TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

CIRCUITO DE RECOMPENSA

Por:   •  9/4/2015  •  Artigo  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  869 Visualizações

Página 1 de 4

Circuito de Recompensa

A via final comum do reforço e da recompensa no cérebro foi proposta como sendo supostamente a via dopaminérgica mesolímbica. Alguns autores consideram até que seja o centro do prazer do cérebro e que a dopamina seja o neurotransmissor do prazer.

As inúmeras drogas psicotrópicas causadoras de abuso também tem uma via final comum para fazer a via mesolimbica liberar dopamina, muitas vezes de maneira mais explosiva e prazerosa do que a que ocorre naturalmente. Essas drogas contornam os neurotransmissores do própria cérebro e estimulam diretamente os receptores cerebrais dessas drogas, ocasionando a liberação de dopamina. Contudo, ao contrario do que ocorre naturalmente, a recompensa induzida por drogas oferece uma provisão tão intensa de dopamina aos receptores dopaminérgicos límbicos pos-sinapticos que estes passam a desejar, ardentemente, mais drogas para a reposição de dopamina depois que a droga para de agir, fazendo com que comece um circulo vicioso de abuso, adição, dependência e abstinência.

Diante da exposição repetida as drogas de abuso, este sistema reativo de recompensa aprende patologicamente a deflagrar o comportamento de busca de drogas e se lembra de como faze lo ao ser confrontado com indícios internos como a fissura e a abstinência e com indícios externos do ambiente, como pessoas, lugares e a parafernália associada ao uso prévio de drogas. As conexões dos neurônios dopaminérgicos com a amigdala estão envolvidos no aprendizado por recompensa. As conexões provenientes de neurônios dopaminérgicos que se projetam a partir da VTA fazem a amidala desenvolver alterações adaptativas que a condicionam a recordar as recompensas do abuso de drogas, incluindo não apenas a memoria do prazer, mas também das pistas ambientais associadas a experiência prazerosa.

Depois que o aprendizado de recompensa é condicionado na amigdala, as conexões de retorno da amigdala para os neurônios dopaminérgicos da VTA comunicam, posteriormente, quando há detecção de algo importante para a experiência de abuso previa. As conexões da amigdala com o nucleus accumbens dizem aos neurônios espinhosos quais memorias emocionais foram desencadeadas por pistas internas ou externas e instruem esses neurônios a agir de forma impulsiva, automática, obrigatória e sem pensar, quase como uma ação reflexa, a fim de encontrar e usar mais drogas.

O sistema reflexo de recompensa inclui conexões importantes do córtex pre frontal para o núcleos accumbens. Estas conexões são as primeiras pernas das alcas corticoestriadas-talamicas-corticais (CSTC). O córtex orbitofrontal (OFC) pode estar envolvido na regulação dos impulsos, o córtex pre frontal dorsolateral (DLPFC) pode estar envolvido em analisar a situação, o córtex pre frontal ventromedial (VMPFC) pode tentar integrar a impulsividade do OFC a analise e flexibilidade cognitiva do DLPFC e a sua própria regulação das emoções e chegar a decisão final quanto ao que fazer.

Os impulsos que deixam o sistema de recompensa constituem, na realidade, o complemento das alças CSTC que se iniciam no córtex pre frontal. Mas especificamente, o componente estriado/accumbens dos circuitos de recompensa envolve impulsos que partem via neurônios GABAergicos em direção a outra parte do complexo estriado, o pálido ventral. Daí, as conexões vão até o tálamo e retornam ao córtex pre frontal, no qual sao implementados comportamentos como aprendizado e atividades que resultam em recompensas de longo prazo ou comportamento de busca de drogas, resultando em recompensas mais imediatas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.4 Kb)   pdf (37.1 Kb)   docx (11.7 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com