A Vida Social Na Velhive
Exames: A Vida Social Na Velhive. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kellypsico • 16/10/2014 • 963 Palavras (4 Páginas) • 241 Visualizações
O idoso na sociedade: O enfoque na saúde
O ser humano é eminentemente social. É indiscutível a importância da vida em sociedade. É através das relações sociais que aprendemos formas de comunicação e regras de convivência, conhecimento a cerca de si mesmo e construímos a nossa identidade.
Todas nossas habilidades se dão num processo de transmissão social. A evolução cultural ocorre porque o ser humano vive num mundo de caráter essencialmente discursivo que permite as interações humanas.
Na velhice a desativação de certos papéis que teoricamente poderia levar a prejuízos da auto-estima e na identidade social não é tão ameaçador A aprendizagem com outros é especialmente importante no comportamento humano. O comportamento que é socialmente transmitido sobrevive por causa de suas conseqüências. Todos os seres vivem basicamente num mundo social de co-específicos (ser igual a você, pertencente a mesma sociedade) individualmente reconhecidos e têm a capacidade de predizer o comportamento dos seus co-específicos em diversas situações utilizando pistas e insights.
Esse processo chama-se “cognição social”, é o nosso conhecimento social, a capacidade de compreender os co-específicos como seres iguais a você com vidas mentais e intencionais iguais a nós. É “imaginar-se na pele mental do outro”.
Por muito tempo vigorou o mito na nossa cultura, de que com o envelhecimento ocorreria uma diminuição nos contatos sociais, perda de papéis sociais, solidão e afastamento social na velhice. O que ocorre com o processo de envelhecimento na vida social, são transições no âmbito social, papéis sociais não são perdidos, são desativados ou substituídos, regras de comportamento social, expectativas acerca dos outros são reformuladas, os relacionamentos, por afeto ou não, constroem-se e desfazem ao longo da vida e devemos estar preparados para essas transições. E a capacidade humana de adaptação permanece até o final da vida. Quanto às redes de relações, sejam de amigos ou familiares, nossa cognição social, nos permite dentre os contatos sociais, selecionar aqueles que nos garantem as experiências emocionais mais positivas.
Nosso comportamento social é regulado por normas, muitas delas atreladas por diversos papéis sociais desempenhados ao longo da vida. Papéis sociais são comportamentos construídos pelo grupo e desempenhados na sociedade e temos expectativas sobre seu desempenho. Envolvem padrões de comportamentos que influenciam os relacionamentos e servem como base para a percepção de si mesmo e como fatores de regulação social. Alguns papéis são escolhidos como os papéis de pai e mãe, outros são conquistados como os papéis profissionais e outros atribuídos pelo grupo social.
Na velhice a desativação de certos papéis que teoricamente poderia levar a prejuízos da auto-estima e na identidade social, não é tão ameaçador. Ainda que tenham uma base biológica as mudanças normativas (esperadas) dos papéis sociais na vida adulta e na velhice, são transições que podem ser planejadas e não necessariamente causam estresse. Como por exemplo, a preparação para o processo de aposentadoria, o nascimento de netos, etc...
A sensação de estar em dia com as tarefas tem ligações com o bem-estar subjetivo e reflete na qualidade de vida das pessoas, por isso a adaptação a tais eventos normativos é importante para a satisfação na velhice. Mesmo na velhice avançada as pessoas devem continuar estabelecendo metas a curto, médio e longo prazo, investir em parcerias sociais, em tempo e energia para alcançar seus objetivos.
Estudos gerontológicos mostram que o convívio com familiares, amigos, conhecidos e gerações mais novas, durante o surgimento de eventos não normativos (não esperados) como viuvez, problemas de saúde, dependência física, alterações sensoriais, tem impacto considerável na vida social. A ligação
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