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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL À DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Por:   •  30/11/2018  •  Resenha  •  530 Palavras (3 Páginas)  •  139 Visualizações

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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL À DEPENDÊNCIA QUÍMICA

NOME DO ALUNO: Rosália Souza

As consequências do movimento da antipsiquiatria, para a política de saúde mental brasileira.

O movimento da antipsiquiatria trouxe reflexões sobre a loucura e o desejo de transformações frente aos cuidados com os doentes mentais, tendo-se um questionamento a referência de atenção e compreensão da doença mental. Visando a reforma do modelo manicomial e a reconstrução da relação médico-paciente, passou-se a perceber a loucura como um fato social, fugindo ao reducionismo biologicista, e considerando a família como categoria central nessa discussão (AMARAL, 2006).

Dentre as conseqüências do modelo da antipsiquiatria para com a reforma psiquiátrica brasileira, vale ressaltar que suas influencias, propiciaram a doença mental ser considerada em um sentido amplo, sobredeterminado por múltiplos fatores e não apenas biológico, fomentando assim, o movimento da Reforma Psiquiatria no Brasil, caracterizado por desafios e transformações significativas ao modelo de atenção à saúde, em que a insatisfação de diversas categorias profissionais atuantes na saúde mental, em contexto de reabertura democrática e a luta social pela reestruturação da saúde em geral, formaram elementos que incentivaram a articulação de movimentos sociais em favor de uma reforma, que não apenas melhorasse as condições dos hospitais, mas que construíssem um novo modelo de atenção psiquiátrico (ANTUNES, 2007).

No Brasil, como exemplos da luta, temos o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de familiares, sindicalistas e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas. A lei Paulo Delgado que propôs a regulamentação dos direitos das pessoas com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no Brasil, também é consequência da luta. Houve a criação do SUS - Sistema Único de Saúde, ampliando assim o desenvolvimento de serviços substitutos, para melhor acolhimento dos doentes mentais (BRASIL, 2005).

Após longos anos com as instituições psiquiátricas lotadas, doentes mentais sendo maltratados e enclausurados nas piores condições de sobrevivência, a saúde mental incorporou um modelo de acompanhamento humanizado, com espaços sociais e equipes com multiprofissionais, uma conquista dos usuários em ter e exercer seus direitos. Assim, os Centros de Atenção Psicossocial- CAPS, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) e o Programa de Volta para Casa (que oferece o auxílio-reabilitação) aos pacientes, assinalam uma rede articulada, que visa à liberdade, a participação social e a cidadania dos direitos. Contudo, um modelo ainda em processo de construção, que vem agregando avanços significativos.

REFERÊNCIAS

AMARAL, M.C.M. Narrativas de Reforma Psiquiátrica e cidadania no Distrito Federal. Brasília: UNB, 2006. 204 f. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-graduação em sociologia da Universidade de Brasília, Brasília, 2006. Disponível em:  Acesso em: 18 maio 2017.

ANTUNES, G. A capacitação dos profissionais em reforma psiquiátrica como estratégia para a implementação de serviços substitutivos no âmbito do hospital São Vicente de Paulo. Brasília: UNB, 2007. 103 f. Monografia, Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília, Brasília, 2007. Disponível em: http://bdm.unb.br/handle/10483/714 Acesso em: 17 maio. 2017.

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