ANÁLISE DA SERIE IN TREATMENT
Por: André Jorge • 4/12/2018 • Trabalho acadêmico • 709 Palavras (3 Páginas) • 2.918 Visualizações
A análise em questão é de um episódio específico da série americana in treatment que narra a vida de um psicoterapeuta, o doutor Paul Weston, e suas sessões semanais com vários pacientes. O episódio “terça-feira” conta a vida do piloto de caça Alex, que procurou o doutor aconselhado por amigos, por ter bombardeado uma escola, cumprindo sua missão e resultando na morte de várias crianças.
Logo de início já percebemos que Alex chega na sessão com um roteiro pronto, um ideal de terapia já formulado por si mesmo, com isso, ele acaba controlando a sessão, quando corta as falas do terapeuta e acrescenta perguntas que ele mesmo responde em seguida. Pode-se inferir que o terapeuta começou a avaliar Alex e a perceber o narcisismo presente no paciente, isso fica claro quando Alex se coloca como bom em todas as coisas que faz, e diz que procurou Paul por ele ser o melhor, e ele sempre quer o melhor, assim como ele. Ao decorrer da história notamos que o paciente nega suas fraquezas e se esconde em si mesmo, Alex nega qualquer tipo de arrependimento pelo ocorrido, mais tarde fica claro que existe a culpa e sua vontade de voltar para o local do bombardeamento é para tentar suprir sua necessidade de perdão.
Por servir o exército Alex é acostumado a receber ordens e a ser subordinado, acatando sempre os seus superiores. O paciente esperava que Paul fosse como um comandante, dizendo a ele o que deveria ser feito e assim ocorre a transferência, que fica claro em sua fala alegando que o erro de bombardear uma escola e matar todas aquelas pessoas não foi dele e sim de quem o ordenou, ou seja, seus comandantes. Alex a todo momento tira sua culpa pelo ocorrido, diz que fez o que tinha que ser feito, entrando em negação a todo momento. Ele tem a visão de ser perfeito e transfere isso para o terapeuta.
Durante a sessão Paul frustra Alex, o deixando irritado, toda vez que ele pergunta algo para Paul o terapeuta reverte a pergunta para ele, quebrando toda sua expectativa de uma terapia ideal. O paciente apresentava resistências bem claras, e o terapeuta percebeu isso quando Alex alegou que era muito cedo para entrar no assunto de sua família.
Segundo a teoria do desenvolvimento psicossexual o paciente se caracterizava com fixação na fase anal de expulsão, ele tem o prazer de controlar, expulsar e explodir, visivelmente notado com a agressividade de Alex joga o dinheiro na mesa assim que Paul encerra a sessão. O terapeuta pode também ter percebido em Alex um persecutório paranoide, em dados momentos o paciente tem mania de perseguição, dizendo que todos querem sua cabeça e que sua foto serve para alvo de dardos.
Ao contar sua história de quase morte, Alex demonstra angústia e decepção por não ter suprido a necessidade das pessoas a sua volta, que o questionavam sobre sua experiência no “túnel” que não existiu. O paciente diz ao terapeuta que só conseguia se lembrar sobre a história que sua avó havia contato sobre seu avô que foi encontrado morto com uma ereção. Alex diz que em seus últimos segundos de consciência pedia para não ter uma ereção, alegando que aquilo significaria a morte. Porém Paul foi mais a fundo e questionou o paciente perguntando a ele se não tinha medo de ser confundido como homossexual por ter uma ereção na presença de seu melhor amigo Daniel, ao qual Alex demonstra grande afeição, até mais que em sua esposa. Alex ri e diz
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