Atuação do Psicólogo na Educação Inclusiva

A psicologia como profissão foi regulamentada em agosto de 1962 pela Lei n° 4119 27. A partir desta lei foi institucionalizado o curso de graduação no pais. O histórico da psicologia escolar no Brasil pode ser identificado desde os tempos coloniais. Durante muito tempo a prática do psicólogo foi associada ao uso de instrumentos que medem a capacidade intelectual, separando assim os aptos dos inaptos, caracterizando assim uma ação excludente. Portanto, é necessário uma renovação nas práticas exercidas por esse profissional (RAMOS, 2016).

Segundo Ramos (2016 p. 2) “queixas escolares e dificuldades no aprendizado são os principais motivos de procura psicológica na rede pública de saúde e nas clínicas de psicologia”. Sendo assim, são encaminhadas as crianças que além de apresentarem dificuldades nos relacionamentos, possuem famílias desestruturadas e não têm o suporte emocional que necessitam.

Na atuação do psicólogo escolar é necessário criar um espaço de escuta e elaborar diversas maneiras de lidar com as situações do cotidiano. Neste contexto, o acolhimento deverá ser realizado com o intuito de desenvolver uma metodologia e preparar técnicas para intervenção e acolhimento em situações de angústia, sofrimento emocional dos alunos, familiares e profissionais da educação.

Segundo Cruz (2011 p. 1) “no Brasil, os investimentos em implementar serviços e programas de atendimento às necessidades individuais e específicas das crianças especiais têm sido insuficientes e inadequados”. Deste modo, o ideal da atuação do psicólogo escolar deve ocorrer através do olhar preventivo, observação e análise do cotidiano, não de forma remediativa.

Segundo Vianna (2016, p. 54),

A atuação do profissional de psicologia no ambiente escolar, nos dias atuais permanece marcada por dificuldades, em relação ao fazer a prática. Muitos psicólogos/psicólogas ainda sentem certo bloqueio ao sair do modelo tradicional clínico, centrado no psicodiagnóstico (apud RAMOS, 2016, p. 3).

         

Desta forma, faz-se necessário o psicólogo trabalhar para promover a prevenção da saúde na escola, além disso, é responsabilidade desse profissional buscar conhecimento e especialização para enfrentar os desafios do cotidiano.

RAMOS, F; et. al.  O Papel do Psicólogo Escolar no Processo de Inclusão Educacional de Pessoas com Deficiências. Congresso Internacional De Educação Inclusiva. 2016. Disponível em: < https://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/TRABALHO_EV060_MD1_SA12_ID3239_20102016213613.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2018.

CRUZ, T. Infância, Educação Inclusiva e o Papel do Psicólogo na Associação Pestalozzi De Catalão-GO. Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional. 2011. Disponível em: < http://www.abrapee.psc.br/xconpe/trabalhos/1/135.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2018.