Arquétipo: conceito na psicologia Jungiana
Por: wgrenan • 27/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.022 Palavras (5 Páginas) • 276 Visualizações
Pamela Tássia Alves dos Santos RA: 140001013
Wellington Renan dos Santos RA: 150001660
3º Semestre Psicologia/2016 – Período Noturno
10/05/2016
Arquétipo: conceito na psicologia Jungiana
São chamados arquétipos na psicologia analítica, o conteúdo do inconsciente coletivo e para tal denominação Jung partiu de como era definido esse nome.
O arquétipo é um conceito tipicamente neoplatônico, inspirado em Plotino. Segundo esta concepção, há um universo no qual tudo é permanente e imutável, povoado por ideias originais. Desta forma, no mundo das percepções sensíveis, tudo é mera reprodução do que existe na esfera superior.
Incansavelmente Jung repete que arquétipos são possibilidades herdadas para representar imagens similares, são formas instintivas de imaginar. São matrizes arcaicas onde configurações análogas ou semelhantes tomam forma. Ele compara o arquétipo ao sistema axial dos cristais que determina a estrutura cristalina na solução saturada sem possuir, contudo, existência própria.
O arquétipo representa essencialmente um conteúdo inconsciente, o qual se modifica através de sua conscientização e percepção, assumindo matizes que variam de acordo com a consciência individual na qual se manifesta. O arquétipo representa um modelo hipotético abstrato. Na psicologia analítica, criada por Carl Gustav Jung, este conceito se refere às imagens primitivas inseridas no inconsciente coletivo desde os primórdios do ser humano. São moldes inerentes ao ser desde o princípio da existência, os quais têm a função de atuar como fonte primordial para o amadurecimento da mente.
Segundo Jung, os arquétipos nascem da intensa renovação das vivências experimentadas ao longo de várias gerações. Este aprendizado é necessário para que o Homem caminhe rumo à sua individuação, ou seja, na direção de sua mais perfeita lapidação, para que um dia possa se unir novamente ao seu Self. Assim, esta incessante aquisição de conhecimento e de experiências, executada durante milhares de anos durante a jornada humana, é administrada pelos arquétipos, que para melhor estruturarem esta conquista geraram modelos responsáveis pelo trabalho psíquico.
Os arquétipos estão, portanto, nos bastidores de todos os nossos pensamentos, sentimentos, emoções, intuições, sensações e atitudes. Normalmente eles se expressam através dos símbolos, pois constituem sua composição estrutural oculta aos olhos humanos. Alguns destes arquétipos conquistaram tamanha independência que se destacaram do âmbito da consciência individual do ‘eu’- a persona; a anima ou o aspecto feminino do homem; o animus ou o lado masculino da mulher; e a sombra.
Existem vários tipos de arquétipos e um exemplo que nos explicará bem é o arquétipo materno que compreende não somente a mãe real de cada indivíduo, mas também todas as figuras de mãe, figuras nutridoras. Isto inclui mulheres em geral, imagens míticas de mulheres (tais como Vênus, Virgem Maria e Mãe Natureza) e símbolos de apoio e nutrição, tais como a Igreja e o Paraíso. O arquétipo materno inclui não somente aspectos positivos, mas também negativos, como a mãe ameaçadora, dominadora ou sufocadora. Na idade média, por exemplo, este aspecto do arquétipo estava cristalizado na imagem da bruxa.
Cada uma das principais estruturas da personalidade são arquétipos, incluindo o ego, a persona, a sombra, a anima (nos homens), o animus (nas mulheres) e o self. Quando se tornam individuados, esses arquétipos expressam-se de maneiras mais sutis e complexas.
O EGO
O ego é o centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que possa ameaçar esta frágil consistência da consciência e tenta convencer-nos de que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experiência. Somos levados a crer que o ego é o elemento central de toda a psique e chegamos a ignorar sua outra metade, o inconsciente.
A PERSONA
Nossa persona é a forma pela qual nos apresentamos ao mundo, tem aspectos tanto positivos quanto negativos. É o caráter que assumimos; através dela nós nos relacionamos com os outros. A persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão pessoal. O termo "persona" é derivado da palavra latina equivalente a máscara, e que se refere às máscaras usadas pelos atores no drama grego para dar significado aos papéis que estavam representando. As palavras "pessoa" e "personalidade" também estão relacionadas a este termo.
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