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A hora de jogo diagnóstica

Por:   •  8/4/2024  •  Resenha  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  59 Visualizações

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FICHAMENTO

UNIP – Curso de Psicologia – CPA

Estágio Psicodiagnóstico: Grupo Tarde

Prof(a) Andréa Patutti

  1. Identificação estagiário

Marinela Bonelli Cortês Campineiro - 6º semestre

  1. Referência Bibliográfica (segundo normas ABNT)

 EFRON, A. M.; FAINBERG, E.; KLEINER, Y.; SIGAL, A. M. e Woscoboink. A hora de jogo diagnóstica. In: OCAMPO, M. L. S.; ARZENO, M. E. G.; PICCOLO, E. G. de. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 1990, 6. ed., p. 169-191.

  1. Objetivo:

  O enfoque do texto é mostrar como se estrutura a hora de jogo diagnóstica, que tem como objetivo fornecer ao psicólogo(a) material para análise e compreensão mais profunda sobre a criança e suas necessidades psicológicas, através da observação cuidadosa de seu comportamento durante o jogo. Esse instrumento de investigação vê o jogo como uma forma legítima de expressão e comunicação da criança.

  1. Aspectos Importantes:

   A hora de jogo diagnóstica é um recurso ou instrumento técnico usado pelo(a) psicólogo(a) no processo psicodiagnóstico infantil, que visa observar o comportamento de crianças entre zero e 12 anos em um ambiente de jogo estruturado. É importante destacar que existe diferença entre a hora de jogo diagnóstica e a hora do jogo terapêutica, sendo a primeira um processo com começo, meio e fim e a segunda são aspectos e modificações estruturais contínuas que surgem pela intervenção do(a) terapeuta. As autoras afirmam que a atividade lúdica é a linguagem própria da criança e que o jogo proporciona um meio para a expressão das emoções, pensamentos e fantasias, possibilitando ao psicólogo(a) dados e materiais valiosos sobre o funcionamento psíquico infantil. Durante a hora de jogo, ou seja, a atividade lúdica, o mediador não é o(a) psicólogo(a) e sim o brinquedo oferecido. Esta hora é posterior à entrevista realizada com os pais, momento no qual os dois, em conjunto, elaboram as instruções que serão dadas à criança. Apesar disso, é necessário reformular essas instruções de forma clara para a criança. E como cada hora de jogo é uma experiência diferente é importante estabelecer um vínculo transferencial para uma melhor compreensão da criança que está sendo atendida. É enfatizado também, a necessidade de uma postura cuidadosa e atenta do(a) profissional de Psicologia durante a sessão de jogo, para interpretar adequadamente os sinais emitidos pela criança.

 

  1. Principais Conceitos e Definições:

       Conceitos importantes para a hora de jogo diagnóstica:

  • A sala de jogos deve ser um espaço não muito pequeno com pouca mobília para que a criança tenha uma maior liberdade de movimentos. Os elementos devem ser colocados sobre a mesa sem nenhum agrupamento específico, de forma aleatória, porém evitando uma desordem. Devem ser oferecidos brinquedos diversos, materiais de diferentes tipos, estruturados e não estruturados.

    É importante salientar que há pautas de critério sistematizado para a orientação e análise do processo psicodiagnóstico. São elas:

  • A escolha de brinquedos e brincadeiras devem ser muito bem observados pelo profissional e este levará em conta o processo evolutivo da criança de acordo com os estágios de desenvolvimento propostos por Piaget.
  • As modalidades de brincadeiras têm referência em como a criança estrutura sua brincadeira, se é de uma maneira plástica, se é de maneira rígida ou se apresenta alguma estereotipia e perseverança.
  • A personificação se refere à capacidade da criança em assumir diferentes   papéis durante a brincadeira, papéis dramáticos, é importante levar em consideração os estágios de desenvolvimento defendidos por Piaget.  
  • motricidade possibilita ao profissional de Psicologia analisar a adequação   motora da criança a sua etapa evolutiva.
  • A criatividade propicia ao psicólogo(a) descobrir se a criança consegue se organizar de maneira bem-sucedida, gratificante e enriquecedora sabendo   equilibrar a fantasia e a realidade.
  • A tolerância à frustração se dá sob o aspecto da criança aceitar ou não as instruções impostas e suas limitações. Está intimamente ligada ao princípio de prazer e de realidade.      
  • capacidade simbólica é a via de acesso para as fantasias inconscientes da   criança, é valorizado, não apenas a capacidade da criança de elaborar símbolos, mas também seus significados. 
  • A adequação à realidade se refere ao momento em que o(a) psicólogo(a) analisa a capacidade ou não da criança de se desprender da mãe e se ela aceita as   limitações do espaço e a possibilidade de se colocar em seu papel e aceitar o papel do outro. 

   Também é importante destacar o brincar   da   criança   psicótica,   neurótica   e   normal. A primeira apresenta dificuldade na brincadeira, inibição total ou parcial   e   uma desorganização de conduta, implicando na possibilidade de simbolizar.   Em   uma   criança neurótica há o reconhecimento parcial da realidade e uma capacidade   simbólica desenvolvida e possui uma baixa tolerância à frustração.   Já   na   criança   normal há uma boa capacidade de adaptação ao ambiente e situação, boa atividade simbólica, boa tolerância à frustração e maior fluidez na brincadeira.   

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