Aspectos Psicossociais em esclerose múltipla
Por: Juliana Blanquer • 29/10/2017 • Relatório de pesquisa • 907 Palavras (4 Páginas) • 481 Visualizações
Esclerose Multipla
Aspectos Psicossociais.
A Esclerose Multipla (EM) é um doença neurológica, degenerativa e progressiva. Suas causas saõ ainda desconhecidas e suas consequências atingem vários orgãos e podem deixar sequelas. A progressão da doença varia de pessoa para pessoa, mas as consequências psicológicas ocorrem e se manisfestam de muitas maneiras. Essas consequências podem ser percebidas desde a hora do diagnóstico quando este demora ou dada a incerteza do mesmo, gerando muita ansiedade, medo e fantasias em relação a doença. Essas mudanças de comportamentto continuam depois de fechado o diagnóstico, que vão desde raiva, desespero, depressão e muitos outros, necessitando em muitas vezes de um acompanhamento psicológico quando possível.
É uma doença que também afeta o ambiente familiar, os amigos, o trabalho atingindo assim, a todos aqueles que tem ligação com o paciente acometido pela EM, fazendo-se necessária muitas vezes o acompanhamento psicólogico para ajuda no enfrentamento da doença e das mudanças que ela causará na vida de todos, devido a gravidade do caso e da imprevisibilidade da doença.(Ariane Jaguszewski e Jacqueline Enricone).
As dificuldades do paciente diante da sociedade também é de relevância. Muitas vezes os locais públicos para atendimento do portador de EM não contam com profissionais capacitados para dar todo o atendimento necessário.
O impacto do diagnóstico diante do quadro da doença: incurável, crônica e progressiva é muitas vezes devastador, chegando a ser para alguns pacientes uma forma de sentença de morte. Como a EM afeta a pessoa num momento da vida de grande produtividade, com o indivíduo geralmente jovem esse se depara com grandes limitações pelo resto de sua vida (Márcia Albuquerque).
Podemos apontar diversas situações e motivos que fazem o portador de EM sentir tristeza, frustração, desperta sentimentos de desespero, grande angustia e ansiedade podendo a levar a ideação suicida e um medo da morte. Essas situações vão desde a notícia recente do diagnóstico que gera incerteza de como será a sua vida dali pra frente; ocorrendo períodos de estabilidade da EM, quando acontece algum surto e na sequência uma internação; os efeitos colaterais que os medicamentos podem apresentar. No quesito profissional vai gerar insegurança em relação ao seu desempenho e muitas vezes aparecea a dúvida se deve contar ou não, manter como segredo a EM no trabalho. O que também fica muito difícil de se executar ou manter esse segredo, pois quando há seqüelas motoras que aparecem e que vão afetar sua capacidade física e muitas vezes causar incapacidade física e mexendo com sua autonomia e auto-estima.(Marcia Albuquerque)
Na EM ocorrem as manifestações físicas e elas fazem um paralelo com o universo psíquico do paciente. É muito comum o portador de EM apresentar o desconforto físico e logo na sequência é acometido por algum tipo de desconforto psíquico. Podemos citar a sensação de fadiga e mesmo que o paciente não tenha feito um grande esforço físico, isso vai interferir no modo como ele vai realizar as tarefas do dia a dia. Ele ainda vai sofrer com a não validação e até mesmo descrédito dos que o cercam diante de sintomas que não se fazem aparentes, como dores musculares e fraquezas musculares, as sensações de pés gelados, incontinência urinária, visão embaçada causando assim, mais sentimentos de exclusão social sentindo-se cada vez mais diferente das outras pessoas.(Marcia Albuquerque)
Sendo a EM uma doença especialmente desafiadora para o psiquê do portador, já que alterna momentos em que os sintomas aparecem e desaparecem, aparecem e permanecem, levam ao aparecimento de diversas manifestações emocionais como ansiedade, euforia e a depressão.(Marcia Albuquerque)
A ansiedade vai se manifestar em vários momentos nas várias fases da doença. Começa com a busca pelo diagnóstico e esse enquanto não se fecha gera grande ansiedade. A melhor maneira, talvez para se lidar com essa ansieda, seja a informção. Assim o paciente pode se sentir mais seguro e pode conseguir dominar os pensamentos, recobrando domínio sobre seus atos, comportamento e corpo, podendo assim agir com independência.(Marcia Albuquerque).
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