A influência das redes sociais na automutilação
Por: Luciane Candella • 7/10/2019 • Monografia • 6.228 Palavras (25 Páginas) • 259 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
LUCIANE DE OLIVEIRA CANDELLA
A influência das redes sociais na prática de automutilação
São Paulo
2018
LUCIANE DE OLIVEIRA CANDELLA
A influência das redes sociais na prática da automutilação
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de especialista em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais apresentado à Universidade Paulista - UNIP.
Orientadores:
Profa. Juliana Aureana Leal
Prof. Hewdy L. Ribeiro
SÃO PAULO
2018
LUCIANE DE OLIVEIRA CANDELLA
A influência das redes sociais na prática da automutilação
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de especialista em Saúde Mental para Equipes Multiprofissionais apresentado à Universidade Paulista - UNIP.
Orientadores:
Profa. Juliana Aureana Leal
Prof. Hewdy L. Ribeiro
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_______________________/__/___
Prof. Hewdy Lobo Ribeiro
Universidade Paulista – UNIP
_______________________/__/___
Profa. Juliana Aureana Leal
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO
O trabalho a seguir apresentado tem como objeto o estudo de um comportamento social que tem ocorrido com cada vez mais frequência, principalmente entre os pré-adolescentes e adolescentes, muito em razão do uso da internet, especificadamente nas redes sociais como os blogs, Facebook, Instagram, dentre outros, como forma de expor e influenciar em práticas como a automutilação. Esse grupo de pessoas têm usado os espaços virtuais para manifestar sentimentos, queixas, dar depoimentos, revelar suas ansiedades, frustrações e incompreensões. Este trabalho apresenta a visão de estudiosos teóricos sobre a automutilação, buscando entender melhor os porquês desta prática, mostrando seus tratamentos e apontando o importante papel da escola e da família para a superação dessa prática.
Palavras Chave: internet; comportamento; automutilação; redes sociais.
ABSTRACT
The purpose of this study is to study social behavior that has been occurring with increasing frequency, especially among pre-adolescents and adolescents, due to the use of the Internet, specifically in social networks such as blogs, Facebook, Instagram, among others, as a way of exposing and influencing practices such as self-mutilation. This group of people have used virtual spaces to express feelings, grievances, give testimonials, reveal their anxieties, frustrations and misunderstandings. This work presents the view of theoretical scholars about self-mutilation, seeking to better understand the reasons for this practice, showing their treatments and pointing out the important role of school and family in overcoming this practice.
Key-words: internet; behavior; self-mutilation; social networks.
1 INTRODUÇÃO
As redes sociais foram criadas para proporcionar diferentes meios de comunicação que facilitam a relação interpessoal por meio cibernético. Um artigo publicado pela Revista Exame em 2015 ilustrou que o uso da internet cresceu nos últimos anos devido, principalmente, aos jovens e seu uso destas redes sociais, como por exemplo, Facebook e Youtube. A América Latina mostrou-se como umas das regiões onde mais se acessa a Grande Rede, com um total de 300 milhões de acessos à internet, sendo que 39% desses acessos são feitos por meio do telefone celular. A revista destacou ainda a participação do Brasil através da pesquisa "Futuro Digital em Foco Brasil 2015" (Digital Future Focus Brazil 2015), onde chegou-se ao dado de que os brasileiros são líderes no tempo despendido nas redes sociais, totalizando cerca de 650 horas por mês.
De acordo com Neto (2014), entre os jovens brasileiros o Facebook é a rede social mais acessada. No entanto, são especialmente nos blogs que se podem encontrar jovens expondo seus conflitos íntimos, narrativas de si mesmos, arquivos confidenciais, compartilhamento de sentimentos de depressão, de solidão, de incompreensão, de frustração, de ódio e pedidos de ajuda. Muitas vezes as redes sociais para os jovens servem como uma companhia, que os acolhe já que fora do computador, estes não conseguem ou não recebem a compreensão e atenção esperada da família.
2 OBJETIVOS
O estudo da prática de automutilação foi escolhido como tema deste trabalho, em razão deste comportamento ser pouco conhecido, tampouco os efeitos decorrentes de comportamentos adotados pelos adolescentes, que participam em larga escala das redes sociais, o que acaba por instigar o seu interesse em atos de automutilação, conforme observado nestas redes que povoam a internet e em conversas obtidas com alunos da rede de ensino básica. Dessa forma buscamos compreender como as redes sociais exercem o seu papel no contexto da automutilação.
3 METODOLOGIA
Este trabalho baseou-se na linha de estudo cognitivo comportamental, pois a automutilação se enquadra nas características dessa forma terapêutica, cuja finalidade é buscar a compreensão da estrutura cognitiva do indivíduo, ajudando-o a entender melhor as razões e os porquês que sustentam a realização deste comportamento destrutivo.
Este trabalho fundou-se em fatos ocorridos com adolescentes (entre 12 e 16 anos) que praticam automutilação simplesmente pela sensação de alívio e prazer. Muitos relatam que essa é a única forma de amenizar a sua angústia. A pesquisa baseou-se na coleta de informações e excertos, em sua maioria, de livros, artigos e internet.
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