APRECIAÇÃO SOBRE O ESTÁGIO – Raphaela Carvalho

APRECIAÇÃO SOBRE O ESTÁGIO – Raphaela Carvalho

No primeiro instante fiquei apreensiva, pois se tratava do meu primeiro atendimento, que foi realizado com o público de crianças e adolescentes que me possibilitou entrar em contato com a realidade que só tinha visto na teoria, e também as experiências subjetivas do sujeito, onde obtive contato com o inesperado. Durante o período de estágio entendi que a teoria é importante, mas que sem a prática dificilmente conseguiremos ser bons profissionais. Que não temos as respostas para todas as perguntas, mas as pessoas na maioria das vezes só precisam ser ouvidas. Percebi que o trabalho do profissional de psicologia, carrega tamanha responsabilidade em tudo aquilo que é dito. Que a primeira entrevista é o alicerce de todas as intervenções posteriores em saúde mental, pois se o paciente não se sentir mobilizado pelo primeiro atendimento, talvez não prossiga na sua busca por ajuda. Após o atendimento era organizado todas as informações coletadas durante o atendimento. Uma vez por semana os casos eram discutidos em sala nas aulas de supervisão a professora sempre deixava todos os alunos a vontade para expor seu relato sobre o atendimento, e logo após fazia as orientações para o próximo atendimento.

A experiência que adquirir durante o estágio foi bastante agradável, pois através de cada atendimento descobrir como somos importantes para a sociedade, e saber que alguém busca pela sua ajuda e você consegue contribuir de alguma forma.

A limitação que mais despertou meu interesse nas atividades do psicólogo é o fato da quebra de sigilo nos casos de agressão física contra a criança ou adolescente. O Código de Ética Profissional dos Psicólogos prevê, em seu artigo 9°, o sigilo profissional como obrigação do psicólogo pela garantia do direito à intimidade dos indivíduos, grupos ou instituições que são sujeitos de seu exercício profissional. Contudo, o código alerta também para situações nas quais, ao preservar o sigilo, pode o psicólogo ferir outros princípios preconizados pela ética profissional. Neste sentido, podemos pensar em princípios como o compromisso com a dignidade e integridade do ser humano, a necessidade de posicionamento crítico diante dos contextos em que atua, dentre outros. Nesses casos, cabe ao psicólogo decidir sobre a quebra de sigilo, respeitando, no entanto, as disposições legais existentes pertinentes à questão.

A partir da experiência que obtive no estágio de psicologia clínica, é indispensável que o profissional de psicologia esteja sempre atualizado das novas formas de promover saúde mental.

Poucos pontos requerem ser aprimorados no estágio para que o aprendizado seja melhor aproveitado. Pois sabemos que o estágio em si já necessita de uma disponibilidade de tempo, talvez esse seja a principal questão para que todo resto seja muito bem aproveitado e infelizmente hoje com toda essa correria do dia a dia não se torna variável dispor se em todos os períodos de tempo.

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