AS DIFICULDADES E UM MEIO FACILITADOR PARA APRENDIZAGEM
Por: Blanda Kuhn • 6/6/2019 • Trabalho acadêmico • 4.277 Palavras (18 Páginas) • 318 Visualizações
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
BLANDA HELLEN KUHN
AS DIFICULDADES E UM MEIO FACILITADOR PARA APRENDIZAGEM
CURITIBA - PR
2018
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
BLANDA HELLEN KUHN
AS DIFICULDADES E UM MEIO FACILITADOR PARA APRENDIZAGEM
Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Neuropsicopedagogia.
CURITIBA - PR
2018
AS DIFICULDADES E UM MEIO FACILITADOR PARA APRENDIZAGEM
Blanda Hellen Kuhn[1]
RESUMO
Esta pesquisa apresenta uma proposta de trabalho cuja finalidade é viabilizar meios que possibilitem a melhoria da aprendizagem para os diversos perfis dos alunos. Busca-se ressaltar a valorização da relação professor-aluno através de estratégias práticas, as quais são aplicadas, norteando-se pela produção e aquisição de conhecimentos dentro das relações humanas, de uma forma a construir a disciplina no âmbito escolar e mais amplamente na sociedade. O professor não pode ser um mero espectador em sala de aula ou um simples facilitador do processo de aprendizagem, cabe a ele auxiliar na construção de seus conhecimentos, deve enriquecer suas aulas não apenas com livros didáticos e sim com materiais diversos, para fomentar o interesse buscando amparo no lúdico.
Palavras-chave: Aprendizagem. Lúdico. Capacidade. Dificuldades.
1. Introdução
Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento e amplie cada vez mais o potencial do educando, é necessário que ele perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida. O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento ou habilidade. Tanto quanto possível, aquilo que é aprendido precisa ser significativo para ele. Uma aprendizagem mecânica, que não vai além da simples retenção, não tem significado para o aluno.
É de suma importância que o professor conheça o processo da aprendizagem e esteja interessado nas crianças como seres humanos em desenvolvimento. Ele precisa saber o que seus alunos são fora da escola e como são suas famílias.
Quando um educador respeita a dignidade do aluno e trata-o com compreensão e ajuda construtiva, ele desenvolve na criança a capacidade de procurar dentro de si mesma as respostas para os seus problemas, tornando-a responsável e, consequentemente, agente do seu próprio processo de aprendizagem.
O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calçando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto. Ele deverá estabelecer com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as atitudes de quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado.
2. Desenvolvimento
A aprendizagem é o resultado do ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.
É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem somente aos fenômenos que ocorrem na escola, como resultado do ensino. O termo tem um sentido muito mais amplo: abrange os hábitos que formamos, os aspectos de nossa vida afetiva e a assimilação de valores culturais. A aprendizagem se refere a aspectos funcionais e resulta de toda estimulação ambiental recebida pelo indivíduo no decorrer da vida.
O processo aprendizagem sofre interferência de vários fatores – intelectual, psicomotor, físico, social – mas é do fator emocional que depende grande parte da educação infantil. Os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o período escolar surgem em situações diferentes para cada aluno, o que requer uma investigação no campo em que eles se manifestam.
Qualquer problema de aprendizagem implica amplo trabalho do professor junto à família da criança, para analisar situações e levantar características, visando descobrir o que está representando dificuldades ou empecilho para que o aluno aprenda. Contando com seus conhecimentos na área da Psicologia e da Didática, o professor deve ter em mente uma noção bastante clara do que é normal, problemático e anormal (ou patológico) no comportamento infantil.
Para que a criança se desenvolva bem ela precisa de um ambiente afetivamente equilibrado, onde ela receba amor autêntico e onde lhe permitam satisfazer as necessidades próprias do seu estado infantil. Quando isso não acontece, inicia-se uma luta entre o ambiente em que a criança vive as exigências que ela apresenta, o que fatalmente levará a uma situação de desequilíbrio, possível geradora de comportamentos problemáticos ou até patológicos.
De acordo com Mielnik, “a situação problemática abrange especialmente o relacionamento difícil com o meio e as pessoas”. Na criança, ela se manifesta em dificuldades emocionais, sensibilidade, sentimento de rejeição, sensação de pânico em determinadas circunstâncias, ansiedade, regressão ou infantilização. (Issac Lielnik, O comportamento infantil, p. 25.)
Ainda segundo o mesmo autor, quando essas reações apresentam um evidente agravamento, deve-se considerar o quadro como tendendo ao anormal ou patológico. Nesse caso, a criança passa a apresentar atitudes destrutivas de maneira compulsiva, medo excessivo de tudo, extrema agitação (ou, então, torpor e sonolência), desintegração ou mesmo ausência de relacionamento interpessoal.
O comportamento anormal ou patológico pode ter origem na própria criança (fator genético) ou no ambiente (fator social). (Isaac Lielnik, O comportamento infantil, p. 15.)
A aprendizagem é a progressiva mudança do comportamento que está ligada, de um lado, a sucessivas apresentações de uma situação e, do outro, a repetidos esforços dos indivíduos para enfrentá-la de maneira eficiente. A aprendizagem é uma modificação na disposição ou na capacidade do homem, modificação essa que pode ser anulada e que não pode ser simplesmente atribuída ao processo de crescimento. (McConnell) (Gagné)
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