COMO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA AFETA A VIDA ESCOLAR DAS JOVENS DE PERIFERIA BRASILEIRA
Por: kathyllen • 13/9/2016 • Bibliografia • 1.666 Palavras (7 Páginas) • 583 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DÉBORA OLIVEIRA CHAVES
KARIANE DELIBERALI
KATHYLLEN BEZERRA DOS SANTOS
RAFAELA BASSETTO
THAÍS VIANA DA SILVA
COMO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA AFETA A VIDA ESCOLAR DAS JOVENS DE PERIFERIA BRASILEIRA
CAMPOS DOS GOYTACAZES
2016
DÉBORA OLIVEIRA CHAVES
KARIANE DELIBERALI
KATHYLLEN BEZERRA DOS SANTOS
RAFAELA BASSETTO
THAÍS VIANA DA SILVA
COMO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA AFETA A VIDA ESCOLAR DAS JOVENS DE PERIFERIA BRASILEIRA
Projeto de Pesquisa apresentado ao Cursode Psicologia da Universidade Federal Fluminense, sob orientação doDr. Filipe Herkenhoff Carijó.
Campos dos Goytacazes
2016
SUMÁRIO
1. Introdução 4
2. Delimitação do Problema 4
3. Formulação da Hipótese 5
4. Objetivos 5
5. Referencial Teórico 6
6. Metodologia 6
7. Referências 8
Introdução
O tema de nossa pesquisa trata de como a gravidez na adolescência afeta a vida escolar das jovens da periferia brasileira.
No panorama contemporâneo, as divergências sociais se fazem visíveis principalmente nas grandes metrópoles, que acolheram grande contingente de pessoas de forma muito abrupta, fazendo com que surgissem periferias em seus arredores. Portanto, a proposta se mostra relevante visto que, as consequências da gravidez, principalmente quando se é uma menina, e jovem, afetam de forma massiva em sua atividade escolar, e posteriormente em sua via profissional e social, pois muitas vezes acabam sendo marginalizada[a]s. Essa problemática surge pelo fato de que infelizmente observa-se amplamente essa realidade na sociedade brasileira, de forma ainda mais expressiva nas periferias, onde o índice de evasão escolar, de acordo com pesquisas[b], é ainda maior.
As hipóteses, a partir da pergunta redigida, buscam encontrar respostas para a correlação entre a gravidez precoce e, possivelmente, a saída dessas do meio escolar devido à redução do tempo dedicado aos estudos para a dedicação à vida maternal. Também buscamos compreender como a baixa renda do núcleo familiar, em que adolescentes analisadas estão inseridas, influencia na sua entrada precoce na vida profissional.[c]
Esse fato é visto no documentário “Meninas” (Sandra Werneck, 2006) que vem a demonstrar a realidade descrita acima. Buscaremos então, avaliar se realmente há conectivos suficientes que possam respaldar a correlação entre seu nível socioeconômico mais desfavorecido e a maior ocorrência de gravidez [d]entre as jovens da periferia brasileira.
Objetivos
O recorte de pesquisa proposta visa analisar, como objetivo geral, as dificuldades que jovens brasileiras, principalmente da faixa de 11 a 19 anos, de baixa renda são submetidas ao engravidar precocemente, bem como a amplitude dos problemas enfrentados, intencionando apontar como as implicações de uma gravidez sobre as condições mencionadas influenciará na sua vida escolar.
Tal analise traz consigo alguns objetivos específicos, dentre eles o possível surgimento de alguns distúrbios psicológicos, como depressão, ansiedade e entre outros, bem como a incidência de possíveis mudanças nos relacionamentos entre as jovens e seus familiares, devido ao fato delas, muitas vezes, sofrem discriminação pela sociedade e principalmente por pessoas do seu próprio vínculo pessoal.[e]
Se faz relevante também entender, em casos de evasão escolar, como este afetara a sua entrada precoce no mercado de trabalho, visto que suas oportunidades serão possivelmente reduzidas.
Referencial Teórico
O documentário de 2006, Meninas, foi utilizado para maior compreensão acerca do tema proposto, no intuito de entendermos de forma mais ampla a realidade das periferias urbanas, assim como se o meio interfere direta ou indiretamente na vida e na gravidez das jovens. Tal fonte foi essencial para uma maior visão da conciliação entre a vida escolar e a materna.
Baseando-se em diversos artigos,como o "Gravidez na adolescência: perfil sóciodemográfico e comportamental de uma população da periferia de São Paulo, Brasil", o qual se refere as entradas de gestantes em um hospital obstétrico de São Paulo, observa-se que 24% delas são adolescentes de 11 a 19, sendo que a maioria dessas estão incluídas em classes menos favorecidas socioeconomicamente, como a C e D, e destas 43% nunca haviam usado preservativos. Esse artigo se mostra interessante por mostrar como a ocorrência de gestações, em sua maioria indesejadas, são um tanto quanto presentes na vida de meninas que não fazem parte de classes sociais mais altas.
No artigo “Perfil de puérperas adolescentes atendidas em um hospital ensino do sul do país” relata-se que a maior evasão escolar está diretamente relacionada a gravidez na adolescência, no qual 77% das observadas pelos autores, possuíam 5 anos ou mais de escolaridade. E, consequentemente, a baixa escolaridade implicará em menores chances no mercado de trabalho, ou a baixa remuneração, contribuindo assim para a manutenção dessa problemática, ou seja, criando um ciclo vicioso.
Podemos correlacionar então que jovens de periferia que possuem gestações vertiginosas adquirem grandes chances de abandonar a instituição de ensino em função do aumento de seu núcleo familiar e a necessidade de suprir a renda familiar. Iremos propor então, a partir da leitura dos periódicos citados e dos dados coletados na pesquisa, uma investigação acerca do surgimento de distúrbios psicoemocionais, como depressões, crises de ansiedade, síndrome do pânico. Algo não tratado ainda, de forma relevante, baseados nas características especificas abordadas em nosso tema, por artigos como estes.
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