O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O LÚDICO DESENVOLVIDO NA APRENDIZAGEM

1. INTRODUÇÃO

Abordamos este tema a partir de diferentes perspectivas, as novas configurações do aprender e dos vínculos com a aprendizagem. Para isso, iniciamos, a partir de uma análise bibliográfica apresentando na monografia em elaboração as teorias dos seguintes autores: Vygotsky, Sônia Kramer entre outros que abordam a importância do lúdico no desenvolvimento infantil e na educação. Esta pesquisa bibliográfica tem a pretensão de contribuir para a formação de profissionais que consideram “o ser criança” e “o brincar” como a fase mais importante da infância e do desenvolvimento humano.

Há muito que há uma discussão entre os estudiosos e pesquisadores, debatendo a utilização da ludicidade no processo de ensino-aprendizagem dos indivíduos. Alguns deles entendem que o processo lúdico educa e proporciona que a criança se atraia mais pelos estudos; outra parte já argumenta que ensino com brincadeiras acomoda a mente humana, reduzindo sua potencialidade de intervenção ante os desafios que a vida impõe.

Neste trabalho, são destacados os aspectos que vêm contribuindo para uma educação mais agradável e atraente, porque a aprendizagem inicial do indivíduo deve ser regada de componentes que busquem identificar o nível de potencialidade do indivíduo. Sem dizer do caráter dinamizador e integrador que os jogos e brincadeiras apresentam, planejados e desenvolvidos pedagogicamente, desde integrados às estratégias das competências, objetivando as habilidades afins no aprendizado.

 

1. JUSTIFICATIVA

A criança brinca porque brincar é uma necessidade básica, assim como a nutrição, a saúde, a habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil. Para manter o equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar. As brincadeiras e os jogos em situações educacionais proporcionam não só um meio de aprendizagem como permitem também aos adultos perceptivos e competentes aprenderem sobre as crianças e suas necessidades.

Essencialmente, pretendo mostrar nesta pesquisa, a definição do brincar e os desafios das concepções daquilo que o brincar pode e deve proporcionar às crianças em seu ambiente de ensino-aprendizagem. No contexto escolar os professores podem utilizar o lúdico para desenvolverem a aprendizagem e até para traçar diagnósticos sobre as potencialidades e as habilidades do estudante.

É muito importante aprender com alegria, com vontade. Comenta Sneyders (1996, p.36) que “Educar é ir em direção à alegria. ” As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial.  

[...] A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995, p.11)

Brincando, o sujeito aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras, exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói seus conhecimentos.

O brincar pode ser verdadeiramente utilizado para o desenvolvimento e a aprendizagem durante toda a vida. Por meio dos jogos e das brincadeiras as crianças descobrem o mundo do faz-de-conta, vivem novas oportunidades, interagem com outras crianças e adultos, por meio do qual descobrem variedades de habilidades, princípios e valores.

Por isso o lúdico deve estar inserido no contexto escolar a fim de estimular a criatividade, a linguagem e o desenvolvimento cognitivo, mas além dos fatores intelectuais estão também envolvidos o emocional, o social, o físico, o estético, o ético e o moral.

É por meio das brincadeiras que as crianças constroem seu próprio conhecimento, por estar intrinsecamente ligado à sua condição de desenvolvimento psíquico e cognitivo, além de lhe proporcionar prazer. Ao brincar a criança interage com as pessoas, desenvolvendo sua criatividade e sua linguagem.

No contexto escolar, o brincar deve ser puro prazer e diversão para criar uma atitude em relação à vida e a aprendizagem, pautando-se sempre no entendimento de que as sucessivas aprendizagens não devem se restringir a atividades meramente herméticas. Então, de que forma o brincar contribui na aprendizagem das crianças na educação infantil?

1.2. OBJETIVOS

1.2.1 GERAL

• Compreender a importância do brincar na aprendizagem e a socialização das crianças da educação infantil.

1.2.3 ESPECÍFICOS

• Conceber a criança nas suas formas próprias de ser, pensar e agir através das brincadeiras;
• Revelar a importância da ação lúdica na vida, e no aprendizado do educando;
• Assessorar o educador em suas práticas diárias de sala de aula.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A escola como elemento social que é, tem como uma das principais funções contribuir junto com outras instâncias da vida social, para a efetivação de transformações na sociedade. Dessa forma, o trabalho de escola deve considerar as crianças como seres construtivos, adeptas das práticas que instruem, agilizam e habilitam o indivíduo ao “fazer”, entendendo o “ser”.

A educadora e especialista japonesa, Kishimoto, também Cunha (1998) acredita que o brinquedo estimula a inteligência, fazendo com que a criança solte sua imaginação e desenvolva a criatividade.

 No desenvolvimento de jogos e brincadeiras na educação infantil, enfatizou a grande importância de se vales desses instrumentos como indispensáveis para acompanhar o desenvolvimento urbano e industrial no último século. Para tanto, pesquisou-se pensadores e estudiosos como Piaget, Wallon, Vygotsky e Brunes, salientando a importância dos jogos na educação.