CURSO DE PSICOLOGIA CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Por: Nathigarbin • 5/11/2018 • Resenha • 1.215 Palavras (5 Páginas) • 165 Visualizações
UNIVERSIDADE
CURSO DE PSICOLOGIA
CRIANÇAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Acadêmica: xxxxxxxxx
Disciplina: xxxxxxxxxxx
Professora: xxxxxxxxxx
Crianças vítimas de violência
A violência doméstica e familiar é um fato claro ou, muitas vezes, escondido dentro de casa entre parentes. Incluindo também o abuso sexual contra criança, além de maus tratos contra as mesmas. A abertura para esse assunto não é muito fácil, pois, muitas vezes, a violência é silenciosa, envolve segredos familiares e aproxima-se dos agressores que, muitas vezes, estão mais próximos do que a família gostaria de encarar.
Esse problema mostra-se como fator de risco para que as crianças apresentem complicações no comportamento. Isso se torna cada vez mais evidente, porque as marcas não são apenas sociais, mas geram um problema de saúde pública e cuidados que, cada vez mais, são percebidos e necessários às vítimas desses tipos de violência.
Pesquisas feitas comprovam que meninos são vítimas mais frequentes de violência física, porém, no que se refere à violência sexual, as vítimas mais frequentes são as meninas. Em muitos casos, a violência sexual e a violência física costumam aparecerem juntas e, são um risco para o processo de desenvolvimento saudável da pessoa. É importante destacar que além da violência física é feita uma violência psicológica, que na maioria das vezes acaba sendo mais dolorosa e traumática.
Existem três tipos de violência infantil, que são: Violência física que seria uma ação intencional de um adulto que provoque dano físico, de diferentes graus, muitas vezes levando até a morte. Violência psicológica que interfere negativamente na competência social da criança, por meio de práticas de rejeição, isolamento, ameaça, expectativas e exigências irreais, violências que não deixam marcas físicas, mas afetam diretamente o comportamento e o lado emocional dos violentados. E por fim a violência sexual que é a intenção de estimular sexualmente ou de usar a criança ou adolescente para obter satisfação sexual por parte de adulto.
No caso do abuso psicológico contra as crianças, o que acontece é que elas não chegam a se dar conta do que sofreram, pois os abusos são cometidos por anos, frequentemente, e elas, por não terem ainda a maturidade emocional para entender, podem nunca se dar conta do que sofreram ou podem achar que essa forma de tratar o outro é normal.
Alguns exemplos de formas de violência psicológica infantil são: humilhar, julgar, criticar em demasia, controlar, fazer passar vergonha ou sentir culpa, abandono emocional. O maior problema do abuso emocional é que ele modifica o que a vítima pensa sobre si mesma, minando sua autoestima e sua visão sobre o mundo.
Quando, por exemplo, um pai ou mãe chama seu filho de burro porque não está indo bem na escola, só está fazendo com que ele acredite que realmente é incapaz e que nunca irá conseguir aprender nem fazer nada certo na vida. A criança acredita, pois, os pais são seu primeiro contato com o mundo. São as pessoas em quem ela deveria confiar, se espelhar e de quem deveria receber carinho. Nós nascemos totalmente dependentes do mundo que nos cerca, vivenciamos o mundo e aprendemos sobre através das relações com nossos pais e cuidadores e, assim, vamos nos desenvolvendo e adquirindo (ou não) recursos próprios para enfrentar a vida adulta.
Tantas agressões emocionais podem danificar a personalidade da criança, de modo profundo. Depressão, problemas de autoestima, ansiedade, sintomas de estresse pós-traumático e suicídio estão entre as características dessas crianças. Além destes, abuso no uso de drogas, problemas de ligação e dificuldades de convívio social também podem ser observados.
Segundo James Hollis, “quando a criança é oprimida, ela vivencia a imensidão do Outro jorrando através de frágeis fronteiras. Por não possuir o poder de escolher outras circunstâncias de vida, por não possuir nem a objetividade de identificar a natureza do problema como Outro, e por não possuir os elementos necessários a uma experiência comparativa, a criança reage de forma defensiva, tornando-se sensível ao ambiente e “escolhendo” a passividade, a co-dependência ou a compulsividade para proteger o frágil território psíquico. A criança aprende variadas formas de acomodação, pois a vida é vista como inerentemente opressiva para um eu relativamente impotente”.
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