ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR

No século XlX aconteceu uma grande expansão do conhecimento cientifico nas áreas médicas, e com isso, foram descobertos os tratamentos para algumas das principais causas de morte, entretanto, novas doenças começaram a ganhar forma na sociedade, como o estresse, obesidade, alcoolismo, etc, e nesse momento, a pratica psicológica começou a ganhar destaque nos hospitais. (SILVA, 2006 apud RONICK, 2017).

A Segunda Guerra Mundial também ajudou a psicologia hospitalar, já que, quando os soldados voltaram da guerra, eles apresentavam sintomas e distúrbios psicológicos, os chamados trauma pós-guerra e foram os psicólogos que começaram a atendê-los (SILVA, 2006 apud RONICK, 2017).

Outro fator que auxiliou o surgimento da psicologia hospitalar, foi a mudança no conceito de saúde, proposta no documento de criação da OMS, nesse documento a saúde passou a ser definida como estado de completo bem-estar físico, social, e mental e não só a ausência de doenças (SEGRE; FERRAZ, 1997 apud RONICK, 2017).

Em 1954, a psicologia adentra os hospitais do Brasil, quando Mathilde Neder é convidada a trabalhar no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas, e somente no ano 2000 foi que o Conselho Federal de Psicologia reconheceu oficialmente o título de Especialista em Psicologia Hospitalar (VIEIRA, 2006 apud RONICK, 2017).

Quando os psicólogos começaram a trabalhar nos hospitais, não se existia um modelo a ser seguido, pois até a época não se havia produzido modelos experimentados bem-sucedidos, e com isso, grande parte dos psicólogos passaram a usar praticas clinicas dentro dos hospitais (GORAYEB, 2001).

O uso de práticas clinicas dentro dos hospitais, acabou não dando certo até mesmo porque não se trazia respostas às necessidades dos hospitalizados ou da própria equipe e nem se tinha o ambiente apropriado para isso (GORAYEB, 2001).

Silva (2006 apud RONICK, 2017) aponta diferenciais da psicologia hospitalar em relação as outras práticas da psicologia, entre elas temos, a instituição permeando a atuação, Psicologia é ainda pouco prevista no hospital geral, obrigatoriamente multiprofissional, dinâmica de trabalho com multiplicidade de solicitações, ambiente de ação aberto e variável, tempo impondo limites, sobreposição do sofrimento orgânico-psíquico, Imposição x opção do acompanhamento psicológico, intervenção iminentemente focal e emergencial, predominantemente ecoica, morte e o morrer como parceiros constantes na rotina de trabalho, absoluta necessidade de visão multifatorial do paciente, abrangência maior de conhecimentos específicos e possibilidades múltiplas de intervenção: paciente – família – equipe – instituição.

Outra diferenciação, é que o paciente não é igual ao cliente do consultório, o paciente não procura a ajuda psicológica espontaneamente, ele teve uma doença e com isso necessita de uma demanda psicológica. O psicólogo tem como papel esclarecer e informar e dar informações de sua patologia de um jeito que ele entenda, sendo assim, o psicólogo adquire o papel importante para a harmonia da equipe para a saúde da pessoa hospitalizada (GORAYEB, 2001).

Em todas as ações do psicólogo no ambiente hospitalar,