As Práticas Emergentes do Psicólogo no Brasil
Por: Vania37 • 19/4/2017 • Projeto de pesquisa • 3.451 Palavras (14 Páginas) • 1.512 Visualizações
1 - As Práticas Emergentes do Psicólogo no Brasil
Quando falamos em Psicologia no Brasil ainda pensamos em uma profissão relativamente nova, apenas 54 anos, com a criação da lei 4119 de 27 de agosto de 1962, foi a partir daí que dispusemos de cursos de formação em psicologia e que foi regulamentada a profissão.
É uma pratica em ascensão, e as práticas emergentes são justamente a demonstração dessa ampliação. As áreas mais conhecidas e tradicionais da psicologia são: Psicologia clínica, social, escolar e organizacional.
Transcendendo a própria psicologia estão as áreas emergentes, onde consideramos que um profissional apenas com a graduação, generalista, terá dificuldade em atuar devendo assim, durante a vida acadêmica, procurar realizar estágios e após a graduação aperfeiçoar-se no seu campo de atuação, fazendo cursos e especializações.
Nestas últimas décadas, com a percepção da necessidade do trabalho do psicólogo em outros ambientes, surgiram áreas de atuação mais especificas, tais como: Psicologia Jurídica, Psicologia do Transito, Psicologia Comunitária, Psicologia do Esporte, Psicologia do ambiente, Psicologia e as deficiências e pesquisas relativas a Ética.
As práticas emergentes dão visibilidade às ações desenvolvidas pelos (as) psicólogos (as) e trazem inovações para as práticas cotidianas nos diferentes campos de atuação.
A Seguir falaremos um pouco sobre as áreas emergentes citadas acima.
- - Psicologia Jurídica
A Psicologia Jurídica corresponde a toda aplicação do saber psicológico às questões relacionadas aos tribunais e o contexto das leis. A Psicologia Criminal, a Psicologia Forense e, por conseguinte, a Psicologia Judiciária estão nela contidas. Dedica-se, por exemplo, ao estudo do comportamento criminoso, ao estudo das doenças envolventes de situações familiares e de separação civil. Clinicamente, tenta construir o percurso de vida dos indivíduos no dia-a-dia na sociedade em constantes relações jurídicas e todos os processos psicológicos que possam conduzir à doenças do consumidor, de estrutura familiar e do trabalho.
A psicologia jurídica faz parte do grupo de práticas emergentes dos quais o profissional atua a serviço das decisões da justiça. O objeto de estudo é o comportamento dos atores do fato jurídico no âmbito do direito. É um ramo crescente da psicologia destacando a elaboração de laudos periciais, políticas de cidadania, Direitos Humanos e subsídios aos processos judiciais.
1.1.1 - Campos de atuação
Psicologia Jurídica e as Questões da Infância e Juventude: O psicólogo atua na Vara da Infância e da Juventude, supervisionando casos de adoções, violência contra criança e adolescente.
Psicologia Jurídica e o Direito de Família: Atua nas áreas de processos de divórcios de casais que possuem filhos, guarda compartilhada e também em casos de síndrome de alienação parental, auxilia na análise dos pais para que a guarda da criança seja entregue àquele que possuir as condições necessárias para exercê-la, auxilia também na identificação do bem estar da criança.
Psicologia Jurídica e Direito Civil: Atua nos casos de acidentes de trabalho, auxiliando as pessoas que sofrem os mesmos e o direito nas questões de família e infância. Tem como função analisar a comunicação que ocorre na família e pessoal a fim de ajudar o juiz a tomar a melhor decisão conforme a vida da pessoa.
Psicologia Jurídica do Trabalho: Atua na área trabalhista com pedidos de indenizações acerca de acidentes de trabalho ou assédio moral.
Psicologia Jurídica e o Direito Penal: Realiza a análise do comportamento de um criminoso através da sua personalidade, estudando suas intenções e desejos. Os profissionais que trabalham nesta área muitas vezes são chamados como testemunhas para auxiliar o júri no entendimento da mente de um criminoso.
Psicologia Judicial ou do Testemunho: Atua na análise do comportamento da testemunha, verificando e estudando seus gestos e linguagens para que se possa saber se o indivíduo está dizendo a verdade ou não, auxiliando na decisão judicial da pessoa acusada.
Psicologia Penitenciária: Atua em trabalhos de agentes de segurança em penitenciária em relação e stress e ajuda na conscientização dos detentos sobre doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS.
Psicologia Policial e das Forças Armadas: O psicólogo atua na área de seleção e formação do policial militar, civil e também do exército, auxiliando também na implantação de cursos sobre direitos humanos.
Psicologia Jurídica e Direitos Humanos: [C] O Psicólogo atua analisando as teorias e as práticas psicológicas na discriminação ao homossexualismo, racismo, bullying, privação dos direitos fundamentais, à saúde, à propriedade à liberdade individual, etc.
1.2 - Psicologia do Trânsito
Podemos dizer que a Psicologia do Trânsito é definida como o estudo cientifico do comportamento das pessoas envolvidas no transito e é consequência de numerosas pesquisas as quais estuda o comportamento de pedestres, do motorista amador e Professional, do motoqueiro, do ciclista, dos passageiros. É uma área de conhecimento que tem a finalidade de estudar o comportamento humano no contexto do trânsito, a partir de uma investigação dos processos externos e internos, e os fenômenos conscientes e inconscientes que ocorrem nesse contexto.
1.2.1 - Campos de atuação
Desenvolve pesquisa científica no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos relacionados ao problema do trânsito.
Realiza exames psicológicos de aptidão profissional em candidatos a habilitação para dirigir veículos automotores (“Psicotécnicos”).
Assessora no processo de elaboração e implantação de sistemas de sinalização de trânsito, especialmente no que concerne a questões de transmissão, recepção e retenção de informações.
Participa de equipes multiprofissionais voltadas à prevenção de acidentes de
trânsito.
Desenvolve, na esfera de sua competência, estudos e projetos de educação de trânsito.
Contribui nos estudos e pesquisas relacionados ao comportamento individual e coletivo na situação de trânsito, especialmente nos complexos urbanos.
Estuda as implicações psicológicas do alcoolismo e de outros distúrbios nas
situações de trânsito.
Avalia a relação causa-efeito na ocorrência de acidentes de trânsito, levantando atitudes-padrão nos envolvidos nessas ocorrências e sugerindo formas de atenuar as suas incidências.
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