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ANÁLISE: Os fundamentos do conhecimento da vida cotidiana - Ilha das flores

Por:   •  24/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.295 Palavras (6 Páginas)  •  382 Visualizações

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FACULDADE GUAIRACÁ

Psicologia

EDUARDA PYETRA DE MENEZES

 SHEILA LARA DA SILVA

ANÁLISE DE TEXTO E FILME

Os fundamentos do conhecimento a vida cotidiana; Ilha das flores.

Guarapuava 2018

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar o texto ‘Os fundamentos da vida cotidiana’ e relaciona-lo com o filme ‘Ilha das flores’.

Para compreendermos esse cotidiano analisaremos alguns tópicos citado pelo autor BERGER, P. L.; A realidade da vida cotidiana; A interação social na vida cotidiana; A linguagem e o conhecimento na vida cotidiana;

A partir da realidade da vida cotidiana que dirige a conduta na vida diária, analisamos como esta realidade pode aparecer em varias perspectivas teóricas.        Podemos definir a vida cotidiana sendo elas nossas atividades rotineiras. Atividades comuns que compõem nosso dia a dia como, trabalhar, estudar, encontrar os amigos, conversar, etc. Esta realidade é apresentada em dois aspectos, o ser humano se mostra ao mesmo tempo controlador e controlado.

A vida cotidiana é construída por meio de uma realidade interpretada e subjetivamente dotada de sentidos pelos homens na medida em que forma um mundo coerente, onde é perceptível ao decorrer dos anos no vídeo analisado que será dissertado a seguir.

DESENVOLVIMENTO

Para melhor compreensão do trabalho o mesmo será dividido em tópicos obtidos do livro, cada um terá sua analise correlacionada com o filme.

A realidade da vida cotidiana; Segundo o autor a analise fenomenológica da vida cotidiana abre mão de qualquer hipótese casual ou genética. O senso comum contém inúmeras interpretações pré-científicas sobre a realidade cotidiana que admitem como certas. Nesta realidade o capitalismo esta inerente em todos os aspectos, como descreve o vídeo.

Entre as múltiplas realidades existe uma que se apresenta como uma realidade absoluta. O homem experimenta a vida cotidiana vivendo, aprendendo e considerando-a normal e evidente, isto é, constituindo sua atitude natural. No filme podem-se observar essas interações sociais que o homem vivencia no seu dia a dia.

O autor considera que a realidade cotidiana aparece constituída por uma ordem de objetos que foram designados como objetos antes de minha entrada na cena; uso instrumentos deste abridores de latas até os automóveis de esporte.

O autor cita:

    A realidade cotidiana esta organizada em torno do “aqui’ de meu corpo e do ‘agora’ do meu presente. Este ‘aqui e agora’ é o foco de minha atenção à realidade da vida cotidiana. Aquilo que é ‘aqui e agora’ apresentado a mim na vida cotidiana é o realissimum de minha consciência. A realidade da vida diária, porém, não se escota nessas presenças imediatas, mas abraça fenômenos que não estão presentes ‘aqui e agora’. Isto quer dizer que experimento a vida cotidiana em diferentes graus de aproximação e distancia, espacial e temporalmente. A mais próxima de mim é a zona da vida cotidiana diretamente acessível à minha manipulação corporal. Esta zona contém o mundo que se acha a meu alcance, o mundo em que atuo a fim de modificar a realidade dele, ou o mundo em que trabalho. Nesse mundo do trabalho minha consciência é dominada pelo motivo pragmático, isto é, minha atenção a esse mundo é principalmente determinada por aquilo que estou fazendo, fiz ou planejo fazer nele. Deste modo é meu mundo por excelência. Sei, evidentemente, que a realidade da vida cotidiana contém zonas que não me são acessíveis dessa maneira. Mas, ou não tenho interesse pragmático nessas zonas ou meu interesse nelas é indireto, na medida em que podem ser potencialmente zonas manipuláveis por mim. Tipicamente meu interesse nas zonas distantes é menos intenso e certamente menos urgente. Estou intensamente interessado no aglomerado de objetos implicados em minha ocupação diária. (BERGER, P. L A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento.)

Dessa forma, podemos enfatizar a vida dos moradores da ilhas das flores que vivenciam o ‘aqui e agora’ onde seu dia a dia é esperar mais cargas de lixos que são desprezados por outras pessoas, sendo assim, se projetam eu um futuro bem próximo  (o amanhã) como por exemplo:  se posicionar em primeiro lugar na fila para poder obter ‘os melhores alimentos’ antes que os outros.

A interação social na vida cotidiana; A realidade da vida cotidiana é partilhada com os outros, nessa realidade posso ‘experimentar’ os outros de varias maneiras, uma delas é a interação face à face, nesta a subjetividade do outro me é acessível mediante o máximo de sintomas, certamente, posso interpretar errado alguns dessas sintomas, posso pensar que o outro esta sorrindo quando de fato esta sorrindo afetadamente. As experiências podem ser diretas ou indiretas, no filme podemos observar essas experiências quando Dona Neti passa a vender seus perfumes (experiência direta) e o comprador o obtém sem saber de onde o produto vem (experiência indireta). A realidade social da vida cotidiana é, portanto apreendida num continuo de tipificações que se vão tornando progressivamente anônimas à medida que se distanciam do ‘aqui e agora’ da situação face a face. (BERGER, P. L A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Pg 52)

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