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Analise Mulher Desencarnada

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Por:   •  14/9/2014  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  2.382 Visualizações

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A MULHER DESENCARNADA

“Alguma coisa terrível aconteceu... não consigo sentir meu corpo... eu me sinto esquisita... desencarnada...” (Christina-paciente).

Oliver Sacks, autor do livro: “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu”, relata nos textos que inseriu em seu livro, casos específicos de pacientes que sofreram perdas sensoriais e perceptivas, como a propriocepção e doenças congênitas ou de ordem traumática, via acidentes ou inflamações graves.

“A mulher desencarnada” trata-se de uma paciente (Christina) que estando aos cuidados de um hospital devido a um diagnóstico de cálculos biliares, aguardava a cirurgia, já medicada de acordo com os procedimentos pré-operatórios. Ao adormecer e ter um sonho: sentiu-se como se não tivesse em seu corpo, tentava tocar, sentir, mas era como se flutuasse sobre o mesmo. Quando acordou, informou a um psiquiatra sobre seu pesadelo, e o mesmo, a tranquilizou. Dizendo que seu quadro de ansiedade fora do normal, talvez estivesse reproduzindo um comportamento confuso em relação a seus próprios sentidos, como a histeria. Mas, para a surpresa de Christina e também dos médicos, inclusive do psiquiatra, seu pesadelo se tornou real.

Para entender o que se passava com esta paciente, Dr. Sacks e uma equipe do hospital, reavaliaram a mesma deste seu primeiro diagnostico e perceberam que ela sofrera uma neurite, ou seja, um processo inflamatório grave, uma lesão inflamatória ou degenerativa dos nervos, da qual decorre paralisia e compromete a atividade no sistema nervoso, que causou sérios danos nas células sensórias de Christina, como a perda da propriocepção, acarretando na ausência da sensibilidade própria aos ossos, músculos, tendões e articulações e que fornece informações sobre a estática, o equilíbrio, o deslocamento do corpo no espaço, fazendo com que a paciente não sinta mais dentro de si mesma, deste modo ela faz uma analogia de si mesma: “sinto, que meu corpo está cego e surdo, para ele mesmo...”. Havia os sentidos, mas estes não mais correspondiam ao que lhe foi adquirido e aguçado com o passar dos anos. Ela iniciou um tratamento e, aos poucos foi recuperando alguns movimentos, e também a percepção leve em alguns sentidos, como andar, sentar, falar, mas tudo de maneira ensaiada, quase que treinada. Sua voz soava meio teatral e seus movimentos sutis e lentos, meio desajeitados, o que lhe causava certo desconforto ao anda, mas seu quadro clínico evoluiu muito, o que foi considerado importante devido suas perdas.

ANALISE TEÓRICA / PRÁTICA E MEU PONTO DE VISTA

David Myers apresenta um parágrafo que define os dois processos alvo que serão muito utilizados para fazer uma analise do texto: “A mulher desencarnada”.

Para representar o mundo em nossas cabeças, devemos detectar a energia física do ambiente e codificá-la como sinais neurais, um processo denominado tradicionalmente sensação. E temos de selecionar, organizar e interpretar nossas sensações – um processo denominado percepção. Em nossas experiências cotidianas, sensação e percepção combinam-se em um processo contínuo.

(Myers, 2006. p. 136)

Partindo do relatado por Myers (2006), podemos considerar então a sensação como o processo que compreende a captação dos estímulos externos pelos nossos órgãos sensoriais e o envio destas informações até o nosso cérebro (Sistema Nervoso Central).

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