Adolescência e Escolhas: implicações na orientação profissional
Por: Rayne Lannes • 19/5/2017 • Resenha • 623 Palavras (3 Páginas) • 543 Visualizações
Resenha crítica do artigo; Adolescência e escolhas: implicações na orientação profissional
O artigo nos faz voltar os olhos para as variáveis que influenciam na escolha profissional dos adolescentes, onde os mesmos se encontram em uma fase turbulenta da vida onde tem a saída da infância e a entrada na vida adulta, sofrendo a passagem dos lutos para que haja a construção da identidade pessoal e ocupacional, onde uma caminha ao lado da outra, é preciso que se passe pelos lutos para que o adolescente possa escolher por si mesmo.
O tema lealdade familiar abordado no texto, fez com que houvesse uma reflexão sobre em como o jovem se sente pressionado a seguir determinada profissão para não quebrar as expectativas da família, ou até por medo do fracasso se tentar fazer algo que não é aprovado pelo círculo familiar, fazendo com que o jovem opte por deixar que os outros escolham por ele a profissão a seguir, tornando-se muitas vezes profissionais frustrados por não ter tomado uma decisão consciente de qual papel exercer na sociedade, pois são inúmeras vertentes a serem analisadas de acordo com cada profissão. Muitas vezes o sujeito também se influencia por algum mito familiar, alguém que se destaca na família por determinada profissão, e antes de analisar se tal profissão se adequa a seu perfil e subjetividade, o jovem resolve seguir apenas por influência. O jovem pode ser capaz de mudar o mito familiar, o orientador profissional vem para ajudar na escolha responsável da profissão, uma escolha pautada na identidade pessoal e ocupacional do sujeito.
A projeção que nossos pais geram antes mesmo de nós nascermos, onde já nos enchem de expectativas e vislumbram como serão nossas vidas e quando os planos não são como almejados geram frustrações. Como debatido em sala de aula, exemplificamos lembrando que cada um tem um nome, que foi escolhido pelos pais com uma história e significado, com ele já vem expectativas e projeções de como seremos, quando não respondemos como foi idealizado estamos frustrando o desejo dos pais.
Houve a dissertação sobre os lutos da adolescência na formação da identidade pessoal e profissional, pois de acordo com as vivências de cada um e as identificações que fez ao longo da vida, e a família tem papel importante nesse processo de identificações que ocorre, por isso se torna mais difícil fazer essa escolha pois quando passamos pelos lutos, nos é obrigado a largar as fantasias de infância e ingressar na realidade da vida adulta, deixar de lado a possibilidade de os pais escolher em nosso lugar e passarmos a tomar nossas próprias decisões, processo difícil para o adolescente e para os pais.
O orientador profissional orienta o jovem através de testes e métodos o direcionando a uma profissão que melhor se encaixe no perfil, mas não foca nas influencias familiares e pessoais do sujeito, muitas vezes fazendo com que o jovem ainda se sinta despreparado para escolher sozinho, a orientação vocacional vem para analisar em todos os contextos as possibilidades que o jovem tem para fazer uma escolha responsável para sua profissão, se tornando muito importante na vida do jovem que está passando pelos lutos e começando a ter que tomar as escolhas sozinho, momento em que se sente confuso e muitas vezes despreparados para a vida adulta e o orientador ajuda a dinamizar esses conflitos e facilitar o processo de escolha por meio da auto gestão das possibilidades que o sujeito tem para a vida. Como psicóloga em formação, o artigo ajudou a compreender aspectos que interferem na escolha da profissão dos jovens e como o papel do orientador vocacional se torna importante, sendo que o mesmo está para oferecer suporte para o adolescente escolher com responsabilidade e também para os pais á compreenderem as escolhas tomadas pelos filhos.
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