Análise do Filme: Um Divã para Dois
Por: EDGARD COSTA • 25/5/2015 • Resenha • 956 Palavras (4 Páginas) • 6.081 Visualizações
FACULDADE PITÁGORAS
CURSO: Psicologia 6º Período 1/2015
DISCIPLINA: Desenvolvimento Humano III
PROFESSORA: Rafaella
ALUNOS: Clenir A bgail, Daisy S. J. Rigo, Edgard Sousa, Katiucia Prates, Mirella Silva
Análise do Filme: Um Divã para Dois
O filme aborda a rotina de um casal na meia idade, que vivem uma vida monótona. No contexto em que o autor traz a trama pode servir de reflexão na vida de outros casais independente das idades.
Percebe-se que no início do filme o casal Arnold e Kate já moravam sozinhos, os filhos já eram independentes, e dormiam em quartos separados. Todos os dias Kate preparava o café da manhã para Arnold e nem sempre eles sentavam a mesa juntos para tomar o café.
A vida do casal é uma rotina que começa a incomodar a mulher. Arnold sempre grosseiro, não demonstrando sentimentos de afeto para com a sua esposa. De acordo com Figer, (2012) “a sexualidade extrapola a relação sexual, passando pela troca de afeto, carinho, companheirismo, vaidade, cuidado corporal, etc”.
A trama mostra que o distanciamento sexual do casal, provoca sentimentos de insatisfação explicitados por Kate e o silencio e a acomodação cada vez maior de Arnold, como conclui os estudos realizados por Sousa 2009, (...) as pessoas não têm o hábito de falar ou expor seus problemas relacionados à sexualidade, sejam eles desejos, satisfações ou insatisfações, e as mudanças fisiológicas observadas.
A dificuldade de comunicação, a distância física e afetiva entre o casal faz com que Kate procure ajuda de um psicoterapeuta de casal em um centro de terapia intensiva de casais, fora da cidade. A esposa demonstrou estar muito animada com a possibilidade de mudança em seu casamento e fala para seu esposo que já havia contratado os serviços do terapeuta, ele muito resistente, acaba por aceitar participar da terapia.
No filme, o psicoterapeuta provoca o casal para refletir sobre suas vidas. Segundo Guimarães “A busca de qualidade de vida depende da construção de uma autonomia, auto responsabilização, atividade, flexibilidade, disponibilidade para aprendizado e de ausência de identificação etária”.
Em relação à sexualidade, já havia muito tempo que o casal não trocava caricias, nem tinha relação sexual. Finger, (2012) diz que a “Sexualidade é uma parte importante da existência humana, em qualquer etapa da vida”.
Durante o processo terapêutico o casal foi avançando lentamente, vencendo a dificuldade de falar sobre o ato sexual e, assim, iniciou o processo de troca de caricias, Kate fez as primeiras tentativas em busca de despertar o desejo sexual do marido, à principio frustradas. De retorno a terapia foram desafiados novamente, sentiram-se incapazes e frustrados, em algumas das tentativas. Diante da desistência da esposa em continuar as tentativas frustradas, e até mesmo dar sequencia ao casamento, Arnold foi à busca de recursos para fortalecer sua relação afetiva e sexual com a esposa. A trama termina com ambos os parceiros deixando de lado muitos de seus preconceitos e medos e se abrindo para uma nova vida sexual. Como afirma Eleutério, Miranda e Barros (...), Atualmente, a ciência possibilita que os idosos tenham uma vida sexual ativa de forma prazerosa. Junto a essa evolução da tecnologia, é necessário que a mentalidade do ser humano também evolua e aceite que o sexo é uma prática normal também para quem não é jovem.
O filme termina bem, passando uma mensagem de que é possível ter um bom casamento e com uma relação sexual saudável, quando o casal ainda se importa com o outro.
No entanto casais que tomam consciência de que essas transformações sexuais inerentes á idade são naturais e que deferente de um sexo para o outro, reconhecem e aceitam suas particularidades gozam de uma vida sexual compensatória sem receios e confiantes do afeto e estímulos eróticos entre ambos. (OLIVEIRA, 2013, apud PAPALIA, 2006, p 663)
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