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Análise do Filme - Terapia de Risco

Por:   •  11/5/2020  •  Resenha  •  1.155 Palavras (5 Páginas)  •  579 Visualizações

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TERAPIA DE RISCO

Análise do Filme

O filme terapia de risco tem alguns personagens chaves que são essenciais no decorrer da história, sendo eles: Emily Taylor (Rooney Mara), Martin Taylor (Channing Tatum), Dr. Victoria Siebert (Catherine Zeta-Jones) e Dr. Jonathan Banks (Jude Law). Temos como protagonista Emily, que no início da trama apresentasse como uma pessoa normal que aguarda o seu marido cumprir pena de quatro anos na prisão.

Ao caminhar do filme, Emily começa a demonstrar fortes sintomas de depressão depois que o marido sai da prisão e procura retornar à rotina do lar e do trabalho, trazendo à tona o obscurecimento da sua existência e a distorção da sua estrutura em relação do ser-no-mundo. No momento em que ela vai buscar o marido com a sua sogra, também nota-se esse conceito fenomenológico, que nos mostra a ideia de contato com o outro. Onde pode ser visivelmente desmembrado em três partes, que são seus momentos constitutivos: o "ser", o "mundo" e o "em". Dito de outro modo: o mundo em que o ser é e o modo de ser-aí em si mesmo. 

Podemos notar em um momento do filme que Emily sofre uma grande frustração quando o marido é preso, pois o ocorrido se passou no momento em que ela estava se casando, na presença de familiares, amigos e outros. Neste momento Emilly passa por uma crise muito intensa, onde para Husserl pode ser auxiliada pelo significado da palavra originalmente pensado enquanto “decisão” ou “escolha”, “momento crítico” ou “momento oportuno”. Sendo entendida como a falta de uma racionalidade que está relacionada com a sua própria existência.

Após o retorno de Martin para casa, Emily tenta retorna a rotina, mas as coisas não caminham tão bem, principalmente relacionado as relações sexuais entre o casal que estão sendo prejudicadas pelo uso de antidepressivos, para auxiliar nos sintomas que Emily tem por causa da depressão.

Em um momento do filme, Emilly acelera o carro na sua garagem em direção de uma parede e causa um acidente. Onde pode-se notar a presença do ser para a morte, que se conceitua na ideia de que a morte pertence a estrutura fundamental do homem, sendo um existencial e não uma possibilidade distante, mas sim constante e presente, onde na história o ser-aí ameaça a si próprio. Após isso, Emily é levada para um hospital, onde conhece o Dr. Banks. Ele faz o primeiro atendimento psicológico após o ocorrido, tentando compreender o que ocorreu no momento em que ela decidiu realizar tal ação e perceber quais os fenômenos que contribuíram para o desenvolvimento dessa estrutura adoecida, onde faz uso da epoché suspendendo todas as suas preconcepções para compreende-la.

Emily começa então, a fazer acompanhamentos com Dr. Banks, seguindo recomendações passadas pelo próprio psiquiatra ao sair do hospital, que preferia que ela ficasse internada para observação, mas atendeu aos pedidos de liberação dela porque ela alegou está muito comprometida com o marido que acabou de sair da prisão. Na primeira consulta ela traz algumas queixas onde notasse a aparição de fenômenos ao longo da terapia. Emily relata já ter feito psicoterapia com outra profissional, Dr. Victoria, e o Dr. Banks pergunta se pode entrar em contato para coletar informações anteriores. O fenômeno que desencadeou o adoecimento de Emily certamente foi a prisão de seu marido, com a qual ela teve muita dificuldade em adaptar-se. Sendo fundamental que as vivencias presentes que produzem esse fenômeno sejam pesadas, para que seja possível compreender o contextos dos sintomas presentes, para que se consiga alcançar o equilíbrio do ser.

Justamente com essa intenção que o Dr. Banks contatou a antiga terapeuta de Emily, para verificar a utilização de fármacos com os quais Emily teria menos efeitos colaterais. Por sugestão da antiga terapeuta de Emily, ele passa a tratá-la com um novo medicamento que ainda está em fase experimental, o Ablixa. O medicamento aparentemente é o ideal para Emily, ela passa a se sentir feliz novamente e a libido volta mais forte, para alegria do marido. Na relação terapêutica estabelecida entre eles, nota-se que o psiquiatra valida as demandas trazidas por sua paciente e analisa os fenômenos que emergem ao longo dos atendimentos e, acredita que ela é um ser de possibilidades, acreditando nas situações e nos sintomas trazidos por ela.

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