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CIRCUITO DE RECOMPENSA

Por:   •  9/4/2015  •  Artigo  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  877 Visualizações

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Circuito de Recompensa

A via final comum do reforço e da recompensa no cérebro foi proposta como sendo supostamente a via dopaminérgica mesolímbica. Alguns autores consideram até que seja o centro do prazer do cérebro e que a dopamina seja o neurotransmissor do prazer.

As inúmeras drogas psicotrópicas causadoras de abuso também tem uma via final comum para fazer a via mesolimbica liberar dopamina, muitas vezes de maneira mais explosiva e prazerosa do que a que ocorre naturalmente. Essas drogas contornam os neurotransmissores do própria cérebro e estimulam diretamente os receptores cerebrais dessas drogas, ocasionando a liberação de dopamina. Contudo, ao contrario do que ocorre naturalmente, a recompensa induzida por drogas oferece uma provisão tão intensa de dopamina aos receptores dopaminérgicos límbicos pos-sinapticos que estes passam a desejar, ardentemente, mais drogas para a reposição de dopamina depois que a droga para de agir, fazendo com que comece um circulo vicioso de abuso, adição, dependência e abstinência.

Diante da exposição repetida as drogas de abuso, este sistema reativo de recompensa aprende patologicamente a deflagrar o comportamento de busca de drogas e se lembra de como faze lo ao ser confrontado com indícios internos como a fissura e a abstinência e com indícios externos do ambiente, como pessoas, lugares e a parafernália associada ao uso prévio de drogas. As conexões dos neurônios dopaminérgicos com a amigdala estão envolvidos no aprendizado por recompensa. As conexões provenientes de neurônios dopaminérgicos que se projetam a partir da VTA fazem a amidala desenvolver alterações adaptativas que a condicionam a recordar as recompensas do abuso de drogas, incluindo não apenas a memoria do prazer, mas também das pistas ambientais associadas a experiência prazerosa.

Depois que o aprendizado de recompensa é condicionado na amigdala, as conexões de retorno da amigdala para os neurônios dopaminérgicos da VTA comunicam, posteriormente, quando há detecção de algo importante para a experiência de abuso previa. As conexões da amigdala com o nucleus accumbens dizem aos neurônios espinhosos quais memorias emocionais foram desencadeadas por pistas internas ou externas e instruem esses neurônios a agir de forma impulsiva, automática, obrigatória e sem pensar, quase como uma ação reflexa, a fim de encontrar e usar mais drogas.

O sistema reflexo de recompensa inclui conexões importantes do córtex pre frontal para o núcleos accumbens. Estas conexões são as primeiras pernas das alcas corticoestriadas-talamicas-corticais (CSTC). O córtex orbitofrontal (OFC) pode estar envolvido na regulação dos impulsos, o córtex pre frontal dorsolateral (DLPFC) pode estar envolvido em analisar a situação, o córtex pre frontal ventromedial (VMPFC) pode tentar integrar a impulsividade do OFC a analise e flexibilidade cognitiva do DLPFC e a sua própria regulação das emoções e chegar a decisão final quanto ao que fazer.

Os impulsos que deixam o sistema de recompensa constituem, na realidade, o complemento das alças CSTC que se iniciam no córtex pre frontal. Mas especificamente, o componente estriado/accumbens dos circuitos de recompensa envolve impulsos que partem via neurônios GABAergicos em direção a outra parte do complexo estriado, o pálido ventral. Daí, as conexões vão até o tálamo e retornam ao córtex pre frontal, no qual sao implementados comportamentos como aprendizado e atividades que resultam em recompensas de longo prazo ou comportamento de busca de drogas, resultando em recompensas mais imediatas.

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