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Análise Caso Glória na visão de Carl Rogers

Por:   •  18/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.407 Palavras (6 Páginas)  •  1.825 Visualizações

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ANÁLISE CASO GLÓRIA

“O que é comum aos autores da psicologia humanista é a busca de novos modelos em relação ao ser humano pelo desacordo com aqueles então vigentes e com o determinismo a eles intrínseco.” (BUYS, 2005 p. 338). Com base nesse contexto, o psicólogo Carl R. Rogers defende que o papel do psicoterapeuta não é direcionar o cliente, mas proporcionar um ambiente de acolhimento empático em que o cliente possa se desenvolver na direção mais adequada para ele. Caminhando para uma congruência. Com isso, descobrir quem realmente é como pessoa e possa ser quem ele é de fato. Pensamento esse, que serviu de base para a criação da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP).

Nessa conjuntura evidencia-se o surgimento dessa teoria que consiste em quatro elementos fundamentais:

1. Tendência atualizante: Tendência inerente, presente em todos os seres humanos, a desenvolver-se em uma direção positiva (Rogers, 1973, 1975, 1977a, 1978b, 1983)

2. Não diretividade: A Psicoterapia Não-Diretiva dá maior ênfase aos aspectos de sentimento do que aos intelectuais, enfatiza o presente do indivíduo em vez de seu passado, tem como maior foco de interesse o indivíduo e não o problema, e toma a própria relação terapêutica como uma experiência de crescimento. (Moreira, 2001, 2007)

3. Aceitação positiva incondicional: consiste no respeito incondicional no respeito incondicional, por parte do psicoterapeuta, à individualidade do cliente. (Moreira, 2010)

4. Congruência: é descrita como o grau de correspondência entre o que o terapeuta experiência e o que comunica ao cliente, sendo ele mesmo na relação terapeuta-cliente (Moreira, 2010)

Rogers (1957, p.156) estava trabalhando em uma teoria para a mudança terapêutica de personalidade da qual visava à integração e o direcionamento de energia para algo efetivo por parte do cliente. Com a ajuda de seis condições a mudança será possível

1. Que duas pessoas estejam em contato psicológico

Ambos devem estar em grau de contato de modo que o cliente permita a sintonia psicológica entre eles e que seja possível registrar alguma diferença percebida no mundo experiencial da outra

2. Que a primeira, a quem chamaremos cliente, esteja num estado de incongruência, estando vulnerável ou ansiosa

A incongruência acontece quando a imagem que o sujeito tem de si, não condiz com seu self. Ao mais sutil que essa incongruência esteja presente, já é possível deixar o cliente ansioso

3. Que a segunda pessoa, a quem chamaremos de terapeuta, esteja congruente ou integrada na relação

A necessidade de que o terapeuta seja perfeito é totalmente discrepante. Contudo, é de suma importância de que ele tenha uma relação de transparência com o cliente onde seus sentimentos condizem com o que diz, e, deve se sentir confortável de demonstrá-los. O terapeuta deve atualizar sua atuação organismica (colocar isso no trecho acima, se possível)

4. Que o terapeuta experiencie a consideração positiva incondicional pelo cliente

Consideração positiva incondicional consiste em “apreciar o cliente como uma pessoa individualizada, a quem se permite os próprios sentimentos e expressões” (Rogers, 1957 p.163). O terapeuta deve se mostrar permissivo para aceitar as incongruências do cliente sem julgá-las. Assim, criando uma atmosfera facilitadora.

5. Que o terapeuta experiencie uma compreensão empática do esquema de referência interno do cliente e se esforce por comunicar esta experiência ao cliente

“Consiste em sentir o mundo privado do cliente como se ele fosse seu” (Rogers, 1957 p. 165).

Com efeito, a empatia obtém notoriedade, pois ela permite abertura para o cliente ouvi a si mesmo nas palavras do terapeuta. Este é responsável em desbloquear o fluxo de idéias para o cliente de forma auto atualizante.

6. Que a comunicação ao cliente da compreensão empática do terapeuta e da consideração positiva incondicional seja efetiva, pelo menos num grau mínimo.

Que o cliente perceba a aceitação e a empatia do terapeuta

Em detrimento disso, atendendo uma cliente chamada Glória, Carl Rogers explicou como os elementos da teoria funcionariam se aplicados a ela.

A pessoa será capaz de descobrir alguns aspectos ocultos que não estavam conscientes. Sentindo-se prezada por mim, ela pode se prezar mais. Sentindo que alguns de seus significados são entendidos por mim, talvez a pessoa possa mais prontamente escutar mais a ela mesma e o que acontece em sua própria existência. Aspectos que não notava antes. E talvez, se ela sentir sinceridade em mim será capaz de ser mais sincera consigo mesma. (ROGERS, 1965)

Para estabelecer o melhor trato com o cliente, ambos devem estar em um grau de contato psicológico de modo que o cliente permita a sintonia entre eles, assim, se tornando notória qualquer perspectiva diferente na experiência de mundo da outra parte. Isso é notado logo de início, visto que por mais nervosa que Glória estivesse, ela se sentiu confortável por Rogers devido às características que ele expressou. Como, por exemplo, sua voz calma e um olhar acolhedor, bem como fixo, demonstrando atenção e simpatia, além de outras manifestações corporais agradáveis. Tais condições aliviaram a tensão de Glória de forma que ela se sentisse mais confortável a falar o que a incomodava e expressar sua falta de congruência.

Nesse contexto, a incongruência de Glória

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