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COMO DIAGNOSTICAR E DIFERENCIAR AS DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS E AS DOENÇAS MENTAIS

Por:   •  28/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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COMO DIAGNOSTICAR E DIFERENCIAR AS DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS E AS DOENÇAS MENTAIS

        

Introdução

Para elaboração deste trabalho, buscamos dentro dos referências teóricos formas de compreender as diferenças entre As Doenças Mentais e as Deficiências Intelectuais, pois entendemos que a busca para encontrar explicações a cerca de diagnósticos é essencial a descrição desta linha, uma vez  que, nos parece muito comum a confusão destas termologias. Desta forma optamos por definir os termos Doença Mental e Deficiência Intelectual, apontando as diferenças entre estas duas condições e posteriormente descrever formas de diagnósticos encontrados nestes referenciais.

Deficiência Intelectual:

Sassaki(2005), aponta que o indivíduo com deficiência  intelectual recebeu muitas tratativas ao longo da história, até que em 1995, a termologia deficiência Intelectual passou a ser utilizado e incorporado em todos os países. Segundo o mesmo autor, o termo intelectual é mais indicado, uma vez que limita o funcionamento cognitivo de maneira específica, desvinculando desta forma, funções intelectuais das funções mentais.

A deficiência mental é diagnosticada pelo embasamento  em pelo menos três critérios: 1º QI, Quoeficiente de Inteligência com desvio inferior à média padrão, 2º Limitações de pelo menos duas áreas de habilidades observadas  entre  comunicação, auto cuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança, 3º apresentação dos quadros limitantes, observados antes dos 18 anos de idade. (DSM IV, 2014)  

Para Silva (2013), o diagnóstico de Deficiência Intelectual deve ser feito por uma equipe multidiciplinar composta por: neurologistas, psiquiatras, fonouadiólogos, e psicólogos, salientando que apenas os profissionais da psicologia são habilitados para utilizar os instrumentos psicológicos padronizados para este fim, que são: as Escalas Wechsler de Inteligência: WISC-III (6 a 16 anos) e WAIS – III (adulto), Stanford-Binet e Bateria Kaufman de Avaliação para Crianças que juntamente com as informações da vida do paciente poderá ser feito o diagnóstico, aqueles que apresentarem QI abaixo de 70 com déficits significativos no comportamento adaptativo. Estes testes são  necessários para confirmação dos níveis de cognição e comprometimentos das habilidades.

Ainda segundo a autora, apenas uma comunicação eficaz entre os profissionais envolvidos no processo, é capaz de alcançar um diagnóstico mais completo, um prognóstico favorável e as indicações sobre as formas de tratamento que mais atenda as necessidades individuais de cada caso. E mais, aponta que o tratamento com deficientes Intelectuais deve ser focado em estimular as áreas em que existam uma dificuldade ou limitações e que o uso de medicamentos ficam limitados ao quadros onde a deficiência Intelectual está associada a outras doenças ou transtornos.

Os critérios para determinar um quadro de Deficiência Intelectual mostram que, além da avaliação cognitiva é fundamental avaliar a capacidade funcional adaptativa do indivíduo. Os fatores de risco e causas que podem levar à Deficiência Intelectual podem ocorrer em três fases: pré-natais, perinatais  e pós-natais.

Doença Mental

Dalgalarrondo(2008) em sua obra, Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, traz uma vasta orientação acerca de sintomas, características das funções psíquicas e suas alterações. Detalha um conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental humano, para ele o campo da psicopatologia inclui um grande número de fenômenos humanos especiais que se entendem  ‘Doença Mental’, vendo na alienação mental ou sofrimento uma via rica de reconhecimento das dimensões humanas.

Para Assis(2008), o uso da expressão “transtornos” ou “distúrbios mentais” para se refere aos problemas psicopatológicos. Eles são diagnosticados pela presença de sintomas, que são manifestações desviantes do comportamento dito normal. Um grupo de sintomas pode ser classificado como uma síndrome. Uma determinada síndrome psicológica classificada, então, pode receber o nome de transtorno mental. Podem ser divididas em dois grupos, a saber: as neuroses que são características encontradas em qualquer pessoa, como a ansiedade e o medo exagerados e as psicoses que são os delírios, confusão mental e sensação de perseguição, denominados de fenômenos psíquicos anormais. Algumas das doenças mentais são a depressão, o TOC, o transtorno bipolar e a esquizofrenia.

Já para Carvalho (2003) A concepção de deficiência mental se caracteriza por incompetência generalizada e limitações no funcionamento individual . A deficiência mental figura  como demência e comprometimento permanente da racionalidade e do controle comportamental. Coerente com a prática classificatória e categorial, a deficiência mental tem sido identificada como uma condição individual, inerente, restrita à pessoa. Ainda segundo a autora, o diagnóstico da deficiência mental está a cargo de médicos e psicólogos clínicos, realizando-se em consultórios, hospitais, centros de reabilitação e clínicas. A deficiência mental é uma condição complexa. Seu diagnóstico envolve a compreensão da ação combinada de quatro grupos de fatores etiológicos - biomédicos, comportamentais, sociais e educacionais.

Assis (2008) defende que um dos papéis da ciência é desenvolver sistemas de classificação de seus objetos de estudo, para facilitar a aproximação do cientista e que na área da psiquiatria e dos sistemas de diagnóstico não é diferente. Aceita-se o uso da expressão “transtornos” ou “distúrbios mentais” para se referir aos problemas psicopatológicos. Eles são diagnosticados pela presença de sintomas, que são manifestações únicas e desviantes do comportamento dito normal. Um grupo de sintomas pode ser classificado como uma síndrome. Uma determinada síndrome psicológica classificada, então, pode receber o nome de transtorno mental.

Os elementos de ligação entre a deficiência intelectual e o transtorno intelectual são, segundo Silva (2008):

a) – nos dois casos, existe um comprometimento ou disfunção do Sistema Nervoso Central

b) –  O diagnóstico e prognóstico criterioso, realizado por profissional especializados é indispensável para diferenciar os quadro e determinar as condutas a serem adotadas, fazendo uso das legislações e de recursos a disposição para as duas situações;

c) - segundo especialistas, o Transtorno Mental pode ocorrer em 20% ou até 30% dos casos de Deficiência Intelectual.

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