Caso de Ansiedade e Relações Familiares

Introdução

O presente relato de caso refere-se à experiência do Estágio Básico II em atendimento psicoterapêutico, no Serviço de Psicologia da UFRB. As atividades foram realizadas como práticas do APC, com supervisão da Prof.ª Jeane Tavares. O paciente J.C.O.J tem 24 anos e diagnóstico de Ansiedade. Os atendimentos foram embasados pela Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Também foram utilizadas as técnicas de Genograma e Linha do Tempo Familiar para conhecer sua história de vida. Objetivou-se compreender o desenvolvimento de crenças centrais, suas evoluções e modificações das mesmas.

Relato

As falas de J.C.O.J foram prioritariamente voltadas para sua relação com a mãe, como: “Minha mãe ama mais minhas irmãs que a mim”. Seus relatos direcionaram o planejamento das sessões, percebendo-se que seus sintomas ansiogênicos estavam relacionados às relações familiares e o modo como ele às percebe. Na construção do Genograma e Linha do Tempo Familiar confirmou-se que J.C.O.J tem relações conflituosas com sua mãe e irmãs. Também conhecemos que seus pensamentos são semelhantes aos do seu pai, que tem diagnóstico de depressão e é a sua principal figura de apego. Exploramos os pensamentos mais frequentes utilizando técnicas da TCC, onde levantou-se a hipótese de que estaria ativado o esquema de desamor. Na atividade que chamamos de: “O que pode e o que não pode ser mudado por mim”, buscaríamos alternativas para conviver de forma menos ansiogênica com o que não pode ser mudado e pensaríamos em meios para mudar o que fosse possível. Nesse momento, J.C.O.J relata comportamentos considerados negativos da sua mãe relacionados a outras pessoas, passando a refletir que não era um problema nele e, assim, diminuíram-se os sintomas ansiogênicos.

Conclusão

Percebeu-se que relações iniciais são centrais e embora a TCC foque no presente, é importante considerar o passado, a depender do caso.

Palavras-chave: Terapia Cognitiva Comportamental; Ansiedade; Relações Familiares.

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