.1. Participantes............................................................................................................17

2.2. Situação..................................................................................................................17

2.3. Procedimento..........................................................................................................17

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................18

4. CONCLUSÃO.............................................................................................................19

5. REFERÊNCIAS .........................................................................................................20

1. INTRODUÇÃO

1.1. A Terapia Comportamental: histórico, conceituação

Sant’Ana (2004) relata que, historicamente, a Terapia Comportamental se desenvolveu a partir de 1920 com o experimento de Watson e Rayner realizado com uma criança e no tratamento de fobias infantis realizado em 1924 por Mary Cover Jones.

Na década de 30 do século XX ainda predominava os estudos envolvendo o paradigma respondente apesar de Thorndike tivesse demonstrado a importância das conseqüências no controle do comportamento (Sant’Ana, 2004).

Após os trabalhos de Pavlov sobre neurose experimental, Wolpe (1983) e outros estudiosos passaram a investigar as neuroses baseando-se nos conceitos de extinção e inibição, utilizaram a dessensibilização sistemática e o contracondicionamento, permitindo que os princípios comportamentais fossem objeto de observações

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