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As Principais Características Do Profissional Da Psicologia Para Atuar Com Emergências E Desastres

Por:   •  31/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  148 Visualizações

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Principais características do profissional da psicologia para atuar com

emergências e desastres

O campo da Psicologia das Emergências e dos Desastres estuda o comportamento humano dentro de contextos como catástrofes, desastres ou situações-limite vividas no cotidiano urbano. Nesse sentido, engloba desde a ação preventiva até o pós-trauma, subsidiando intervenções de compreensão, apoio e superação do trauma aos atingidos e profissionais envolvidos, somado a perspectiva da construção de comunidades mais seguras (FRANCO, 2005).

Considerando esses pressupostos, o psicólogo poderá atuar direta ou indiretamente. A atuação direta, inclui o atendimento às vítimas, por meio de uma escuta cuidadosa, sendo o mediador de informações importante para o auxílio das pessoas. Já na atuação indireta, participa na capacitação e no preparo psicológico das equipes que trabalham diretamente com as respostas às múltiplas situações e auxilia os profissionais a reconhecerem suas próprias limitações no atendimento às vítimas (SA; WERLANG; PARANHOS, 2008).

A atuação do psicólogo nesse campo pode ser realizada na prevenção, preparação, resposta e reconstrução do cenário após a ocorrência de emergências e desastres. Portanto, um universo de possibilidades para atuação, onde suas intervenções podem ser individuais ou grupais, podendo ser feita nas três fases: no pré-desastre, durante o desastre e no pós-desastre. É por meio da percepção dos comportamentos dos indivíduos em todas as etapas do desastre que as intervenções da Psicologia devem ser desenvolvidas (FERREIRA; FRANCO SANT’ANA, 2018).

No pré-desastre as intervenções incluem: a prevenção e a minimização dos prejuízos futuros, por meio da educação preventiva, treinamento realístico e treinamento de inoculação de estresse; o recrutamento de pessoas para compor os grupos de primeiras respostas. Durante o desastre os primeiros auxílios psicológicos englobam: a compreensão das respostas psicológicas, físicas e emocionais das vítimas; a reconstrução das habilidades a serem desenvolvidas para a recuperação, auxiliando na identificação das necessidades básicas após seu socorro (FERREIRA; FRANCO SANT’ANA, 2018; SA; WERLANG; PARANHOS, 2008).

Durante o desastre é possível elencar seis intervenções: contato, segurança, estabilidade, coleta de informações, conexão do indivíduo com a rede social e informação. Assim, o psicólogo irá fazer os primeiros socorros psicológicos, visando a segurança, dando orientações imediatas e auxiliando nas necessidades básicas e emocionais. Poderá também realizar uma triagem para quem possam reconhecer as pessoas de alto risco propensas a desenvolver graves problemas (depressão, ansiedade de separação, sintomas psicóticos como delírio e alucinações, discursos desorganizados, distúrbios do sono, isolamento, perda de memória, comportamentos impulsivos e autodestrutivos, ideação suicida, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada, luto inibido, distorcido ou crônico) (FERREIRA; FRANCO SANT’ANA, 2018; SA; WERLANG; PARANHOS, 2008).

No pós-desastre, as intervenções realizadas têm por propósito analisar o sofrimento psíquico e auxiliar as vítimas, minimizando os impactos provocados pelo desastre. O psicólogo poderá utilizar vários métodos e técnicas para ajudar a população em situação de crise, como entrevista, questionários, inventários e outros. Alguns métodos de intervenção psicológica que ganha destaque nessas situações por sua eficácia são o Debriefing, o Defusing e o Coping coletivo (FERREIRA; FRANCO SANT’ANA, 2018; SA; WERLANG; PARANHOS, 2008).

Cabe ressaltar que a atuação do psicólogo será sempre em equipe multidisciplinar e, na maioria das vezes, no próprio cenário da emergência ou desastre. Portanto, outra característica importante é saber trabalhar em equipe, incluindo: aproximação, conhecimento, respeito e comunicação. Isso inclui o relacionamento direto com todo tipo de profissionais, tais como técnicos, médicos, trabalhadores sociais, sociólogos, engenheiros, entidades de resgate e de ajuda como a Cruz Vermelha, polícia, exército, defesa civil, entre outros (FERREIRA; FRANCO SANT’ANA, 2018; SA; WERLANG; PARANHOS, 2008).

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