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Analise Critica do Filme

Por:   •  8/4/2017  •  Resenha  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  604 Visualizações

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Analise critica do filme

Augustine

Drama. França.

2012. 102 minutos.

Música: Jocelyn Pook.

Fotografia: Georges Lechaptois.

Roteiro/direção: Alice Winocour.

Elenco: Vincent Lindon, Soko, Chiara Mastroianni, Olivier Rebourdin.

 O Filme Augustine é baseado em fatos reais e mostra o estudo da histeria e o tratamento da doença através da hipnose pelo medico Jean-Martin Charcot, que estuda a histeria que atinge apenas as mulheres que devido ao pouco conhecimento da doença o ataque histérico é confundido com possessões demoníacas, onde Charcot precisa mostrar que a histeria não está ligada a possessões demoníacas, e sim ao campo das perturbações fisiológicas do sistema nervoso, ele procura novas formas de intervenções clinicas dentre as quais a hipnose é considerada a mais importante, ele realizou estudos, mostrando que a hipnose envolvia mudanças fisiológicas no sistema nervoso o que a aproximava da histeria. Ele queria mostrar que a histeria não se tratava de uma doença orgânica de uma doença cerebral, mas de uma esfera puramente psíquica. Mas o objetivo de Charcot não era a cura da histeria

 Este filme conta a historia de uma jovem de 19 anos chamada Augustine que trabalhava como doméstica em uma rica casa burguesa, que teve um ataque histérico quando a mesma estava servindo a mesa e seu patrão a olha, e nervosa, acaba tendo o ataque e caindo ao chão, associa-se o ataque à figura do patrão ou a figura masculina. A histeria esta ligada a pulsões sexuais, ou seja, assim podemos explicar o tipo de reação corporal com movimentos eróticos, prazerosos e gemidos que Augustine apresenta em suas crises histéricas. Então em algumas cenas podemos confirmar claramente o que havia sido observado na cena da mesa de jantar, que suas crises se dão após ser observado, trocar olhares ou estar na presença do sexo masculino e que sempre se manifestam como demonstrações ligadas a sexualidade. Augutine é levada pela prima a um hospital local para ser avaliada. Sem muitas explicações, o médico do plantão afirma que a moça precisa ficar internada para alguns exames mais específicos é internada em uma clínica que possui várias outras mulheres algumas epiléticas, outras histéricas, outras deficientes mentais, enfim vários distúrbios. E este hospital é de responsabilidade do médico Jean Martin Charcot. Ele se interessa pelo quadro de Augustine e passa a acompanhá-la, vendo assim uma possibilidade de provar suas teses, e que a histeria não era um teatro, mentira, ou doença fisiológica como epilepsia, conforme acreditavam os outros estudiosos da época. Charcot fará isso através da hipnose em Augustine, pois através da hipnose, a paciente estará sob o controle dos médicos e estará inconsciente. Ele usa a hipnose para mostrar que não era ele que estava criando uma histeria experimental, com a hipnose ele fazia com que os sintomas da histeria desaparecessem.  Passou a fazer testes, exames, experiências com Augustine, para entender melhor suas crises, e explicar suas deficiências físicas, tais como a pálpebra caída e uma paralisação de um dos lados do corpo, aonde Augustine não sentia nada.

 Às vezes o comportamento de ambos reflete a relação médico/paciente. Em outras se torna explicita, demonstrando a imposição do desejo que eles não conseguem evitar. Esta dupla atração demonstra o quanto Augustine e Charcot dependem um do outro para alcançar seus objetivos. Mesmo sem buscar profundamente as origens sociais e individuais da paciente, ele muda a visão da “doença”. Charcot é um homem frio, distante, autoritário, preocupado apenas com sua carreira e em alcançar fama. Casado com uma viúva rica (Chiara Mastroianni), ele ambiciona pertencer ao circulo restrito dos médicos da Academia. Assim, entretém colegas importantes em suas aulas sobre a histeria e ninguém melhor do que Augustine, carente e dependente da atenção dele, para aprimorar cada vez mais seu desempenho perante o interessado auditório. Ela em busca pela cura da sua doença estava disposta a fazer tudo que ele pedisse, e submetia-se a suas experiências e exposições ao público, acreditando que esses experimentos poderiam fazer com que ele encontrasse a cura. Charcot inicia um tratamento para histeria com Augustine, usando-a como cobaia em seus experimentos, inclusive com o uso da hipnose em demonstrações com plateia formada por seus colegas doutores, com o intuito de notoriedade e verba para sua pesquisa e instituição. A jovem com isso é constantemente exposta, inclusive o seu corpo. O médico passa a sentir-se dono da paciente e a usa como uma possessão. Com o passar do tempo, a jovem passa a ser mais que uma mera paciente, passa de objeto de estudo do renomado cientista para objeto de desejo. Charcot começa a se sentir sexualmente atraído por Augustine,e se mostra desconcertado diante da descoberta do componente sexual atrelado à época à histeria e a paciente sugere ter um comportamento farsante e manipulador. E Augustine começa a perceber que sua presença, o contato com o seu corpo deixava charcot incomodado.

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