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Avaliação psicológica no contexto escolar

Por:   •  11/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.105 Palavras (9 Páginas)  •  449 Visualizações

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Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu

Avaliação psicológica no contexto escolar

Maio de 2017

Avalição psicológica

Passando para uma perspectiva histórica, os testes psicológicos surgiram no início do século XIX, sendo seu uso fortalecido no período das guerras, principalmente nos EUA. No Brasil começaram a ser usados principalmente para seleção e orientação profissional. Entre os anos 60 aos 80 não havia muito investimento em avaliação psicológica e elaboração de testes ou adaptação dos testes já existentes à população brasileira. Nos anos 90 inicia-se uma mudança deste quadro, com o surgimento de laboratórios em universidades focando esta área até então pouco explorada no país. (Cunha, 2014)

A avaliação psicológica é um procedimento que visa avaliar, através de instrumentos previamente validados para a determinada função, os diversos processos psicológicos que compõe o indivíduo, sendo o psicólogo o único profissional habilitado por lei para exercer esta função. A avaliação e descrição da realidade psicológica de alguém fornece ao psicólogo um conjunto de informações, as quais este deve saber interpretar, selecionar e sobretudo transmitir e devolver. Esta responsabilidade traz consigo uma série de considerações éticas que visam não somente a imparcialidade do processo em si, mas principalmente a humanização deste, tendo como foco, em última instância a preservação da integridade do sujeito avaliado. (Anache, 2011, p.15)

Partindo deste principio muitas questões vem a tona, como a influência do diagnóstico no contexto social do avaliado; o posicionamento do psicólogo em relação à avaliação; além do sigilo profissional na confecção de laudos, além de várias outras que cercam a responsabilidade ética na avaliação psicológica. O psicólogo deve ter consciência da influência que um diagnostico pode trazer para a realidade do avaliado. Uma das críticas feitas a avaliação diz respeito a esta questão, que a avaliação muitas vezes pode ser facilitadora dos processos de exclusão. (Joly, 2001)

A regulamentação dos testes em 2003 (Resolução n° 2/2003) foi uma reposta do Conselho Federal de Psicologia a uma demanda da categoria profissional e da própria sociedade, que muitas vezes acabava prejudicada pelo uso indevido. Atualmente, existe o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), onde

encontra-se documentos sobre a avaliação de testes psicológicos feitas pelo CFP, lista de testes com parecer favorável e desfavorável, além de uma série de outros informativos relacionados ao assunto.

O psicólogo escolar

A psicologia sempre se fez presente na educação, principalmente criando critérios para classificar as crianças que não estavam adaptadas aos padrões ideais estabelecidos pela classe social dominante, nos diferentes períodos históricos. Começou a se desenvolver fortemente ligado as questões psicométricas. Patto (1984) citado por Lima (2005, p. 19) traz a informação de que “(...) a primeira função desempenhada pelos psicólogos junto aos sistemas de ensino, (...) no Brasil, (...), foi a de medir habilidades e classificar crianças quanto à capacidade de aprender e de progredir pelos vários graus escolares”.

A educação é constituída por múltiplos determinantes, dentre eles a psicologia, para tanto ela irá contribuir na educação. Esta vai proporcionando a compreensão dentro da perspectiva de classe e condição de vida necessária para construir uma pedagogia transformadora. (Antunes, 2008, p 474). A relação Psicologia e Educação, nos trouxe um novo profissional: o psicólogo escolar. As autoras Oliveira e Marinho-Araújo (2009 p. 651) afirmam que estabelecer um campo de atuação para este profissional é uma tarefa complexa, porém muito importante. A psicologia escolar abrange todas as possibilidades de implicação no que diz respeito ao processo educativo. Tem por objetivo principal mediar os processos de desenvolvimento humano e sua aprendizagem, contribuindo diretamente na sua promoção. Este profissional tem sua especialidade pouco difundida, somente em 1990 com a normatização da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) é que houve o fortalecimento deste campo de atuação . (Valle, 2003, p. 23).

Mitjás Martinez (2003 p 107) conceitua a psicologia escolar, como sendo:

Um campo de atuação profissional do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da psicologia no contexto escolar, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento de subjetividade.

Dentro do contexto escolar o psicólogo poderá atuar de diversas maneiras e em diversas ocasiões, tais como, na aprendizagem e desenvolvimento humano, na educação especial, organização e funcionamento escolar, com técnicas de aconselhamento e modificação de comportamento, organização e administração de serviços, na promoção da inclusão, integração entre família-escola, com foco na prevenção, capacitação prática dos profissionais, dentre outras.

Tradicionalmente os psicólogos tendem a basear a sua prática em modelo médico de prestação de serviço, realizando avaliação, diagnóstico, encaminhamento e tratamento aos alunos que foram encaminhados a eles. Como relata Cruces (2003), citado por Oliveira & Marinho-Araújo (2009 p. 649) assim como o psicodiagnóstico, aplicações de testes, avaliações e outras atividades consideradas exclusivas do psicólogo, prevalece também no âmbito escolar.

De forma geral, a psicologia escolar, enquanto prática em construção, deve ser capaz de compreender a Educação e através dos princípios éticos aliados a técnicas e instrumentais bem estruturados, ser agente de mudança e geradora de novas possibilidades através da criticidade, competência e dinamismo profissional (Joly, 2001)

Avaliação psicológica no âmbito educacional

A escola é um espaço de várias possibilidades de trabalho em Psicologia. Com uma abordagem institucional, o psicólogo educacional pode compreender e intervir nas relações que se estabelecem entre os diversos setores da escola, propiciar entendimento e manejo de situações especificas, seja com o corpo docente, famílias ou estudantes, participar da elaboração do projeto político pedagógico da instituição, colaborando com a promoção

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