Analise do Filme "A Onda"

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ANÁLISE DO FILME “A ONDA”

LEONARDO SANTOS MAIA – 1400393-7

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ANÁLISE DO FILME “A ONDA (DIE WELLE)”

Lançado em 2008, Alemanha, com título original de “Die Welle”, direção de Dennis Gansel, sendo um remake de um filme americano lançado na década de 90(The Wave), baseado em fatos reais ocorridos na mesma época.

O filme conta a história de um professor de ciências sociais, que durante uma semana deve lecionar conteúdos referentes à Autocracia. A principio o professor não aceita tal “tema” por desejar lecionar “Anarquismo”, sendo esta uma disciplina que teria melhores conteúdos e habilidades para desenvolver.

Logo no primeiro dia de aula, após questionar a turma qual seria o requisito para que uma ditadura se desenvolvesse, os alunos respondem que seria a existência de uma figura de poder e elegem o professor, passando a chamá-lo de “Sr. Wegner” e adotando novas posturas na classe.

Durante a semana os alunos sugerem normas/ padrões/ regras para que todos da classe sigam, afim de se estabelecerem como um grupo realmente dominado por politicias autocráticas. Dentre as regras incluem o uso de camisas brancas (uniformes), disciplina, códigos, símbolos, saudação, entre outros. Todo esse movimento na busca de se constituirem como uma comunidade ligadas pelo mesmo ideal politico. Temos então formada a tal sociedade autocrática que os alunos no primeiro dia de aula disseram ser impossível se estabelecer novamente.

Com o decorrer da semana os “laços políticos” dos alunos começam a se materializar, o grupo passa a se unir e formar movimentos para adquirir novos seguidores para “A Onda”. Apartir dessas vivências propostas pelo professor, vários comportamentos são alterados, de uma postura ativa para uma postura passiva-colaboradora, onde se iludem com ideiais de uma nova ordem, que eles próprios instituem. Aparentemente o grupo parece inofencivo, mas se desenvolve em proporções não imaginadas e perde o controle de suas ações. Instaura-se na escola um grande grupo ideológico e sem sombra de dúvidas alienado frente as propostas da liderança autocrática.

Na metade da semana alguns alunos começam a divergir contra as ideias do grupo, distanciando-se então. “A Onda” está enraizada de forma tão visionária nos jovens integrantes do grupo, que eles não conseguem enxergar o quanto parece doentio e sádico. Os ideiais do grupo não parecem se encaixar em ideiais universais, são voltados apenas para aquilo que é agradável a eles mesmos. Questiona-se então a falta de liberdade para as divergências e para formas alternativas de enfrentar as questões sociais/comunitárias, assistimos então tudo de maneira limitada. O grupo toma consciência dos fatos somente quando é exposto de forma trágica tudo que  foram capazes de criar movidos por seus próprios ideais.

Ao final do filme, o professor reúne “A Onda” para pôr um fim de vez naquilo que criou. Espantados e até mesmo revoltados, os alunos se questionam o porque do fim da “comunidade”, dizem com toda convicção que estavam vivendo melhor e mais unidos, não eram capazes de enxergar as consequências que foram causadas. É então com o suícidio de um dos alunos membro dA Onda que o grupo se desfaz. O professor é apreendido e julgado e os alunos retomam suas vidas.

Vale ressaltar que grande parte dos fatos ocorridos no filme, foram baseados em fatos reais. Tal experimento foi feito por um professor nos Estados Unidos ocasionando as mesmas consequências e também um fim trágico.