BRINCAR NA APRENDIZAGEM E NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO VYGOTSKY
Por: Cassia Nardi De Carvalho • 29/9/2021 • Artigo • 631 Palavras (3 Páginas) • 258 Visualizações
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE VITÓRIA
FACULDADE INTEGRADAS SÃO PEDRO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
CASSIA NARDI DE CARVALHO
THAINÁ CANCELLA CELESTINO CONCEIÇÃO
BRINCAR NA APRENDIZAGEM E NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO VYGOTSKY
VITÓRIA
2021
Brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil segundo Vygotsky
A brincadeira tem um grande papel no desenvolvimento infantil, uma vez que o ato de brincar traz muitas vantagens para a formação das crianças. Vygotsky foi um dos grandes pensadores que desenvolveu teorias sobre esse tema. Em seus estudos ele buscou compreender os processos psicológicos através da origem e do desenvolvimento, lembrando sempre de trabalhar com a individualidade de cada sujeito.
A brincadeira é o lúdico em ação e ela é importante para todas as idades, mas na infância ela é ainda mais necessária, pois além da diversão ela é aprendizagem. Os brinquedos são utilizados para externar as emoções, como o medo, a angústia, inseguranças. Desde o nascimento as crianças já são introduzidas em um ambiente pautado por regras e elas acabam usando os brinquedos como forma de criar o seu próprio mundo.
O jogo de emoções que a brincadeira proporciona ajuda na formação da personalidade. O brincar é importante, também, para o futuro, pois estimula a auto-estima, a atenção e concentração e relação com o próximo.
Segundo Vygotsky (1998), o avanço infantil está diretamente ligado aos interesses das crianças, um brinquedo de um bebê de 3 meses não é interessante para uma criança de 2 anos. É importante evoluir o brincar de acordo com as idades, pois assim os estímulos e os interesses ficam aliados.
O comportamento das crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações reais em que elas vivem. Uma criança muito pequena quer sempre as coisas de forma imediata, pois o intervalo entre o desejo e a satisfação é muito curto, já as crianças em idade pré escolar, estão sujeitas a querer algo que seja impossível de ser realizado de forma imediata. Vygotsky (1998) afirma que o brinquedo passa, então, a ser uma forma de tornar as coisas não realizáveis em realizável. É nesse momento que surge a imaginação, onde a criança usa das suas ideias para resolver seus problemas e realizar seus desejos. Crianças mais novas estão mais restritas a desenvolver uma situação imaginária, uma vez que, o comportamento é determinado pelas condições em que eles estão inseridos, elas ainda se restringem ao que o ambiente lhe entrega de imediato.
No brincar, a criança consegue separar o significado do objeto da ação. Por exemplo: uma caixa de papelão se torna um carrinho. A criança se relaciona com o significado em questão, com a ideia, e não com o objeto concreto.
A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança; pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais. O primeiro paradoxo contido no brinquedo é que a criança opera com um significado alienado numa situação real. O segundo é que, no brinquedo, a criança segue o caminho do menor esforço – ela faz o que mais gosta de fazer, porque o brinquedo está unido ao prazer – e ao mesmo tempo, aprende a seguir os caminhos mais difíceis, subordinando-se a regras e, por conseguinte renunciando ao que ela quer, uma vez que a sujeição a regras e a renúncia a ação impulsiva constitui o caminho para o prazer do brinquedo. (VYGOTSKY, 1998, p. 130).
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