A família pobre e a escola pública

A família pobre e a escola pública

O artigo de Maria Helena Souza Patto analisado juntamente com as charges nos revela que há um alto índice de analfabetismo, abandono escolar que compõe o atual cenário da educação pública brasileira.  A partir disso, faz se necessário refletir sobre essa problemática não para encontrar os culpados dessa tal situação, mas para pensar em soluções.

        A problemática não está na diferença entre os estudantes principalmente os que se encontram na classe social baixa, é necessária uma visão mais ampla, isto é, analisar o macrossistema que envolve a nossa sociedade e que enquadra o estudante com preconceito, como “alunos impossíveis” e “burros”.

        A solução não se delimita apenas nos professores, mas no desenvolvimento de um sistema de educação de qualidade que não gere exclusão e limitações, reajustes e criação de novos métodos pedagógicos. Então, a partir disso percebe-se que não existe uma escola voltada para o povo, sendo que as maiorias dos estudantes hoje estão inseridas nas camadas de baixo poder aquisitivo.

 Entretanto, apesar disso, ainda é possível notar que grande parte dos teóricos e o próprio sistema educacional apresentam uma compreensão sobre o fracasso escolar enraizada no senso comum, de que o aluno é o único responsável pelo seu aprendizado ou de que a obrigação é exclusiva dos pais e da escola. Dessa forma, sofrem não somente os alunos, mas também os educadores e seus familiares, pois todo o seu trabalho não se torna objeto de reconhecimento.

Então, por meio da leitura e análise das charges faz se necessário para transformar essa realidade presente nas instituições escolares brasileiras, reconhecer que há muitos problemas nas públicas, como, um alto indicie de exclusão que atrapalha todo o processo de formação de aprendizagem que é o objetivo principal da educação, e acarreta sofrimento para pais, alunos, professores e todos os profissionais que participam da escolarização.

Outro fator importante para a eliminação dessa problemática, é que não se trata de encontrar um responsável ou uma causa, se não há interesse por parte do sistema político em tentar resolve-los.

São necessários que haja investimento econômico, social e políticos na escola, nos professores, alunos, família e comunidade, isto é, todos os fatores que compõem o cenário escolar para que a partir, de condições de qualidade trabalho, salários e melhoria de vida tanto para os profissionais quanto os alunos, ou seja, uma reestruturação em toda educação pública brasileira, que seja capaz de inovar, transformar, modificar e desconstruir visões alienadas para assim, construir novos cidadãos e um novo sistema educacional.

                

Referências bibliográficas

 PATTO, Maria Helena Souza. A família pobre e a escola pública: anotações sobre um desencontro. Disponível em: . Acesso em: 14 mar. 2016.