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A relação entre ex-cônjuges e entre pais e filhos após a separação conjugal

Por:   •  24/2/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.462 Palavras (6 Páginas)  •  498 Visualizações

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A relação entre ex-cônjuges e entre pais e filhos após a separação conjugal

Introdução

A separação entre um casal traz muitas mudanças não só para a vida dos dois, mas sim para toda a família, podendo abalar toda a sua estrutura.

Embora ela tenha lados bem marcantes como negativos, muitas vezes deve ser encarada como algo positivo, quando ocorre-se entre casais que já não se toleram, onde a vida anda marcada por conflitos. Num caso deste, a separação é vista como um ato de libertação e paz entre os membros da família, já que constantes discussões acabam abalando o lado emocional tanto dos pais quanto dos filhos.

Crianças de pais separados devem ser alvos de muita atenção, já que após uma separação ficam expostas e sujeitas a muitas dificuldades, como baixo rendimento escolar e até mesmo uma depressão.

Geralmente após uma separação, os três anos seguintes são vistos como um grande período de crises, já que a vida da criança passa por grandes mudanças, exigindo então um longo processo de adaptação.

Cada faixa etária pode reagir de uma forma após um divórcio entre os pais. As crianças mais novas teriam mais dificuldades em lidar com o assunto e podem vir a culpar-se a sim mesma pelo acontecimento. Passam a ter fantasias e desejos de reunir novamente a família e enfrentam constantemente sentimentos de perda e tristeza.

Os filhos costumam reagir de diferentes maneiras e comportamentos após uma separação, podendo levar em consideração como era sua rotina e como ela passará a ser, se os conflitos serão minimizados entre os pais ou se aumentam e, até mesmo, o relacionamento que esta criança tinha com a figura parental que sai de casa, se era mais afetuoso ou não.

Geralmente após uma separação, os pais acabam se distanciando um pouco do filho e todo o relacionamento familiar passa a ser abalado. A família paterna desta criança se distancia, enquanto a família materna passa a ser cada vez mais próxima.

Um fator de atenção para os pais é que eles passam a ver os filhos como vítimas diante da situação, consequentemente passam a “compensar” os filhos sendo mais flexíveis nos limites, ou seja, passam a permitir que os filhos façam o que até então não era permitido fazer, prejudicando assim sua base educacional.

Os filhos passam por dificuldades em enfrentar a ausência da figura não detentora da guarda, e os pais passam a se comportar mais agressivamente em sua relação social e enfrentam dificuldades em lidar com seu ex-cônjuge.

Atentos a estes fatos foi realizado um estudo (Almeida et al. 2000) de intervenção com os pais e filhos após a separação para promover a interação entre eles, onde, segundo autores, esta interação contribuiu para que os pais procurassem manter mais diálogos entre seu ex-cônjuge e relações positivas com os filhos.

Segundo estudo de Wlching et al. (2000), a mãe (ou pai - pessoa que ficou responsável pelos filhos) deve manter um relacionamento amigável com os filhos, procurando então minimizar os efeitos que esta separação trouxe para eles, apagando então a sensação que pode ter ficado na criança de abandono em relação às figuras parentais.

A mãe deve transmitir total segurança para a criança, dando-lhe a oportunidade de se expressar e compartilhar seus sentimentos e receios, algo importantíssimo após uma separação, já que este contato entre mãe e filho passa a ser um importante mediador dos efeitos que a ocasião trouxe.

Após um divórcio, muitas mães passam a ter dificuldades em manejar sua família, passam a não oferecer grande suporte e nem oferecem a atenção devida aos filhos, não se comunicam e nem expressam muito afeto. Passam a se sentir culpadas.

Tendo em vista que após uma separação, 90% das crianças e adolescentes passam a viver com as mães (IBGE, 2005), espera-se um número cada vez maior de crianças que vivem em locais diferentes de seus pais, estas denominadas “Famílias Monoparentais”.

Todos sabemos os grandes desafios que encontramos no desenvolvimento infantil, estes então passam a ser maiores diante de uma separação, já que a criança possui necessidades de segurança, autonomia e paciência para se desenvolverem, sentimentos tais que passam a ser confrontados após um período de estresse que acompanham a separação.

Estudo de Caso:

Após um estudo realizado com 43 mães de crianças de ambos os sexos, com idade entre 4 e 6 anos, matriculadas em escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) de uma cidade do interior de São Paulo, foram identificadas as seguintes informações:

  • 42% das participantes realizaram um casamento civil com o ex-cônjuge, enquanto 58% mantiveram uma união informal;
  • O tempo médio entre a união conjugal foi de 6 a 8 anos
  • 39% tinham Ensino Médio completo, 26% tinham Ensino Fundamental incompleto e 26% tinham o Ensino Fundamental completo;
  • As mães que tinham Ensino Superior corresponderam a 9% do total
  • 74% das mães trabalhavam,
  • 67% dos ex-cônjuges contribuíam financeiramente, onde 39% dos casos havia uma medida judicial e 28% dos casos a contribuição fazia parte de um acordo informal entre os pais;
  • 35% das famílias tinham renda de até R$500,00, 23% de até R$1.000,00, 21% de até R$1.500,00 e 19% recebiam acima de R$2.000,00.

Sobre a relação da mãe com o ex-cônjuge:

  • 35% consideraram boa a sua relação
  • 37% avaliaram como regular
  • 28% disseram que a relação era ruim.

Sobre o relacionamento dos pais com os filhos:

  • 53% delas disseram que o pai não se preocupava com a criança
  • 12% relataram que os pais envolvem os filhos em assuntos da relação com a ex-cônjuge
  • 12% disseram que o ex-cônjuge é agressivo
  • 23% relataram que o pai preocupa-se e ajuda na educação do filho.

No que refere à possibilidade de as participantes contarem com o ex-cônjuge para resolver problemas relacionados aos filhos:

  • 35% recebiam ajuda dos pais
  • 65% não podiam contar com os pais

A respeito da comunicação entre os pais:

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