Análise doze homens e uma sentença
Por: Juliana Gasparini • 16/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.299 Palavras (6 Páginas) • 1.017 Visualizações
1. Introdução
No presente trabalho de atividade pratica supervisionada analisaremos o filme Doze Homens e Uma Sentença e relacionaremos com a teoria de Kurt Lewin sobre aspectos fundamentais de grupo, tipos de liderança e a forma que a dinâmica grupal é afetada por elas através de seus estudos observando grupos de crianças com diferentes tipos de liderança.
2. Contextualização da obra e do autor:
(máximo 1 lauda)
3. Principais conceitos para a compreensão do processo grupal:
Analisamos o filme Doze Homens e Uma Sentença e relacionamos com teoria de Kurt Lewin, que foi o primeiro a estudar Dinâmicas de Grupos devido ao seu interesse em estudos com pequenos grupos através de pesquisas com minorias e suas consequências.
Podemos observar no filme a teoria de liderança autocrática de Kurt Lewin no primeiro jurado que declarou-se o principal e delegou aos demais a ordem e o modo que a votação deveria ser feita e após o momento em que o jurado numero oito solicitou um debate o mesmo disse como ele deveria ser feito.
Com o desenrolar da trama o filme se encaminha para uma liderança democrática conforme observado no momento em que o jurado numero oito começou a conduzir a discussão de forma espontânea e foi dando espaço para que os demais fossem fazendo suas perguntas e expondo seus pensamentos e teorias conforme fossem sentindo-se à vontade para faze-lo.
Em alguns momentos do filme notamos que o jurado numero um tenta reverter a dinâmica do grupo para a liderança autocrática, porém a maioria optava pela liderança democrática. A partir desse momento o jurado numero oito proporcionou ao grupo uma ruptura de paradigmas, ele utilizou o dialogo com o júri para apontar possibilidades que até o momento não haviam sido questionadas.
No filme observamos a existência dos aspectos fundamentais para formação de um grupo. A existência, ela é estabelecida pela integração das pessoas permitindo a sensação de pertencimento de grupo, a interdependência é marcada pelo momento em que júri está em uma situação de decisão e precisam construir relações entre si para definir a sentença já a contemporaneidade foi vivenciada pelos sujeitos quando eles constatam seu espaço tempo e veem que precisam agir para solucionar sua demanda, algo que foi alcançado no final do filme quando eles chegaram a um consenso e decidiram o veredicto com autonomia e responsabilidade.
4. Análise do processo grupal evidenciado pelo filme:
O filme de 1957, gravado nos EUA e com 95 minutos de duração é diferente dos filmes que costumamos ver sobre julgamentos. 12 homens e uma sentença não se trata da trajetória do réu nem do julgamento em si, mas sim da história de 12 homens, que até então não se conheciam e que foram chamados para formar o júri em um caso de homicídio, tendo como responsabilidade sentenciar o réu como inocente ou culpado e caso o mesmo fosse considerado culpado seria sentenciado à pena de morte.
O filme se inicia com o juiz explicando qual é a acusação e relembrando quais critérios os membros do júri devem utilizar para decidir se o réu é culpado ou inocente deixando claro que a decisão deveria ser unanime e que se houvesse qualquer duvida sobre a culpa do mesmo eles deveriam votar “inocente”, após esse momento ambos se retiram e vão para uma sala onde devem deliberar e chegar um veredito final.
Durante esse processo os 12 homens são trancados em uma sala e demonstram certo desconforto em relação a isso, porém alguns deles tentam mostrar-se familiarizado com esse ambiente e com a situação, vão até a janela, conversam sobre o tempo, o que fazem, tentam banalizar o caso e o motivo de estar de ali demonstrando presa em ir embora e seguir com suas vidas, em seguida se sentam em torno da mesa de acordo com a ordem de seus números no júri e fazem uma breve votação que resulta em 11 votos de culpado e 1 de inocente o que intriga os demais jurados e fazem com que os mesmos questionem o jurado 8 sobre sua decisão, questionado sobre o porquê de não votar como os outros ele responde: “Apenas quero discutir o assunto.” “Não é fácil para mim mandar um garoto para sua morte sem discutir isso antes”, a partir desse momento o filme vai ganhando corpo.
O jurado 8 começa um dialogo com os demais sem dar certeza de que o réu é inocente, mas considera a duvida de sua culpa, motivado pelo fato de que não há verdade absoluta e de que todos são inocentes até que se prove o contrario, vai, através de questionamentos sobre o que levou os demais jurados a votarem culpado sem hesitar, provocando neles a duvida sentida por ele e conduzindo a trama dialeticamente.
No
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