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Adolescência E A Dependência Das Redes Sociais

Por:   •  16/4/2024  •  Trabalho acadêmico  •  2.920 Palavras (12 Páginas)  •  80 Visualizações

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ESCOLA DE SAÚDE DE CIÊNCIAS DA VIDA 

BACHARELADO EM PSICOLOGIA 

ADOLESCÊNCIA E A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS 

RECIFE, 2023

 

ADOLESCÊNCIA E A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS

Trabalho apresentado à disciplina Psicologia do Adolescente, do curso, como requisito parcial para obtenção da nota do 2ºGQ. 

Orientado pela professora. 

RECIFE, 2022

SUMÁRIO 

1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………….04

2. ATUAL GERAÇÃO DE ADOLESCENTES ………….………………..……….05 3. ADOLESCENTES E REDES SOCIAIS…….……………...…………………...07 4. ANÁLISE DAS ENTREVISTAS ………………...……………………………….08

        5. CONCLUSÃO         ………...…………………………………………………………

                 09

6. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS …………………………………...………...10 

INTRODUÇÃO 

A presente pesquisa envolve uma análise e reflexão acerca da considerável dependência dos adolescentes em relação às redes sociais, bem como a uma série de fatores psicossociais que se refletem diretamente no processo do seu desenvolvimento diante da vulnerabilidade tecnológica que se inserem.

Nesta curta e longa passagem da vida infantil para a vida a adulta, caracterizada pela perda do corpo infantil, dos pais da infância e da sua identidade de criança, o adolescente desemboca uma série de crises, rebeldias, moratórias para eles mal justificadas, que interferem no seu ideal de autonomia, às redes sociais, diante tantos outros espaços e tendências, se torna mais um espaço para que eles possam exercitar a sua alteridade e liberdade enquanto ser subjetivo em busca de sua da sua identidade adulta, buscada de maneira indecifráveis e imprevisíveis.

É notório que os adolescentes da contemporaneidade, apesar de trazerem consigo características gerações passadas, têm se mostrado cada vez mais inseridos naquilo que chamamos revolução tecnológica em meio ao avanço da ciência e suas tecnologias e o surgimento do que hoje se denomina redes sociais. “É algo que podemos chamar de quanto mais, mais” (CASTELLIS, 2003, p. 275). Pois diante das redes sociais é quase sempre desta maneira que se comporta o adolescente, talvez na ilusão de se socializar mais, no entendimento de que utiliza as redes para sair do isolamento.

Diante do exposto, faremos uma análise da atual geração dos adolescentes e a sua correlação com as redes sociais por meio de fontes bibliográficas, pesquisas acadêmicas e questionário respondido por adolescentes divididos em dois grupos: de 12 a 14, de 15 a 16 e 17 a 18 para assim termos um panorama da relação desse público com as redes sociais.

1. A fase da adolescência

“A OMS considera como adolescência o intervalo entre 10 e 19 anos, reconhecendo como juventude o período de 15 a 24 anos. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nomeia os indivíduos entre 12 e 18 anos como adolescentes, com algumas condições que permitem tal nomeação até os 21 anos” (FIOCRUZ, 2022). Apesar disso o que podemos afirmar é que ela tem um início: a puberdade, mas a sua conclusão é um enigma, pode variar de adolescente para adolescente e que nem todos vão ter as mesmas caraterísticas, pois cada um é único. Além disso, contexto social, cultural, familiar e socioeconômico também desempenham um papel importante, e é descartado qualquer critério que envolva a maturação física (CALLIGARIS, 2000).

O que podemos afirmar é que esse período é marcado por diversas transformações, contradições, descobertas, perda dos pais da infância, a busca do reconhecimento de si mesmo e da sua nova identidade. É o momento em que ele se sente preparado para enfrentar a vida, mas ainda lhe falta aprender e amadurecer um pouco mais, o qual é obrigado contra sua vontade a experienciar um algo que lhe é imposto pela comunidade dos adultos chamada moratória. É um momento necessário, ele precisa esperar um pouco mais para enfrentar a vida e desafios adultos.

[...] a comunidade impõe uma moratória. Em outras palavras, a um sujeito capaz, instruído e treinado por mil caminhos- pela escola, pelos pais, pela mídia- para adotar os ideais da comunidade. Ele se torna um adolescente quando, apesar de seu corpo e seu espírito estarem prontos para competir, não é

reconhecido como adulto

(CALLIGARIS, 2000, p. 15).

Neste período, o qual ainda não é reconhecido como adulto, percebemos nele uma série de consequências que estão relacionadas a rebeldia, insegurança, o fantasiar, questionamentos, as contradições, radicalismos, tendência grupal, onde os mesmos buscam entre esses grupos uma identificação, um reconhecimento, um líder que contrapõe a figura dos pais e tantas outras.

Acarretado a tudo isso a evolução sexual, a descoberta e querer conhecer e experimentar o seu novo corpo na masturbação até mesmo nas relações sexuais frequente e que em algumas situações é recriminada pelos pais; atitude social de ir contra a movimentos nos quais eles não concordam e suas constantes flutuações de humor, onde a depressão e ansiedade acompanham esse adolescente, o sentimento de solidão e muitas vezes ter que voltar pra si.

Diante do exposto surge na contemporaneidade um algo que iria ser mais uma característica dos adolescentes: o uso excessivo das redes sociais. “Segundo Jonh Tresch, historiador da Universidade da Pensilvânia, o atual sistema de mídia social encoraja todos nós a administrar o que ele chama de nossa máquina de fama para

que possamos nos transformar em ícones”(KEEN, 2012, p. 128).

A sociedade está vivendo uma revolução tecnológica que avança numa velocidade surreal e com ela novas plataformas de comunicação, de fotos, de vídeos e inteligência artificial que grande parte dos adolescentes não estão preparados para lidarem.

Diante das inúmeras crises e da sua busca de sua nova idade e reconhecimento, talvez o estopim seria a possibilidade de terem o mundo virtual na palma de suas mãos, tendo a possibilidade de acesso a todo tipo de conteúdo. Não há dúvidas de que nessa busca de se “acharem” se sentirão muito mais perdidos. Por sua tendência grupal, surgem agora os grupos virtuais, que não se caracterizam com sua tendência grupal, pois não há possibilidade de vínculos afetivos, de identificação, mas uma realidade totalmente virtual e descartável no agora conhecido mundo online. 

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